Qual é a importância da Educação?

Qual é a importância da Educação?

A Educação possui impacto em todas as áreas de nossa vida. Entenda o que o acesso a uma Educação de qualidade pode fazer também pelo Brasil

07/05/2014 17:17                                                                                 Texto Iana Chan                                                                                 

 
Papai Noel e árvore de natal                                        
 Uma Educação de qualidade garante, entre outras coisas, o acesso a outros direitos, diminui a violência e aumenta a felicidade. 
                                          

A Educação é um direito fundamental que ajuda não só no desenvolvimento de um país, mas também de cada indivíduo. Sua importância vai além do aumento da renda individual ou das chances de se obter um emprego. "Perguntar a importância da Educação é como perguntar qual a importância do ar para nós. É pela Educação que aprendemos a nos preparar para vida", disse a socióloga e pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, Sandra Unbehaum.

Por meio da Educação, garantimos nosso desenvolvimento social, econômico e cultural. Sandra explica que o direito à Educação de qualidade é básico porque assegura o cumprimento de outros direitos. "Sem conhecimento ou acesso a informações, como posso saber que tenho direito à saúde e bem-estar, ao meio ambiente sadio, a condições adequadas de trabalho, a ser tratada com dignidade?", questionou.


Os impactos da Educação são extensos e profundos. Veja o que mais uma Educação de qualidade faz pelo indivíduo e pelo país:
Para ler, clique nos itens abaixo:

1. Combate a pobreza                        
Quanto mais as pessoas estudarem, mais oportunidades terão no mercado de trabalho. Uma pessoa que concluiu uma pós-graduação tem 422% mais chances de conseguir um emprego do que quem não se alfabetizou. Quem estuda também ganha mais: o salário de um pós-graduado é 544% maior do que aquele recebido pelos analfabetos. (Pesquisa Você no Mercado de Trabalho da FGV/Instituto Votorantim)

Esse impacto é perceptível em todos os níveis de escolaridade. Se todos os estudantes em países de renda baixa deixassem a escola sabendo ler, 71 milhões de pessoas poderiam sair da pobreza, segundo o relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos de 2011. O relatório também mostrou que cada ano extra de escolaridade aumenta a renda individual em até 10%.

Quanto mais as pessoas estudarem, mais oportunidades terão no mercado de trabalho. Uma pessoa que concluiu uma pós-graduação tem 422% mais chances de conseguir um emprego do que quem não se alfabetizou. Quem estuda também ganha mais: o salário de um pós-graduado é 544% maior do que aquele recebido pelos analfabetos. (Pesquisa Você no Mercado de Trabalho da FGV/Instituto Votorantim)

Esse impacto é perceptível em todos os níveis de escolaridade. Se todos os estudantes em países de renda baixa deixassem a escola sabendo ler, 71 milhões de pessoas poderiam sair da pobreza, segundo o relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos de 2011. O relatório também mostrou que cada ano extra de escolaridade aumenta a renda individual em até 10%.

2. Faz a economia crescer
Uma boa Educação melhora a economia de um país. "Quando olhamos para trás e comparamos o desempenho econômico de 50 países e um grande número de variáveis, o que salta aos olhos é o poder da educação", disse o nobel da Economia e professor da Universidade de Nova York, Paul Romer,  em entrevista à Revista Exame.

Os países que priorizam o ensino de qualidade nas últimas décadas, como Coreia do Sul e Irlanda, registram um crescimento econômico acima da média. O relatório da UNESCO mostrou que cada ano adicional de escolaridade aumenta a média anual do PIB em 0,37%.

Com melhores empregos e maior renda, os indivíduos podem consumir mais e dependem menos de políticas públicas contra a pobreza. O aumento da taxa de emprego e do consumo também se traduzem em mais impostos coletados pelo governo, o que resulta, em tese, em melhorias sociais.

Uma boa Educação melhora a economia de um país. "Quando olhamos para trás e comparamos o desempenho econômico de 50 países e um grande número de variáveis, o que salta aos olhos é o poder da educação", disse o nobel da Economia e professor da Universidade de Nova York, Paul Romer,  em entrevista à Revista Exame.

Os países que priorizam o ensino de qualidade nas últimas décadas, como Coreia do Sul e Irlanda, registram um crescimento econômico acima da média. O relatório da UNESCO mostrou que cada ano adicional de escolaridade aumenta a média anual do PIB em 0,37%.


Com melhores empregos e maior renda, os indivíduos podem consumir mais e dependem menos de políticas públicas contra a pobreza. O aumento da taxa de emprego e do consumo também se traduzem em mais impostos coletados pelo governo, o que resulta, em tese, em melhorias sociais.

3. Promove a Saúde 
Uma mãe que teve acesso à Educação de qualidade tem mais condições de cuidar da saúde de seus filhos, pois é mais sensível a importância da prevenção, da vacinação e de hábitos de higiene, além de saber como procurar tratamento quando necessário. O relatório da UNESCO Monitoramento Global de Educação para Todos  mostrou que uma criança cuja mãe sabe ler tem 50% mais chances de sobreviver depois dos cinco anos de idade.

Além de reduzir a mortalidade infantil e diminuir a taxa de fecundidade, a Educação também está relacionada a hábitos mais saudáveis. Indivíduos com maior nível de escolaridade também têm menos chances de serem obesos e de fumarem diariamente, essa relação permanece evidente independente de sexo, idade e renda. ("Olhares sobre a Educação 2013", da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).

Uma mãe que teve acesso à Educação de qualidade tem mais condições de cuidar da saúde de seus filhos, pois é mais sensível a importância da prevenção, da vacinação e de hábitos de higiene, além de saber como procurar tratamento quando necessário. O relatório da UNESCO Monitoramento Global de Educação para Todos  mostrou que uma criança cuja mãe sabe ler tem 50% mais chances de sobreviver depois dos cinco anos de idade.

Além de reduzir a mortalidade infantil e diminuir a taxa de fecundidade, a Educação também está relacionada a hábitos mais saudáveis. Indivíduos com maior nível de escolaridade também têm menos chances de serem obesos e de fumarem diariamente, essa relação permanece evidente independente de sexo, idade e renda. ("Olhares sobre a Educação 2013", da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).

4. Diminui a violência
Mais do que a pobreza em termos absolutos, é a desigualdade social um dos fatores relacionados à violência. Se a Educação é capaz de impactar na diminuição desta desigualdade, ela também contribui para uma sociedade menos violenta. Além disso, a Educação ajuda a superar a intolerância. O representante da ONU Nassir Abdulaziz Al-Nasser disse em entrevista ao portal Terra que "a Educação é fundamental para tratar da ignorância e desconfiança que estão no cerne do conflito humano. A Educação ajuda a superar estereótipos e intolerância, e a vencer a batalha contra a ignorância."

Mais do que a pobreza em termos absolutos, é a desigualdade social um dos fatores relacionados à violência. Se a Educação é capaz de impactar na diminuição desta desigualdade, ela também contribui para uma sociedade menos violenta. Além disso, a Educação ajuda a superar a intolerância. O representante da ONU Nassir Abdulaziz Al-Nasser disse em entrevista ao portal Terra que "a Educação é fundamental para tratar da ignorância e desconfiança que estão no cerne do conflito humano. A Educação ajuda a superar estereótipos e intolerância, e a vencer a batalha contra a ignorância."

5. Garante o acesso a outros direitos
Está na Declaração Universal dos Direitos Humanos: é por meio do ensino e da educação que se promove o respeito aos direitos humanos e liberdades fundamentais. "A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos." (Artigo XXVI)

A socióloga e pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, Sandra Unbehaum, comenta que o acesso à Educação permite que os indivíduos tenham consciência e conhecimento de que são sujeitos de direitos, isto é, que possuem direitos garantidos por lei e podem exigir que eles se cumpram. "Sem conhecimento ou acesso a informações, como posso saber que tenho direito à saúde e bem estar, tenho direito ao meio ambiente sadio, tenho direito a condições adequadas de trabalho, tenho direito a ser tratada com dignidade?", diz.

Está na Declaração Universal dos Direitos Humanos: é por meio do ensino e da educação que se promove o respeito aos direitos humanos e liberdades fundamentais. "A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos." (Artigo XXVI)

A socióloga e pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, Sandra Unbehaum, comenta que o acesso à Educação permite que os indivíduos tenham consciência e conhecimento de que são sujeitos de direitos, isto é, que possuem direitos garantidos por lei e podem exigir que eles se cumpram. "Sem conhecimento ou acesso a informações, como posso saber que tenho direito à saúde e bem estar, tenho direito ao meio ambiente sadio, tenho direito a condições adequadas de trabalho, tenho direito a ser tratada com dignidade?", diz.

6. Ajuda a proteger o meio ambiente
Quando forma cidadãos mais conscientes dos impactos de nossas atividades sobre a natureza, a Educação ajuda a preservar o meio ambiente, educando as pessoas para decisões sustentáveis, que satisfazem as necessidades presentes sem prejudicar as gerações futuras.

Quando forma cidadãos mais conscientes dos impactos de nossas atividades sobre a natureza, a Educação ajuda a preservar o meio ambiente, educando as pessoas para decisões sustentáveis, que satisfazem as necessidades presentes sem prejudicar as gerações futuras.

7. Aumenta a felicidade
As pessoas que estudam mais também se dizem mais felizes do que aqueles que não estudaram ou não puderam estudar. O estudo da OECD "Quais são os benefícios sociais da Educação?" mostrou que a satisfação pessoal entre as pessoas que estudaram até o nível superior é maior do que a satisfação das pessoas que pararam no Ensino Médio.

As pessoas que estudam mais também se dizem mais felizes do que aqueles que não estudaram ou não puderam estudar. O estudo da OECD "Quais são os benefícios sociais da Educação?" mostrou que a satisfação pessoal entre as pessoas que estudaram até o nível superior é maior do que a satisfação das pessoas que pararam no Ensino Médio.

8. Fortalece a democracia e a cidadania
Além de formar cidadãos mais críticos e conscientes de seus direitos, a Educação também colabora para que a sociedade cumpra seus deveres cívicos. Entre os jovens, o nível de escolaridade também está relacionado à taxa da população que vota. O estudo da OECD "Quais são os benefícios sociais da Educação?" fez um levantamento em 27 países e mostrou que 80% dos jovens com ensino superior vão às urnas, enquanto o número entre aqueles que não têm formação superior cai para 54%. O estudo também concluiu que os adultos mais escolarizados também são mais engajados socialmente.

Além de formar cidadãos mais críticos e conscientes de seus direitos, a Educação também colabora para que a sociedade cumpra seus deveres cívicos. Entre os jovens, o nível de escolaridade também está relacionado à taxa da população que vota. O estudo da OECD "Quais são os benefícios sociais da Educação?" fez um levantamento em 27 países e mostrou que 80% dos jovens com ensino superior vão às urnas, enquanto o número entre aqueles que não têm formação superior cai para 54%. O estudo também concluiu que os adultos mais escolarizados também são mais engajados socialmente.

9. Ajuda a compreender o mundo
Uma boa Educação tem resultados abrangentes: contribui para o crescimento econômico do país e para a promoção da igualdade social, mas seu impacto também é decisivo na vida de cada um.

Apesar de, felizmente, as pesquisas mostrarem que a Educação já é uma prioridade para os brasileiros, ainda existe a ilusão de que estudar é apenas uma maneira de abrir portas para o mercado de trabalho. A Educação é muito mais que isso. "É como se as pessoas tivessem a ilusão de que um certificado significa uma educação de fato, mas isso não se traduz na capacidade fundamental de a pessoa perceber criticamente o que acontece a volta dela, comunicar os outros a respeito de suas ideias, criar coisas no seu dia a dia", enumera Ana Lucia Lima, diretora executiva do Instituto Paulo Montenegro e conselheira do Educar para Crescer.

Engana-se quem imagina que refletir sobre o mundo em que vive só é importante para acadêmicos ou intelectuais. "A coomprensão de mundo é importante para qualquer ser humano", explica Ana Lima. "Aquilo que posso fazer por mim, pela minha família e pela minha sociedade se torna realidade a partir do conhecimento que possuo, que me permite entender o que acontece a minha volta e me permite atuar de maneira signitifcativa em qualquer contexto que eu viva", completa.

A importância dos estudos é válida independente da classe social. Em uma família de classe média, o acesso a cultura, a viagens e outros elementos complementam aquilo que a escola oferece. Nas classes sociais mais baixas, que geralmente possuem menos acesso a informações e oportunuidades, a escola deve ser ainda mais relevante. "Para eles, A escola possivelmente é a principal porta de acesso para esse conhecimento sobre tudo que a humanidade já produziu, já pensou e já entendeu sobre a vida", diz Ana.
Uma boa Educação tem resultados abrangentes: contribui para o crescimento econômico do país e para a promoção da igualdade social, mas seu impacto também é decisivo na vida de cada um.
Apesar de, felizmente, as pesquisas mostrarem que a Educação já é uma prioridade para os brasileiros, ainda existe a ilusão de que estudar é apenas uma maneira de abrir portas para o mercado de trabalho. A Educação é muito mais que isso. "É como se as pessoas tivessem a ilusão de que um certificado significa uma educação de fato, mas isso não se traduz na capacidade fundamental de a pessoa perceber criticamente o que acontece a volta dela, comunicar os outros a respeito de suas ideias, criar coisas no seu dia a dia", enumera Ana Lucia Lima, diretora executiva do Instituto Paulo Montenegro e conselheira do Educar para Crescer.
Engana-se quem imagina que refletir sobre o mundo em que vive só é importante para acadêmicos ou intelectuais. "A coomprensão de mundo é importante para qualquer ser humano", explica Ana Lima. "Aquilo que posso fazer por mim, pela minha família e pela minha sociedade se torna realidade a partir do conhecimento que possuo, que me permite entender o que acontece a minha volta e me permite atuar de maneira signitifcativa em qualquer contexto que eu viva", completa.
A importância dos estudos é válida independente da classe social. Em uma família de classe média, o acesso a cultura, a viagens e outros elementos complementam aquilo que a escola oferece. Nas classes sociais mais baixas, que geralmente possuem menos acesso a informações e oportunuidades, a escola deve ser ainda mais relevante. "Para eles, A escola possivelmente é a principal porta de acesso para esse conhecimento sobre tudo que a humanidade já produziu, já pensou e já entendeu sobre a vida", diz Ana.

 

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