Sistema Educacional Japonês

Sistema Educacional Japonês


O sistema educacional japonês foi reformado após a Segunda Guerra Mundial.

O antigo sistema 6-5-3-3 foi alterado para o sistema 6-3-3-4 (6 anos de ensino fundamental, 3 anos de ensino médio, três anos de colegial e 4 anos de universidade), seguindo o sistema americano.

São 5 etapas do jardim de infância até a Universidade:
Youchien (jardim-de-infância): Pode durar de um a três anos;
Shougaku (Ensino fundamental primário): Duração seis anos;
Chuugaku (Ensino fundamental secundário): Duração de três anos;
Koukou (Ensino médio): Duração de 3 anos;
Daigaku (Universidade): Duração média de quatro anos.

Gimukyoiku (escolaridade obrigatória)

O período de tempo do Gimukyoiku é de 9 anos: 6 anos de shougaku (ensino fundamental primário) e 3 anos de chuugaku (ensino fundamental secundário). O ano letivo começa no início de Abril e termina no início de março, com cinco dias semanais (às vezes sábado também) e 210 dias anuais.

A Taxa de alfabetização e de frequência escolar para os nove anos de escolaridade obrigatória é de 99,98%. A média de horas escolares diárias é de 6 horas, exceto para algumas classes do ensino fundamental. Além das aulas normais, muitas crianças ainda frequentam aulas particulares no contra-turno.

Normalmente, no ensino fundamental, um professor ensina todas as disciplinas para cada classe, que tem em média de 30 a 40 alunos. Além das aulas dentro da sala de aula, os alunos tem aulas extra-curriculares e aulas práticas dentro de laboratório. Na maioria das escolas japonesas, o uniforme é obrigatório.

escola japonesa
No Shougaku, as matérias regulares são: língua japonesa, estudos sociais, estudos gerais, matemática, ciência, estudos ambientais, música, arte e artesanato, vida cotidiana e conhecimentos domésticos, educação moral e educação física. A Língua inglesa é incluída a partir do Chuugaku.

O sistema de ensino japonês valoriza muito a higiene, a pontualidade, a cooperação e o trabalho em grupo. Os alunos são incentivados a desenvolver diversas tarefas que visam promover a responsabilidade, o respeito pelos mais velhos (relação Kouhai/Senpai) e o bem estar do grupo em que vive.

É feito uma divisão das tarefas e os alunos ganham funções em diversas situações cotidianas, como no Kyushoku Touban (lanche escolar) e no Souji (limpeza das salas de aula). O esportes também é bastante incentivado dentro da escola para promover o bem estar físico e a lealdade do grupo.

Kokou (Ensino Médio)

estudantes

 

Embora não seja obrigatório, o ensino médio (Koukou) tem mais de 96% de matrículas em todo o país, chegando a quase 100% em algumas cidades. A taxa de abandono escolar é de cerca de 2% e cerca de 46% de todos os formandos do ensino médio vão para a universidade ou faculdade júnior.

O sonho da maioria dos pais japoneses é que seus filhos cursem o ensino médio em uma boa escola privada para que recebam suporte acadêmico para ingressar em uma universidade. A escolha da escola é feita com base na localização, incidência de bullying e indicação de outras pessoas.

Para entrar no ensino médio (Kokou), os alunos tem que passar numa espécie de vestibular (exame de admissão). Essa questão tem gerado um elevado nível de competitividade e estresse entre os alunos. Para conseguirem passar nos exames e assim entrar em conceituadas instituições, muitos alunos frequentam “cursinhos”, chamados como Juku ou Gakken, ou ainda Yobiko, que são dois anos de cursinho preparatório para entrar na universidade (Daigaku).

Curiosidades

O ano letivo, assim como o ano fiscal começa em abril e termina em março do ano seguinte. Essa época condiz com o início da primavera e com o florescimento tão esperado do sakura (flores de cerejeira), que como sabemos tem um grande significado para o povo japonês.

Esta diferença nas datas relacionadas ao ano letivo, traz alguns transtornos para os estudantes japoneses que desejam estudar em outro país. Em agosto tem as férias de verão, que dura em média seis semanas. Na primavera e inverno, tem férias mais curtas que duram em média 2 semanas cada uma.

Ao contrário do Brasil, em que o ano letivo divide-se em 4 bimestres, no Japão, o ano letivo é dividido em três períodos: Ichigakki (abril a julho), Nigakki (setembro a dezembro) e Sangakki (janeiro a março), que são intercaladas com as férias de verão, inverno e primavera citadas anteriormente.

Os exames de admissão das escolas e universidades são particularmente difíceis e por isso são comumente chamados de Shiken Jigoku (inferno de exame). E para ajudar a passar nesses exames, os japoneses contam com um amuleto peculiar: O Chocolate kit Kat, por causa de um trocadilho com a frase Kitto Katsu (きっと 勝つ!) que significa “eu certamente ganharei!”.

Infelizmente muitos alunos se sentem psicologicamente pressionados pelas famílias e por este sistema educacional altamente exigente. A pressão para passarem nos exames de admissão juntamente com o Ijime (bullying) tem sido os responsáveis pelo alto índice de suicídios entre adolescentes e jovens.

Pra quem tem curiosidade, confira alguns vídeos com informações interessantes sobre as regras das escolas japonesas. No terceiro vídeo, alguns jovens contam suas experiências nas escolas japonesas e brasileiras no Japão:

 

Link do vídeo (YouTube)

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