Toque de recolher em escola

Toque de recolher em escola

Escolas e postos de saúde reabrem na Vila Cruzeiro

"Toque de recolher" imposto por traficantes obrigou moradores da zona Sul a ficarem em casa

Todos os pontos fechados nessa quarta-feira por conta de um “toque de recolher” imposto na Vila Cruzeiro do Sul, bairro Santa Tereza, na zona Sul de Porto Alegre, foram reabertos nesta quinta-feira. A Escola Estadual de Ensino Fundamental Almirante Álvaro Alberto da Motta e Silva, a Creche Maria Dolabella Portela e a Escola Municipal de Educação Infantil Osmar dos Santos Freitas abriram normalmente nesta manhã, apesar dos alunos não comparecerem em grande número às instituições. A Unidade Básica de Saúde (UBS) Cristal, a USB Vila Cruzeiro e a UBS da Família Cruzeiro do Sul também tiveram seu funcionamento normalizado nesta quinta, porém a procura por atendimento também é baixa.

Os moradores da Vila Cruzeiro receberam orientações para permanecerem em casa na manhã dessa quarta-feira. O “toque de recolher” foi imposto pela criminalidade, que indignada com a morte de uma jovem baleada há 15 dias, aumentou as ações violentas no local. Os moradores passaram a se trancar em casa para preservar a própria vida, depois de brigas entre traficantes e ameaças de novos confrontos que iniciaram no feriadão e envolvem grupos rivais. Os criminosos disputam pontos de tráficos.

O policiamento no local foi reforçado. A comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM), tenente-coronel Cristine Rasbold, disse em entrevista ao Correio do Povo, que havia uma ação mais enfática na região em execução quando ocorreu o “toque de recolher”. A resposta foi o “congelamento” da área, com o emprego de 40 Policiais Militares (PM) do 1º Batalhão de Operações Especiais (1º BOE), 17 PMs do Pelotão de Operações Especiais (POE) do 1º BPM, além de 70 PMs que já atuam normalmente na vila Cruzeiro do Sul e arredores. Somente o 1º BOE enviou 10 viaturas, adotando a Praça Moderna como base de apoio.

Segundo Cristine, a vila Cruzeiro do Sul, apesar de viver em guerra, foi definida como um Território da Paz. A comandante do 1º BPM disse ainda que vai recorrer a outros órgãos vinculados ao governo do Estado na tentativa de assegurar melhor qualidade de vida aos moradores da região, com ênfase para saúde, educação, lazer e esporte.

Correio do Povo




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