Readaptação à rotina escolar

Readaptação à rotina escolar

Readaptação à rotina escolar exige atenção dos pais

Diretora do SINEPE/RS, Marícia Ferri, deu dicas no Programa Bom Dia Rio Grande para readaptação de pais e estudantes nessa volta às aulas

Assessoria de comunicação -SINEPE/RS

 

 

Voltar à escola não é tarefa fácil. O início do ano letivo pode trazer uma série de ansiedades e dificuldades para alguns alunos, que deixam para trás um longo período destinado a atividades livres e de lazer, na companhia da família e amigos, e impõe a necessidade de retomar certa organização, sobretudo quanto a horários, rotinas e hábitos de estudo. No programa Bom Dia Rio Grande (RBSTV) do dia 19/02, a pedagoga e diretora do SINEPE/RS, Marícia Ferri, deu dicas para readaptação de pais e estudantes nessa volta às aulas. Clique aqui e confira a entrevista. 

Segundo Marícia, as expectativas e fantasias com relação ao novo podem ser trabalhadas tanto pela escola como pela família, em qualquer faixa etária. No entanto, é preciso dar mais atenção às crianças do jardim e primeiro ano, "pois, nesta etapa, existe a peculiaridade de elas começarem a frequentar formalmente outro espaço importante de socialização, que impõe maior afastamento das figuras parentais - o que pode acarretar em algumas crianças episódios de ansiedade de separação".

Conversar sobre o reinício das aulas e sobre como será o novo ano com certa antecedência sempre é benéfico, afirma a professora. Conforme o dia de retorno se aproxima, os pais podem lançar algumas perguntas abertas (de acordo com a faixa etária e etapa) e ajudar o aluno a tomar contato com esta realidade. "Às crianças, podem ser feitas algumas perguntas que estimulem a curiosidade:  Quem será que vai ser a tua professora neste ano?, Já pensaste que este ano terás aulas no laboratório que tem os bichinhos? Que bacana!, Que saídas de estudos será que vocês vão fazer?. Na medida em que os pais já tiverem recebido estas informações, por e-mail ou nas reuniões, é interessante comentar com as crianças: Hoje na reunião, comentaram que a tua turma vai fazer três saídas de estudos no ano que vem e que vocês terão aulas segundas à tarde, Conheci tua professora hoje! O nome dela é Cristina e ela já está preparando muitas atividades legais para vocês!."

Com pré-adolescentes, é possível perguntar mais diretamente: Como pensaste em organizar teus horários de estudo este ano?, Vamos ver juntos os dias das tuas atividades extras?, Como será que vai ser este ano? Que expectativas tu tens?. Marícia explica que também é importante a família se organizar para ajudar as crianças e jovens, como voltar a adotar os horários e a rotina da casa com uma ou duas semanas de antecedência. Além disso, incentivar a autonomia dos filhos naquilo que eles já podem fazer sozinhos, como arrumar o material e se organizar para dormir no horário combinado. "Conversar com naturalidade (sem forçar) sempre é o melhor caminho para saber o que os filhos estão pensando. Mostrar empolgação e entusiasmo com as novidades é importante e resulta em maior aproximação."

A escolha do material é um ótimo recurso para a interação entre pais e filhos nesse momento, pois as crianças percebem a organização em relação ao novo ano letivo e têm a oportunidade de escolher o material com o qual vão trabalhar, o que entusiasma nesse recomeço. "Confeccionar um calendário/cronograma da semana junto com as crianças também auxilia. Neste, é possível marcar os momentos em que a criança estará na escola, que fará atividades extraclasse, os momentos livres e os momentos em que ela pensa que serão melhores para fazer os temas e estudar em casa", aponta Marícia.  Combinar com os pequenos quais serão os horários de aula e de estudo, ajudá-los a voltar a dormir em horários combinados, que garantam a qualidade do sono para despertarem mais cedo, organizar material e o uniforme ou roupa para as aulas, tudo isso precisa ser equacionado e estimulado.

Mas há atitudes dos pais que podem e devem permanecer ao longo do ano, como a de se aproximar da escola e do processo de aprendizagem dos filhos. Isso não significa apenas estar "de corpo presente" no espaço físico da escola, explica a professora, mas, sobretudo, adotar postura participativa, mostrando interesse genuíno e apoiando as atividades escolares no decorrer do ano letivo. "Esta participação pode ser feita a partir do acompanhamento do material do filho de tempos em tempos, da agenda, conversas sobre o dia a dia escolar, participações em reuniões, acompanhamento do site da escola para saber sobre as atividades que estão ocorrendo, etc. O acompanhamento das tarefas de casa, especialmente com as crianças menores, é fundamental, pois além de mostrar o interesse pelo que a criança está fazendo, os pais podem estar mais próximos, atentos e disponíveis para eventuais necessidades que elas apresentem."

http://www.sinepe-rs.org.br/site/informacao/noticias_8878

 




ONLINE
15