Professor... sempre. Tio ... nunca.

Professor... sempre. Tio ... nunca.

PROFESSOR?????!!!!!!!!! SEMPRE. TIO????!!!!!! NUNCA.

MARINHO CELESTINO DE SOUZA FILHO - Revita Gestão Univeristária - 04/02/2015 - Belo Horizonte, MG


A Escola pensa em preto e branco

Já o Mundo...

Pensa em cores

E, é essa a diferença brutal entre o Mundo e a Escola.

(O autor)

RESUMO

Por meio desse brevíssimo ensaio, pretendo mostrar as diferenças entre ser tio e ser professor. Pretendo ainda apresentar aos leitores um breve panorama da Educação Brasileira.

Tio. Professor. Educação Brasileira

ABSTRACT

Through this very brief essay, I want to show the differences between being uncle and be a teacher. I intend still to present to the readers a brief overview of the Brazilian Education.

KEY WORDS

Uncle. Teacher. Brazilian Education.

1. INTRODUÇÃO

Pretendo MOSTRAR, POR MEIO DESSE ARTIGO, A DIFERENÇA ENTRE SER TIO E SER PROFESSOR, tentarei ainda apresentar aos leitores e leitoras brasileiros um breve panorama da Educação Brasileira.

ASSIM, NO SUBITEM A SEGUIR TRATAREI DE UM BREVE PANORAMA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL.

2. A EDUCAÇÃO NO BRASIL: BREVE PANORAMA

A EDUCAÇÃO NO BRASIL, COMO A MAIORIA DAS PESSOAS JÁ SABE VAI MUITO MAL INFELIZMENTE, POR ISSO, Não preciso citar nenhum autor para provar o que eu disse antes.

DESSE MODO, OBSERVEMOS: países como a Inglaterra, a Suíça, Canadá, Estados Unidos, Japão etc. Investiram pesadamente na Educação. E o que houve, amigo leitor? Esses países progrediram muito.

Depois dessas primeiras linhas, dessas primeiras palavras, mostrarei ao amigo leitor o cerne desse trabalho: a questão de ser tio e a de ser professor.

Logo, abaixo mostrarei a diferença enorme que existe entre ser tio e ser professor.

3 DIFERENÇA ENTRE SER TIO E SER PROFESSOR

Não precisamos de muito esforço mental e nem de consultarmos um dicionário, inclusive um dos mais famosos e utilizados hoje em dia: o Houaiss para sabermos o que é tio, e o que é professor, mas, tio ou tia, como se sabe é o irmão ou irmã da mãe ou do pai de alguém que (talvez) tenha com essa pessoa, no caso, sobrinho ou sobrinha uma relação ampla, íntima.

Já professor, não é o irmão da mãe ou do pai de alguém, pode até ser, mas, na escola, o professor ou a professora são sujeitos executando papeis, funções diferentes e diferenciadas do tio ou da tia, ainda que fora da escola possam ser tios ou tias.

Portanto, ser professor ou professora não implica diretamente em ser tio ou tia.

Nesse sentido, caro leitor e cara leitora, há bastantes tios e tias, já professor ou professora, caríssimos leitores, não precisamos verificar as estatísticas fornecidas pelo MEC ou de qualquer outro órgão estatal ou privado para se chegar à seguinte conclusão: estão faltando quase um milhão de mestres em nosso país, pois, enquanto o professor ou a professora forem tratados com descaso, desinteresse, falta de respeito por muitos pais, mães, alunos, alunas, enfim, inclusive até por parentes, quase ninguém vai querer ser professor ou professora.

Nesse sentido, pergunto aos meus alunos, são quarenta aproximadamente em cada turma, leciono para mais de cem alunos e, voltando à questão anterior, quando pergunto quem quer ser professor, um de cada cem alunos responde meio desanimado, desconfiado que quer ser sim.

Assustado, amigo leitor e amiga leitora? Não é para menos, todavia, essa é a pura realidade, aliás, não faltam motivos para não querer ser professor ou professora: salários baixos e, até em alguns lugares mais afastados dos grandes centros, falta de reconhecimento do governo, seja municipal, estadual ou federal.

Além disso, de acordo, com o que afirmei anteriormente, muitos pais e alunos desprezam os professores, porque, para muitas dessas pessoas, professor bom é aquele que dá nota, pois, quando um filho ou uma filha de certo pai tira uma nota baixa, ou o que é pior: reprova, a culpa é de quem? É lógico que todo mundo culpa o professor.

Como se não bastasse isso, até os próprios colegas, alguns deles desfazem uns dos outros, por isso, essa classe parece bastante desunida. Mas, o pior ainda estar por vir: quando um colega adquire cargo de diretor de escola, o que acontece, amigo leitor e amiga leitora?

Simplesmente, esse colega esquece-se de que é professor ou professora e utiliza o cargo para oprimir alguns de seus próprios colegas, por isso, talvez o amigo leitor esteja se interrogando: como é possível isso?

A resposta é simples, o poder transforma as pessoas (muitas vezes para pior), uma vez um amigo meu me disse: “Marinho, você quer conhecer realmente quem é o ser humano?” “Um homem ou uma mulher?” “Então oferece dinheiro e cargo (poder) a esse homem ou a essa mulher.” “Assim, os conhecerá de verdade.”

Além disso, como se não bastasse toda a desvalorização, depreciação da carreira do magistério, de acordo com o amigo e professor Pós-Doutor Celso Ferrarezi Junior, atuando, atualmente, no departamento de Ciências da Linguagem da UFAL – Universidade Federal de Alfenas – MG, reina nas escolas A LEI DO SILÊNCIO, porque, de acordo com FERRAREZI (2011), para os gestores, governo, aluno, professor bom é aquele que não fala, que se cala diante de tudo e de todos.

Nesse aspecto, como querer ser professor frente aos fatos anteriormente mencionados?

Outro detalhe: acredito ser salutar o aluno ter carteira de estudante, com isso paga meia entrada em cinema, teatro, show, danceteria etc, contudo o que nos espanta é não ter carteirinha para o professor, por que o professor também não paga meia entrada nos estabelecimentos acima assinalados?

Além disso, idosos, idosas, pessoas com deficiência, mulher grávida têm exclusividade em filas de banco, farmácias, lojas etc, não sou contra isso, caros leitores, porém, por que os professores também não têm esses direitos? Ou ainda, já que o governo anterior a esse criou BOLSA FAMÍLIA, BOLSA ESCOLA, PROGRAMA DE COTAS (QUE TAMBÉM NÃO SOU CONTRA) OS QUAIS CONTINUAM VALENDO ATÉ HOJE. POR QUE NÃO CRIAR A BOLSA PROFESSOR/PROFESSORA

Assim, acredito que tanto a carteirinha professor/professora quanto a bolsa já mencionada antes, poderiam facilitar a vida de todos os mestres brasileiros (QUE DIGA-SE DE PASSAGEM, NÃO SÃO TANTOS ASSIM NÃO), MAS, TALVEZ OS LEITORES ESTÃO SE PERGUNTANDO: COMO ESSES MECANISMOS FACILITARIAM A VIDA DOS PROFESSORES BRASILEIROS?

É simples, amigo leitor e amiga leitora, com esses programas QUE PODEM SER CRIADOS: bolsa-professor/professora ou carteirinha professor/professora, os professores teriam direito a descontos, ou pagar a METADE MESMO em farmácias, hospitais, cinemas, teatros, shows e até investir em sua própria carreira com a bolsa professor/professora que poderia servir para o professor/professora se aperfeiçoar: mestrado, doutorado etc, e ainda essa bolsa serviria para auxiliá-los, inclusive até na compra da casa própria.

Claro amigo leitor, essas são algumas sugestões que eu faço para melhoria da vida do professor/professora, entretanto, o que mais afasta as pessoas do magistério é o salário.

Por isso, não adianta falar em melhoria nas condições de trabalho, segurança nas escolas, construção, ampliação e reforma de escolas, bibliotecas com bastantes acervos, se não melhorar o salário do professor, será que os governantes não teriam condições de melhorar o salário dos professores? Eu acredito que basta um pouco de boa vontade dos governadores, dos políticos nesse país para melhorar o salário dos professores brasileiros.

Não adianta ainda, amigo leitor, amiga leitora, a Rede Globo mostrar experiências que deram certo em algumas escolas, sendo que no Brasil há um mundo de diferenças regionais, territoriais, municipais, estaduais e até de uma sala de aula para outra numa mesma escola.

Assim, o que eu quero dizer é que não existem receitas por mais fantásticas, mirabolantes que possam ser para melhorar a Educação.

Desse modo, caro leitor e cara leitora, poderíamos falar por horas, dias, meses, anos, séculos sobre a Educação Brasileira e ela seria a mesma, não há receita, mas, o problema, felizmente para a nossa alegria, a Educação Brasileira tem solução, temos que valorizar de fato o professor ou a professora brasileiros, quando eu afirmo VALORIZAR, não é como a Rede Globo faz, mostra algumas experiências educacionais que deram certo em alguns lugares, achando que todos os lugares, todas as pessoas são iguais, ou ainda, a Rede Globo faz pior: mostra testemunhos de alguns professores que parecem bastante felizes, realizados, inclusive, essa emissora de certa forma chega a sugerir nas entrelinhas que talvez os professores não precisam dos seus próprios salários, a esses professores os quais aparecem na Rede Globo “felizes”, “realizados” e ainda que parecem encarar o magistério como um dom ou sacerdócio, eu asseguro que se estão “tão realizados, tão felizes assim”, parecendo não precisarem dos seus próprios salários, depositem o fruto dos seus trabalhos em minha conta corrente, basta entrar em contato comigo ( o meu emeio estará na nota de rodapé na primeira página), porque EU NÃO DOU AULAS, APESAR DE ME PAGAREM POUCO PARA ISSO, ENTRETANTO, EU VENDO AULAS.

Portanto, diante dos fatos outrora mencionados, devemos assumir uma atitude de professor, entretanto, de tio nunca.

 

FERRAREZI Jr., C. Educação sob Controle. Revista Práxis: Linguagem e Educação. Ano VIII. Vol XI. Cacoal-RO, outubro de 2011.




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