Mitos e verdades

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Mitos e verdades sobre a falta de professores

Acada início de ano letivo, o problema se repete no Rio Grande do Sul: faltam professores, as crianças têm de chegar mais tarde ou sair mais cedo, os pais se revoltam e o Cpers cobra do governo a nomeação de concursados. Neste ano, o secretário da Educação, Jose Clovis Azevedo, está empenhado em provar que a falta de professores é um mito e que seria irresponsabilidade fazer as nomeações reivindicadas pelo Cpers sem verificar, caso a caso, as reais necessidades das escolas.

Azevedo diz que a falta de professores é pontual e que, na maioria dos casos, decorre do desligamento repentino de contratados ou da forma como a direção das escolas encaminha os pedidos de reposição de professores.

Quando o diretor de uma escola constata que falta professor para uma determinada disciplina, não basta encaminhar o pedido de reposição. É preciso apresentar na Coordenadoria Regional de Educação o quadro de professores, turmas e alunos para que se verifique se falta mesmo professor ou se o problema é de distribuição de carga horária.

Ontem, depois de debater a situação com a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, no Gaúcha Atualidade, Azevedo foi atrás dos casos relatados durante o programa. Segundo ele, em uma escola de Alvorada faltava, de fato, professor de matemática, que já foi chamado, mas havia professores com carga horária sobrando em física, química, biologia, geografia e história. Em outra escola, descobriu que faltava professor de língua portuguesa porque o titular da área estava dando aula de ensino religioso.

O Cpers pressiona pela nomeação dos mais de 13 mil aprovados no último concurso, cujo edital previa 10 mil vagas. Azevedo diz que só vai nomear o estritamente necessário, porque o número de alunos vem caindo ano a ano e não se pode ter hoje o mesmo número de professores de 10 anos atrás. Entre 2005 e 2013, a rede pública estadual perdeu 400 mil alunos por conta da redução da natalidade.

Dos aprovados no concurso, 40% já têm vínculo com o Estado, ou como efetivos que querem ampliar a carga horária, ou como contratados em caráter temporário. O concurso vale até 2015, mas pode ser prorrogado até 2017, prazo fatal para a nomeação dos 10 mil previstos no edital.

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"É um mito", diz secretário estadual de Educação sobre a falta de professores

Jose Clovis de Azevedo garantiu que o Estado chegou ao teto da demanda de servidores

O Colégio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, não teve movimento de alunos na manhã desta segunda-feira Foto: Fernando Gomes / Agencia RBS

Em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta segunda-feira (17), o secretário estadual da Educação, Jose Clovis de Azevedo, afirmou que a falta de professores no Rio Grande do Sul é "um mito" e garantiu que o Estado chegou ao teto da demanda de servidores. A categoria iniciou uma paralisação de três dias e cobra uma série de reivindicações, entre elas a nomeação de profissionais e a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país para a educação.

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– É um mito. Temos condições de substituir professores imediatamente, mas nós não vamos nomeá-los para áreas que não necessitam. Alguém acha que o dinheiro público pode ser colocado no lixo? – questionou Azevedo.

Ele rebateu uma declaração da presidente do Cpers/Sindicato, Rejane de Oliveira, que também participou do programa e criticou a política estadual de educação:

– Todo mundo acompanhou o início do ano letivo e sabe que os alunos voltam para casa mais cedo ou iniciam mais tarde por falta de professores. Não é possivel que o governo, em vez de resolver o problema, minta. Na vida real, todo mundo está sofrendo. É lamentável. Há 13 mil pessoas esperando nomeação.

Mesmo que a Secretaria Estadual da Educação tenha orientado os estudantes a comparecerem às aulas, algumas escolas não tiveram movimento de alunos e professores na manhã desta segunda-feira.

É o caso dos colégios Júlio de Castilhos, Protásio Alves e do Instituto de Educação Flores da Cunha, em Porto Alegre, além dos colégios Cristóvão de Mendoza, Evaristo De Antoni e Emílio Meyer, em Caxias do Sul. No colégio Inácio Montanha, na Capital, os docentes que apareceram darão aula até o intervalo.

Em assembleia-geral em Porto Alegre, na sexta-feira passada, foi aprovada a adesão dos docentes estaduais na greve nacional, liderada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT). O carro-chefe das reivindicações é o cumprimento da lei do piso do magistério como vencimento básico.

O Cpers, que espera grande participação, também discute outras pautas, como criação do piso para funcionários de escola, defesa dos planos de carreira e manutenção do índice de reajuste do piso de acordo com o custo-aluno.

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