Adesão ao Mais Educação é prorrogado

Adesão ao Mais Educação é prorrogado

 MEC prorroga prazo e escolas podem aderir ao Mais Educação até o dia 30 

Mariana Tokarnia - Agência Brasil - 04/08/2014 - Brasília, DF

 

O Ministério da Educação (MEC) prorrogou mais uma vez o prazo para cadastramento de escolas públicas no Programa Mais Educação. O prazo, que terminaria hoje (4), foi estendido até o dia 30. A liberação de recursos financeiros é feita por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), e a adesão deve ser feita pela internet, no PDDE Interativo.

A jornada da educação integral deve ser, no mínimo, de sete horas diárias ou 35 horas semanais. Durante o período em que estão na escola, os estudantes recebem três refeições.

As escolas escolhem até cinco atividades nos macrocampos do programa, entre eles o de acompanhamento pedagógico (obrigatório), educação ambiental, esporte e lazer, direitos humanos em educação, cultura e artes, cultura digital, promoção da saúde, comunicação e uso de mídias, investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica.

Pelo Mais Educação, as escolas são selecionadas com base em critérios como baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), grande número de estudantes de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família e localização em regiões de vulnerabilidade social.

Segudo o MEC, ao oferecer educação integral ou jornada ampliada, as redes públicas de ensino contribuem para qualificar a aprendizagem de crianças, adolescentes e jovens, reduzir a repetência e também a evasão escolar. Atualmente, 49 mil escolas participam do programa, e a meta é chegar a 60 mil.

A oferta de educação integral está também no Plano Nacional de Educação, que estabele metas para o setor nos próximos dez anos. Segundo o plano, a educação integral, que atualmente chega a aproximadamente 30% das escolas públicas, deve atingir 50%, pelo menos. Além do programa federal, alguns estados e municípios oferecem os próprios programas.

Escolas públicas têm até hoje para aderir ao Mais Educação

Da redação - Agência Brasil - 04/08/2014 - Brasília, DF

Hoje (4) é o último dia para que as escolas públicas de todo o país façam a adesão ao Programa Mais Educação, que oferece recursos para a oferta de educação integral. Atualmente, 49 mil escolas participam do programa, e a meta é chegar a 60 mil.

A jornada da educação integral deve ser, no mínimo, de sete horas diárias ou 35 horas semanais. Durante o período em que estão na escola, os estudantes recebem três refeições.

As escolas escolhem até cinco atividades nos macrocampos do programa, entre eles o de acompanhamento pedagógico (obrigatório), educação ambiental, esporte e lazer, direitos humanos em educação, cultura e artes, cultura digital, promoção da saúde, comunicação e uso de mídias, investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica.

Pelo Mais Educação, as escolas são selecionadas com base em critérios como baixo índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb), as que têm entre seus estudantes, em sua maioria, filhos de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família e escolas em regiões de vulnerabilidade social. A liberação de recursos financeiros é feita por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola, e a adesão é pela internet.

A oferta de educação integral está também no Plano Nacional de Educação, que estabele metas para o setor nos próximos dez anos. Segundo o plano, a educação integral, que atualmente chega a aproximadamente 30% das escolas públicas, deve atingir 50%, pelo menos. Além do programa federal, alguns estados e municípios oferecem os próprios programas.

A universidade onde o fazer é o mais importante

Fernanda Kalena - Do Porvir - Revista Gestão Universitária - 04/08/2014 - Belo Horizonte, MG

Primeiro o fazer, depois o aprender. Essa é a base da cultura e da filosofia da universidade Franklin W. Olin College of Engineering, em Massachusetts, nos Estados Unidos. Lá os estudantes primeiro praticam e testam ideias para depois terem aulas teóricas sobre os assuntos relacionados aos projetos. “Desse modo, os estudantes entendem o porque desses conteúdos precisarem ser aprendidos. Eles apreciam e valorizam mais o que está sendo transmitido”, explica Lynn Andrea Stein, professora de computação e ciência cognitiva e diretora do Collaboratory, setor da instituição que tem como missão catalisar a mudança no ensino da engenharia.

A universidade foi fundada em 2002, com o objetivo de formar engenheiros de uma forma diferente da tradicional, mais voltada para a inovação, o empreendedorismo e para a solução de problemas do mundo contemporâneo. Esse é o tema da quinta reportagem da série do Porvir “O futuro do ensino da engenharia”, que também traz artigos com reflexões de pesquisadores da Escola Politécnica da USP.

Segundo a diretora, o programa foi estruturado com base em uma demanda do mercado e em estudos de diversos setores que mostravam que o engenheiro deveria ser um profissional capaz de trabalhar em equipe, colaborativo, com boas habilidades de comunicação, que saiba entender e compreender problemas que nem sempre estão claros e de resolver esses problemas através de soluções adaptáveis a diferentes realidades, possíveis de serem implementadas e sustentáveis. “Sabíamos que eram essas as características que queríamos que os nossos alunos tivessem ao final curso. O que estamos nos dispondo a fazer é dar suporte para que eles desenvolvam essas habilidades”, conta a diretora que compõe o quadro docente da universidade desde a sua criação.

O programa pedagógico estruturado por competências e baseado em projetos da universidade tem o intuito de desenvolver a autonomia de aprendizado dos alunos. É valorizado mais o que o aluno consegue fazer do que o que ele sabe. “Fomos inspirados por muitas coisas diferentes, mas uma muito importante para nós é a de que você aprende o que você pratica. Então, se nossos estudantes praticassem apenas o sentar e ouvir, estaríamos formando engenheiros ótimos em sentar e ouvir. Enquanto alunos, eles devem praticar a engenharia e interiorizar esse hábito para continuar aprendendo mesmo depois de formados”, diz Lynn.

Por isso, o aprendizado independente é incentivado. Para que eles aprendam a trabalhar em equipe, muitas atividades são realizadas em grupos; para que compreendam problemas, são entregues desafios que nem sempre têm uma resposta certa. Além disso, todos os estudantes moram no campus, o que, segundo a diretora, desenvolve neles a cultura de viver a engenharia. “É comum, ao dar uma volta pelo campus à noite, ver grupos de alunos trabalhando empolgados em alguma coisa. E não sabemos se é para uma aula, uma competição, se estão iniciando um novo negócio ou apenas se divertindo”, conta.

Seleção

Os jovens interessados em ingressar na Olin enfrentam duas etapas para a admissão. A primeira é igual a de outras instituições dos Estados Unidos, em que é avaliado o currículo escolar, cartas de recomendação e o resultado do exames do ensino médio. Já na segunda parte, os estudantes considerados academicamente qualificados para o programa são convidados a passar um dia no campus da universidade e lá tem que desenvolver um projeto. Esse programa é coordenado pelos estudantes da própria universidade e funciona como um momento de experimentação para que os futuros alunos testem o modelo de ensino da instituição e como se adaptam a ele.

O fato de serrem os estudantes que comandam este programa está relacionado com a visão da instituição sobre o papel que eles desenvolvem durante a passagem pela universidade. “São eles que moldam o seu próprio aprendizado”, ressalta Lynn. Desse modo, cabe ao professor o papel de mentor desse aprendizado. “Entendemos que é algo que cabe ao aluno, o professor não pode aprender pelos estudantes”.

A vida pós universidade

Um dos indícios que faz com que a universidade tenha convicção de seu modelo é o rumo profissional que os estudantes de Olin seguem. Segundo Lynn, um terço dos engenheiros formados nas universidades norte-americanas acaba entrando para carreiras no mercado financeiro. A área atrai esses profissionais devido aos altos salários e os deseja pela sólida formação teórica que recebem na graduação. No Brasil, apenas 54% dos graduados na área trabalham como engenheiro de fato.

Já entre os engenheiros formados pela instituição esse é um caminho incomum. A diretora diz que a universidade acompanha a vida profissional de seus ex-alunos e que se lembra de dois ou três que hoje atuam no mercado financeiro. Isso porque eles possuem uma vasta experiência em realizar projetos, o que lhes abre portas para assumirem posições de gerência e liderança de equipes em empresas de tecnologia, como Google e Microsoft, e também em companhias de engenharia.




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