Nova pesquisa sobre desemprego

Nova pesquisa sobre desemprego

Assista ao Panorama Ipea no canal NBr  17/02/2014

O debate desta semana sobre a nova pesquisa sobre desemprego (PNAD Contínua) estreia nesta segunda, dia 17, às 20h30

No dia 17 de janeiro de 2014, o IBGE divulgou uma taxa de desemprego de 7,4% no segundo trimestre de 2013, de acordo com sua mais nova pesquisa domiciliar: a PNAD contínua, conhecida também como a nova PNAD. Esta pesquisa contém melhorias com relação ao conjunto Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e PNAD antiga. Enquanto a PNAD contínua cobre todo o território nacional, a PME cobre, apenas, seis regiões metropolitanas do Brasil: Salvador, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo. Outra diferença relevante é sobre a idade considerada mínima para compor a população trabalhadora. Esse limite que era 10 anos na PME passa a ser 14 anos na PNAD contínua.

E para debater a nova pesquisa sobre o desemprego e seus resultados, o Panorama Ipea recebe nesta semana Carlos Henrique Corseuil, diretor-adjunto de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, e Marcia Quintslr, diretora de Pesquisas do IBGE. O programa estreia nesta segunda-feira, dia 03, às 20h30 no canal NBR (saiba como sintonizar ou assista ao vivo pelo site), e fica no ar durante a semana (na terça, à 1h, às 13h30, às 21h30; na quarta-feira, às 22h30; e no domingo, às 13h).

http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=21413&catid=4&Itemid=2

Folha de São Paulo (SP): Entre domésticos, renda sobe mais, mas ocupação cai
31/01/2014

Mais bem remunerados e mais escassos. Essa é a realidade dos empregados domésticos, cujo rendimento subiu 6,2% em 2013.

O percentual supera em mais de três vezes a variação média da renda do conjunto de trabalhadores das seis maiores regiões metropolitanas do país --1,8%.

Sob impacto da PEC das domésticas, que ampliou direitos trabalhistas e custos de contratação, também caiu o emprego da categoria: 7,7% em 2013, ritmo mais acelerado do que em anos anteriores.

Para Gabriel Ulyssea, economista do Ipea, a mudança na legislação intensificou uma tendência de redução do trabalho doméstico já registrada nos últimos anos.

Esse movimento, diz, já ocorria diante de mais ofertas de emprego em comércio e serviços, que demandam trabalhadores menos qualificados o perfil do empregado doméstico, em geral.

A esse "assédio", afirma, somou-se a PEC, editada em maio de 2013, que introduziu direitos como FGTS e outros. Os benefícios, diz, são "desejáveis", mas trazem mais custos para as famílias --que, em muitos casos, abriram mão da empregada ou a substituíram por uma diarista.

A saída de trabalhadores da categoria fez o peso dos serviços domésticos no total de trabalhadores cair de 7,6% em 2003 para 6,1% em 2013.

Para Cimar Azeredo Pereira, do IBGE, o aumento da renda e a menor proporção de domésticos que somam 1,4 milhão nas maiores metrópoles do país são um "avanço". Ainda assim, o coordenador do instituto ressalta a informalidade da categoria, que caiu nos últimos anos, continua elevada e atingia a maioria (58,8%) do trabalhadores em 2013.

MAIOR FORMALIZAÇÃO

O mesmo não ocorreu com o total dos ocupados. A tendência de formalização do mercado de trabalho se intensificou em 2013 e, pela primeira vez, os trabalhadores com carteira superaram a metade dos ocupados.

Desde de 2003, há um avanço quase que contínuo na formalização do mercado de trabalho das grandes metrópoles, impulsionado pelo crescimento econômico, por uma maior fiscalização dos órgãos oficiais e pela restrição na oferta de mão de obra para várias categorias.

Outro estímulo, dizem analistas, vem da concessão de crédito às empresas atrelada ao cumprimento das regras trabalhistas.

Segundo o IBGE, os 11,6 milhões de empregados formais do setor privado correspondiam a 50,3% do total de ocupados em 2013. Em 2012, o percentual era menor: 49,2%. Em 2011, havia sido de 48,5%.

Em 2003, apenas 39,7% dos trabalhadores eram formais. Ou seja, em uma década, houve uma expansão de mais de dez pontos percentuais dos trabalhadores com carteira.

Para Ulyssea, o crescimento da formalização --que ainda é baixa no Brasil-- pode entrar numa fase de estabilidade diante do menor ritmo de expansão das contratações com carteira.

Outro foco de preocupação é a tendência de retração do emprego na indústria, setor mais formal da economia. "Os empresários no setor industrial têm mostrado menor intenção de gerar emprego", diz Aurélio Bicalho, economista do Itaú.

http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=21260&catid=159&Itemid=75

 




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