Ipea admite erro em pesquisa

Ipea admite erro em pesquisa

Ipea admite erro em resultado de pesquisa sobre abuso contra mulheres

Uma pesquisa indicando que 65% dos brasileiros acreditavam que mulheres com roupas curtas mereciam ser estupradas estava errada, indicou nesta sexta-feira o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que corrigiu o índice para 26%.

Os resultados do estudo sobre a violência contra a mulher provocaram uma onda de debates em todo o Brasil, envolvendo até mesmo a presidente Dilma Rousseff.

Segundo o instituto, o erro foi provocado por uma troca de gráficos relativos a duas afirmações: "Mulher que é agredida e continua com o parceiro gosta de apanhar" e "Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas".

Em nota, o Ipea diz que 26% dos entrevistados concordavam com a segunda afirmação e que 70% discordavam total ou parcialmente.

"Corrigida a troca, constata-se que a concordância parcial ou total foi bem maior com a primeira frase (65%) e bem menor com a segunda (26%)", explica o Ipea.

"Com a inversão de resultados entre as duas questões, relatamos equivocadamente, na semana passada, resultados extremos para a concordância com a segunda frase, que, justamente por seu valor inesperado, recebeu maior destaque nos meios de comunicação e motivou amplas manifestações e debates na sociedade ao longo dos últimos dias", diz a nota divulgada pelo instituto.

O diretor responsável pela pesquisa, Rafael Guerreiro Osório, apresentou seu pedido de demissão imediatamente após o reconhecimento da falha - informou o Ipea.

O órgão lembrou, contudo, que os demais resultados da pesquisa se mantêm. Entre os 3.810 entrevistados, homens e mulheres, 58,5% concordam com a ideia de que se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros.

Ipea admite erro em pesquisa que apontou que maioria dos brasileiros apoiava ataques a mulheres

O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) informou nesta sexta-feira que os dados da pesquisa na qual 65,1% dos entrevistados concordavam que "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas" estavam errados. De acordo com o Ipea, a porcentagem correta é 26%.

"Com a inversão de resultados entre as duas questões, relatamos equivocadamente, na semana passada, resultados extremos para a concordância com a segunda frase, que, justamente por seu valor inesperado, recebeu maior destaque nos meios de comunicação e motivou amplas manifestações e debates na sociedade ao longo dos últimos dias", diz o Ipea em nota.

A repercussão da pesquisa foi tão intensa que até mesmo a presidente Dilma Rousseff pronunciou-se sobre o tema e demonstrou solidariedade à jornalista Nana Queiroz, uma das organizadoras do movimento "Eu não mereço ser estuprada", que se popularizou nas redes sociais nos últimos dias, após a divulgação da pesquisa do Ipea. O diretor de Estudos e Políticas Sociais do instituto, Rafael Guerreiro Osório, pediu sua exoneração assim que o erro foi detectado, informa o órgão.

Outras perguntas também resultaram em erros

Apresentados à frase "O que acontece com o casal em casa não interessa aos outros", 13,1% dos entrevistados discordaram totalmente, 5,9% discordaram parcialmente, 1,9% ficou neutro (não concordou nem discordou), 31,5% concordaram parcialmente e 47,2% concordaram totalmente. Diante da sentença "Em briga de marido e mulher, não se mete a colher", 11,1% discordaram totalmente, 5,3% discordaram parcialmente, 1,4% ficaram neutros, 23,5% concordaram parcialmente e 58,4% concordaram totalmente.

O Ipea pede desculpa pelo erro

"Pedimos desculpas novamente pelos transtornos causados e registramos nossa solidariedade a todos os que se sensibilizaram contra a violência e o preconceito e em defesa da liberdade e da segurança das mulheres."

https://br.noticias.yahoo.com




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