Sobre a Terra

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10 intrigantes fatos sobre a água da Terra

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A substância mais importante para nossa existência está no seu fim. Durante décadas tentamos preserva-la, mas hoje é algo difícil de se acontecer. Listamos 10 fatos que vai intrigar você sobre a água

Por Redação

Se alguém pergunta: “qual é a substância mais importante que existe?”, a resposta mais óbvia é “a água”. Não só ela é diretamente responsável pela nossa existência, como perfaz a maior parte do corpo humano – precisamos dela para sobreviver.
Com base em quão abundante parece ser, é fácil esquecer que na maioria das vezes é um dos recursos mais escassos (pelo menos quando se trata de água potável), ainda mais quando deixamos a atmosfera da Terra rumo a imensidão do espaço.
Confira uma lista com alguns dos fatos mais interessantes sobre esse líquido e o papel que desempenha em nosso planeta:

10. A Terra não tem tanta água quanto provavelmente você acha que tem

É fato que mais de 70% da superfície da Terra é coberta por água; o Oceano Pacífico, sozinho, cobre metade do globo. No entanto, na maior parte da superfície, ela não passa de uma película relativamente fina.
Um estudo recente publicado pela U.S. Geological Survey (Serviço Geológico dos EUA) mostra que se reuníssemos toda a água da Terra (oceanos, rios, lagos, lenções freáticos e calotas de gelo) em uma única esfera, ela teria um diâmetro de 1.384 km, um pouco mais que a distância do Rio de Janeiro – RJ a Salvador – BA, ou o tamanho de um planeta anão como o Sedna (um dos muitos objetos trans-netunianos), e teria um volume de 1,386 bilhão de quilômetros cúbicos.
Além disso, a quantidade de água doce é muito menor: sua esfera teria um diâmetro de 272,8 km – 4 vezes menor em diâmetro e 50 vezes menor em volume. Essa segunda esfera inclui as geleiras. A terceira esfera, com apenas lagos de água doce e rios, teria uns 90 km de diâmetro.

9. A lua Europa tem mais água que a Terra

Antigamente, os astrobiólogos achavam que a Terra era a maior fonte de água do sistema solar, algo hoje reconhecido como falso.
Quando na década de 90 a sonda Galileu investigou o sistema de luas de Júpiter, descobriu que uma delas tinha uma massa de água maior que o esperado. A notícia repercutiu pelo mundo e, de uma gélida lua, Europa se tornou uma sensação no mundo dos astrobiólogos como potencial morada para a vida extraterrestre.
Sua água está na forma de uma espessa crosta de gelo rachada, onde podem se formar lagos subglaciais perto da superfície, parecidos com o famoso lago Vostok, explorado na Antártida. E os estudos indicam também um oceano colossal de água líquida abaixo da crosta de gelo.
Mesmo sendo menor que a lua e umas 50 vezes menor que a Terra, toda a água de Europa daria uma esfera de 1.754 km, duas a três vezes maior que toda a massa líquida da Terra.
Outros mundos parecem ter ainda mais. Titã, lua de Saturno, teria uma massa maior de água que a Terra e Europa, enquanto o planeta Netuno poderia ter em seu manto uma massa colossal de vários planetas Terras em forma de água, segundo modelos teóricos para a estrutura dos gigantes gasosos distantes.
No sistema solar exterior, a presença de água em mundos como luas e planetas anões não é uma pequena fração como na Terra, mas tão ou mais substancial que a própria rocha.

8. Nosso abastecimento de água veio provavelmente de cometas e asteroides

Não temos uma resposta exata sobre a origem da água na Terra, mas o modelo científico mais aceito indica que ela veio por um bombardeio de cometas.
Neste cenário, a primeira parte da história é que muito de nosso abastecimento de água existiu no período de formação dos planetas, quando o material que os compõe começou a se fundir no disco protoplanetário do sistema solar em formação ao redor do jovem sol.
Enquanto planetas rochosos se formavam no sistema solar interior, o calor das rochas fundidas teria feito todas as massas de água evaporarem e escaparem da gravidade para o espaço, se aglutinando na forma de cometas e asteroides – no fim, a gravidade dos planetas se encarregou de arremessá-los para longe do espaço planetário, onde permaneceram inertes por bilhões de anos.
A segunda parte vem no Intenso Bombardeamento Tardio, quando um fenômeno gravitacional iniciou um processo de envio de muitos desses objetos gelados na direção do sistema solar interior, tendo muitos deles caído na Terra. Com isso, uma massa imensa de água se formou em nosso planeta, com a ajuda da pressão atmosférica da Terra.
Boa parte dos materiais orgânicos daqui provavelmente vieram para a Terra da mesma maneira, dando origem à vida.

7. Micrometeoritos caem na Terra sobre a forma de chuva

Estima-se que em torno de 10 mil toneladas de micrometeoritos caem na Terra todos os dias, sendo muitos deles pequenos pedaços de rocha por vezes com pequenas frações de ferro, que cruzam nosso caminho.
Acredita-se que a maioria desses pequenos viajantes, que consiga sobreviver ao atrito com a atmosfera que incinera objetos entrantes, acaba ficando presos na atmosfera superior e passe realmente a fazer parte dela. Em um dado momento, eles se misturam com o vapor de água, aglomerando-se e depois caindo sobre a superfície na forma de chuva.
Então, na próxima vez que molhar-se numa chuva de verão, saiba que pode estar em contato com bilhões de pequenas partículas de poeira estelar, restos da formação planetária, talvez pedacinhos de Marte ou da lua.

6. Há mais de 10^30 vírus nos oceanos do mundo

Através de sua pesquisa, Curtis Suttle (da Universidade de British Columbia) passou um tempo significativo a contar fisicamente o número de vírus localizados em várias partes do oceano. Em última análise, ele concluiu que cada litro de água do mar contém cerca de 3 bilhões de vírus. Considerando o fato de que os geólogos estimam que o oceano contém cerca de 1,3×1021 litros de água, devemos ter cerca de 4 E 30 (4 seguido de 30 zeros) vírus ao todo.
Uma curiosidade é que se pudéssemos empilhar esse número colossal de seres microscópicos, cobriríamos algo como 10 milhões de anos-luz – uma medida mais que astronômica, galáctica. Uma ano-luz equivale a 9,46 trilhões de km. A nossa galáxia, a Via Láctea, tem 100.000 anos-luz de diâmetro. 10 milhões de anos-luz daria o diâmetro do Grupo Local de Galáxias, que abrange 35 galáxias, entre elas a nossa.

5. A vida pode sobreviver em regiões “inabitáveis” do fundo do mar

A maioria de nós mantém uma boa ideia das variáveis necessárias para nossa sobrevivência – água, alimentos, oxigênio, luz solar… – tudo isso geralmente considerado imperativo para a nossa forma de vida.
Imagine a surpresa dos biólogos quando vida foi descoberta ao explorarem alguns dos mais profundos lugares de nosso planeta, onde as condições são mais adversas que quaisquer outras localidades já vistas.
As formas de vida encontradas são comparáveis a potenciais formas alienígenas. Algumas delas, como os vermes-tubo, são criaturas de três metros de comprimento, sem olhos, bocas ou intestinos. Outros, como bactérias que forma encontradas dentro de fontes hidrotermais, vivem a mais de 2.000 metros abaixo do nível do mar – onde não só há ausência de luz solar, como a pressão é substancialmente maior do que se poderia experimentar na superfície, e as temperaturas podem exceder os 400 graus Celsius. Para sobreviver, algumas formas de vida extraem energia a partir do sulfeto de hidrogênio proveniente das fontes hidrotermais, num processo chamado “síntese química”.
Na parte mais profunda do oceano, na Fossa das Marianas, além de outros seres foi encontrada uma peculiar ameba gigante, com 10 centímetros. Esses seres vivem a quase 11 quilômetros de profundidade com uma pressão 1.100 vezes maior que a da atmosfera ao nível do mar.
A vida nesses estremos obscuros tem sido uma grande esperança para a procura por formas de vida extraterrestre em mundos com oceanos obscuros como Europa, a lua de Júpiter citada no item 9.

4. Há mais moléculas em um litro de água que litros de água no oceano

Se você despejasse uma garrafa de água no oceano, e viajasse para o outro lado do mundo para pegar água do oceano com essa mesma garrafa, qual a chance de pegar ao menos uma molécula da mesma água que despejou anteriormente? Provavelmente nula, dada a imensa quantidade de água em um oceano.
Na verdade, as chances são muito boas (na casa dos dígitos quádruplos) de que você não só encontre uma molécula idêntica de água: cerca de 8.000 exatamente. Mas como?
Um litro de água tem um monte de moléculas nele. Na verdade, há mais moléculas em um litro de água do que litros de água em todos os oceanos da Terra. Por conta disso, as chances são boas de encontrar não apenas uma, mas dígitos quádruplos de moléculas idênticas (cerca de 8.000). Esses números são discriminados aqui.
Importante lembrar que isso é apenas um teste de lógica numérica, que não deve ser levado ao pé da letra.

3. Algumas das moléculas de água que consumimos já foram bebidas por dinossauros

Como vimos desde as séries fundamentais, a água tem um ciclo bastante complexo: é consumida por seres vivos, devolvida a terra, evaporada, forma nuvens, precipita nas chuvas – obviamente, isso não é tudo, mas é um bom resumo do que acontece.
Isso essencialmente significa que a água é constantemente reciclada. No entanto, as moléculas por si próprias mudam de estado (sólido, líquido e gasoso) o tempo todo. Embora, como na fotossíntese ou na radiação, elas possam ser separadas em suas partes constituintes – hidrogênio e oxigênio, na maior parte das fases dos ciclos, elas permanecem as mesmas, e já encontramos vários leitos de rios antigos que contém moléculas de água com milhões de anos de idade, quando dinossauros ainda andavam por aí.
Uma vez sabido que moléculas são pequenas e numerosas, passam por vários ciclos e processos na natureza, podemos calcular a quantidade de água que herdamos da época dos dinossauros. Segundo os cientistas, as plantas consomem 12 trilhões de quilos de água por ano, de uma quantidade de 1.400 bilhões de bilhões de quilos; assim, a maioria das moléculas de água é separada a cada 100 milhões de anos. Considerando que a distância entre nós e os dinossauros é 65 milhões de anos, as estimativas dizem que mais da metade das moléculas de nossa água (uns 57%) eram ingeridas por eles. Ou, para quem preferir, algumas das moléculas mais recentes em seu copo d’água passaram através da bexiga de Einstein, Shakespeare, Cleópatra, Issac Newton e talvez até Confúcio.

2. Se a Terra parasse de girar, toda a nossa água iria para os pólos

Entre outras coisas terríveis que aconteceriam se a Terra parasse de girar, toda a água se acumularia nos pólos. Isso aconteceria porque a migração oceânica cessaria, e toda a água se deslocaria da parte equatorial para as polares. A rotação é um elemento fundamental da formação planetária, pois equilibra o campo magnético e dá movimento as massas oceânicas e atmosféricas. Dois super oceanos nos pólos gélidos e sem chão pra pisar, e equador seco de um lado pelo calor solar, e congelado do outro por uma noite de meio ano é o que uma Terra sem giro causaria.

1. Super Barragens podem frear a rotação da Terra

Talvez alguns não achem o assunto mais interessante dessa lista, mas certamente é de grande importância. É necessário uma discussão em torno dos impactos ambientais de algumas tecnologias modernas.
Durante os últimos 40 ou 50 anos, temos visto uma concentração significativa em formas de geração de energia. Um avanço que tem sido massivo está na forma de barragens hidrelétricas, que apesar de geralmente caras, são uma fonte de energia limpa. A princípio, parece um bom investimento, mas logo surgem preocupações surpreendentes, como o fato de que elas podem alterar a rotação orbital do planeta.
O maior exemplo é a Three Gorges Dam, Barreira das Três Gargantas, na China. É uma barreira peso-pesado que, quando cheia, contém 42 bilhões de toneladas de água – um volume de 39 km³, na capacidade total.
Esta grande mudança na distribuição de massa em relação à rotação da Terra tem aumentado o tempo de um dia em 0,06 microsegundos. Isso com apenas essa barreira, sem contar as outras superbarragens que existem no globo. Certamente, 60% de um microsegundo não parece muito, mas a soma futura de várias barragens operantes simultaneamente pode trazer consequências maiores. Associadas a outros fenômenos naturais responsáveis pela gradual freagem da rotação, como o afastamento da lua, esses números podem passar a ser significativos. [FromQuarksToQuasar]


Confira o artigo original no Portal Metrópole: http://www.portalmetropole.com/2015/05/10-intrigantes-fatos-sobre-agua-da-terra.html#ixzz3aWv73qxJ

10 verdades chocantes sobre a Terra

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A terra está em constante movimento, ela é magnifica e cheia de surpresas, mas será que você sabe tudo sobre ela? Ninguém sabe. Mas temos uma pequena noção de alguns fatos. Confira 10 deles em uma seleção chocante sobre o nosso planeta.

Por Redação

A Terra gira sobre seu eixo e orbita ao redor sol. O sol, por sua vez, gira em torno do centro da Via Láctea a uma velocidade de 800.000 quilômetros por hora. Como se isso já não fosse chocante o suficiente, o universo se manteve praticamente intacto desde a sua criação. O nosso planeta, em toda a sua complexidade, é apenas um pequeno pedaço de um quebra-cabeça muito maior e que ainda está loooonge de ser completado.
Mesmo no auge da nossa insignificância, ainda temos uma composição e lógica de funcionamento interno que são absolutamente extraordinários.

10. Essa cordilheira vulcânica se espalha pelo mundo

A dorsal mesoatlântica é uma imensa gama de vulcões subaquáticos. Ela existe devido a erupções vulcânicas de lava basáltica que ocorrem entre as placas tectônicas. Estas erupções ajudam a produzir a crosta mais nova da Terra na litosfera. Com 60 mil quilômetros de comprimento, ela é a maior cordilheira geológica da Terra.
Só para você ter uma noção, a Cordilheira dos Andes, maravilhosa e famosa, que fica aqui na América do Sul, tem “apenas” 7.200 km de extensão.
Mas isso não é tudo.
A dorsal mesoatlântica tem influência sobre a atividade da Terra. Por exemplo, quando a água congelante do oceano se infiltra nas rachaduras de suas cristas vulcânicas, essa água é aquecida a 400 graus Celsius e entra em uma ebulição sinistra sendo atirada pelo ar em rajadas pretas, devido aos minerais de basalto.
A maioria da atividade vulcânica do planeta ocorre ali. Suas características únicas variam muito além das aberturas superaquecidas, mas não temos uma visão completa do que está lá embaixo de fato. Essa gama subaquática colossal só foi descoberta na década de 1950 e permanece altamente inexplorada. Alguém se habilita?

9. Contra todas as expectativas, o fogo prospera em condições geladas

Na Antártica, ventos extremos e secos ajudam o fogo a se espalhar rapidamente. Com isso, a responsabilidade de seguir as precauções de segurança pesa sobre os ombros de todos, já que um incêndio pode significar perda rápida de suprimentos vitais e abrigo – o que complica em escala exponencial a vida nessa região.
Mas se pegar fogo, não é “só” apagar? Bem, nesse caso, não. É quase impossível apagar um grande incêndio na Antártica porque a água vai simplesmente congelar na mangueira. Então é melhor a gente focar todos os esforços na prevenção.
Segurança contra incêndio no continente branco também tem uma mais preocupação incomum: eletricidade estática.
A baixa umidade e ventos extremos aumentam os efeitos da eletricidade estática o suficiente para carregar um edifício. Uma única faísca estática pode inflamar combustível e iniciar um incêndio. Eletricidade estática descontrolada pode também destruir eletrônicos, como MP3 players e câmeras. Placas de descarga têm que ser colocadas perto de telefones e teclados por razões de segurança. Como se essas preocupações não bastassem, há também o Monte Erebus, um vulcão ativo, que pode entrar em erupção a qualquer hora.
Melhor escolher outro lugar para passar férias!

8. Terremotos não são nenhuma raridade

e levarmos o mundo todo em consideração, terremotos ocorrem cerca de 500.000 vezes por ano. Aproximadamente um quinto destes terremotos podem ser sentidos pelos seres humanos. Microterremotos e sismos menores também acontecem em larguíssima escala. Ambos podem ser detectados por pessoas, e ocorrem a uma escala de cerca de 8.000 POR DIA. Os tremores que podem ser sentidos, mas causam pouco ou nenhum dano, ocorrem cerca de 55.000 vezes por ano.
Ou seja: você pode não perceber o que está acontecendo bem debaixo dos seus pés. AGORA!
Terremotos considerados de nível moderado a grande (5.0 a 8.9 graus na escala Richter) já são mais preocupantes. Eles ocorrem cerca de 1.000 vezes por ano. Os terremotos mais fortes ocorrem com menos frequência, é claro, mas os danos e a taxa de fatalidade costumam ser muito maiores.
Terremotos extremos são o tipo mais raro do mundo (para nossa infinita alegria). Eles ocorrem uma vez a cada 20 anos ou mais, registrando de 9.0 a 9.9 graus na escala Richter.
Nunca houve um terremoto documentado que tenha ultrapassado os 10 graus na escala Richter.

7. O núcleo da Terra é tão quente quanto o sol

A Terra é dividida em três camadas. O núcleo quente é fundido do lado de fora e denso no centro. O manto é a camada seguinte. Basicamente, ele é uma rocha sólida que representa cerca de 84% do volume da Terra. A crosta é superfina é justamente a camada que sustenta a vida. O núcleo é o mais fora do alcance e, consequentemente, mais difícil de ser estudado. Mas nós sabemos o suficiente para determinarmos que o núcleo da Terra tem 2.300 quilômetros de espessura, está a uma temperatura de mais de 3.900 graus Celsius e é composto principalmente de ferro e níquel. Também sabemos que ele se move com a viscosidade da água.
Núcleo interno da Terra é praticamente uma bola de liga de ferro com 1.207 km de espessura. Esta esfera de metal proporciona o campo magnético mais protetor do mundo e tem nada menos que 6.100 graus Celsius, o que faz com que seja tão quente como o sol.
O peso de tudo que fica ao redor do núcleo provoca uma pressão que o mantém sólido, apesar do calor. Nós não podemos perfurar tão fundo até essas áreas ridiculamente quentes do interior da nossa Terra, então contamos com a sismologia para obter informações. Isto significa que o que “sabemos” é meramente especulativo e poderia facilmente mudar à medida que aprendemos mais sobre o peso do nosso planeta.

6. Uma certa quantidade de peso pode deformar a terra

Em 2002, ao longo de cerca de um mês, a plataforma de gelo Larsen B da Antártida ruiu no Mar de Weddell. Sua área de superfície original era de cerca de 3.250 quilômetros quadrados. Esta plataforma monstruosa de gelo tinha nada menos que 220 metros de espessura e pesava singelos 720,000 milhões de toneladas – o que é acima do peso até para os padrões de beleza de um iceberg. Isso é uma grande quantidade de peso para desaparecer assim tão de repente. Para o choque de cientistas, quando isso aconteceu, a terra que anteriormente estava sob o gelo aumentou. A mudança foi significativa o suficiente para causar alterações nos fluxos subterrâneos de lava, levantando novas preocupações sobre a estabilidade dos vulcões locais. Se todo o gelo que cobre a Antártida derretesse, a terra subiria na mesma proporção. O nível dos oceanos também aumentaria em cerca de 60 metros.
A maior parte da terra da Antártida está afundada com o peso de suas camadas de gelo de espessura obesa. Como elas são MUITO pesadas, acabam sufocando uma grande porção de terra do continente, que atualmente permanece descansando abaixo do nível do mar.

5. Cerca de 95% do oceano ainda é um mistério

Muito embora a água cubra 71% da superfície da Terra, nós só exploramos cerca de 5% do mar. A luz solar não penetra além de aproximadamente 275 metros, e a maior parte da água do oceano escurece a uma profundidade de 30 metros. Logo… O acesso fica um pouco complicado. E há muito do abismo escuro ainda para ser descoberto.
Milhões de espécies ainda não vistas podem existir debaixo d’água, mas também muitas podem se extinguir antes mesmo que a gente tenha a oportunidade de encontrá-las e compreendê-las.
Um dos motivos que leva os cientistas a acreditarem nessa extinção é a acidez dos oceanos, que aumentou em cerca de 30% desde o início da Revolução Industrial. Essa acidez destrói recifes de corais e outras formas de vida dos mares. Para piorar as coisas, os seres humanos frequentemente pescam DEMAIS, a ponto de aniquilar algumas das principais espécies. Nós também despejamos um número estimado de 180 milhões de toneladas de resíduos tóxicos na água do mar a cada ano. Isso é lamentável, uma vez que o oceano pode armazenar chaves para a compreensão de ecossistemas complexos, a cura para doenças e mais um monte de outras coisas que nós não vamos nem ter a oportunidade de saber o que são.
As profundezas do oceano são poderosas o suficiente para destruir o nosso corpo, por conta da pressão absurda da água. Ainda assim, criaturas prosperam ali – então calcule o que ainda não sabemos.

4. A ação da gravidade não é a mesma em todos os lugares do mundo

Se você achava que a gravidade era a mesma em todo o mundo, que bom que está lendo esse artigo até aqui, porque não é verdade. A taxa de gravidade varia ao longo da superfície terrestre. Por exemplo, a área da Baía de Hudson, no Canadá, tem uma força gravitacional mais fraca do que a maioria dos lugares na Terra. A mudança é tão minúscula que você nunca seria capaz de senti-la, mas a tecnologia moderna pode detectá-la.
E por que isso acontece?
Nós só temos teorias sobre a causa dessa variação. A mais comum aponta para a Idade do Gelo. Quando o gelo que dominava a terra derreteu, ele deixou uma marca tão forte que acabou afetando a gravidade em um grau leve. Esta camada de gelo cobria a maior parte do Canadá e parte da América do Norte e teria exercido um peso maior em algumas áreas. A mesma coisa aconteceu no Pólo Sul.
O derretimento do gelo nos últimos anos tem causado uma mudança definitiva na força gravitacional local. A distribuição e densidade de terra, a atividade marítima, e os processos naturais podem ser os responsáveis por essa diferença na taxa de gravidade. Um terremoto no Japão levou a uma mudança rapidamente detectada em 2011, mas, como falamos, ninguém pode de fato senti-la.

3. Última Pangea

Pangea, nome dado ao supercontinente com todos os sete continentes modernos formando uma única terra, existia há 250 milhões de anos. E a previsão é que, daqui a outros 250 milhões de anos no futuro, uma nova Pangea irá se formar, mas com uma estrutura muito diferente da Pangea do passado. É impossível saber exatamente em que direção as placas tectônicas se movem, mas podemos prever o que vai acontecer a partir da observação dos movimentos que estão ocorrendo agora.
Com base nessas informações, os cientistas preveem que a Califórnia irá colidir com o Alasca. A maior parte do Mediterrâneo é, na verdade, parte da placa tectônica africana que foi avançando para o norte durante milhões de anos. A África vai se fundir com a Europa e criar uma cadeia de montanhas gigantescas.
Mas quanto tempo essa transformação vai levar?
Digamos assim que você não precisa perder o sono. Os geólogos estimam que a formação desse supercontinente na Terra ocorra ciclicamente, em um intervalo de 500 a 700.000.000 de anos, e nós estamos no meio desse ciclo agora. E como as placas tectônicas se movem em um ritmo ligeiramente mais lento do que uma unha crescendo… Parece que vai levar um bom tempo até as terras se juntarem novamente.

2. O Polo Norte e o Polo Sul mudaram de lugar

A “mudança” magnética dos polos Norte e Sul é um ciclo natural. Isso já aconteceu inúmeras vezes no passado, e vai continuar acontecendo no futuro. Rochas vulcânicas revelam que a última alteração ocorreu 780.000 anos atrás. Isso significa que a próxima mudança está perto de acontecer.
O campo magnético que existe ao redor da Terra nos protege de uma radiação extrema. Mas ele vem mudando mais rápido do que o previsto, e está enfraquecendo em algumas áreas e ficando mais forte em outras. Isso porque o campo é afetado pelo movimento de núcleo exterior da Terra. Menos movimento provoca uma diminuição na força do campo magnético, enquanto mais movimento provoca um aumento da resistência para a área correspondente. E uma atividade incomum recentemente registrada pode significar que o processo de troca dos polos está já está acontecendo.

1. A Terra é absurdamente pequena

Não é nenhum segredo que a Terra é menor do que o sol, mas o contraste chega a ser ultrajante. Cerca de 109 Terras seriam necessárias para cobrir a face do sol. No entanto, ao mesmo tempo que isso pode ser um número grande, não é nada em comparação com os cerca de 1,3 milhões de Terras que poderiam caber dentro do nosso sol como um todo. Isto apenas considerando o volume e não a forma.
O sol contém cerca de 333 mil vezes a massa da Terra e é responsável por 99,8% da massa do nosso sistema solar inteiro. Não é à toa que dizem que o sol é para todos.
Mas ele não é a maior coisa que existe no universo. A supergigante vermelha Betelgeuse, por exemplo, é cerca de 500 vezes maior do que o nosso sol. Agora, compare isso com o tamanho da Terra e, de repente, parece que somos insignificantemente pequenos, não? [Listverse]


Confira o artigo original no Portal Metrópole: http://www.portalmetropole.com/2015/05/10-verdades-chocantes-sobre-terra.html#ixzz3aWvdxX7a

Tudo o que sabíamos sobre a formação dos continentes pode mudar

 

Tudo o que sabíamos sobre a formação dos continentes pode mudar

Novos dados científicos revelados por pesquisadores podem pôr em causa tudo o que sabíamos sobre a formação dos continentes

Por Redação

Uma equipe internacional de pesquisadores revelou novas informações sobre como os continentes foram gerados na Terra mais de 2,5 bilhões de anos atrás, e como esses processos têm continuado nos últimos 70 milhões de anos e afetado profundamente a vida no planeta e seu clima.
O estudo detalha como eventos geológicos recentes – no caso, atividades vulcânicas de 10 milhões de anos atrás onde hoje estão o Panamá e a Costa Rica – guardam os segredos da construção dos continentes, que ocorreu bilhões de anos antes.
A descoberta fornece uma nova compreensão sobre a formação da crosta continental da Terra – massas de rocha flutuantes ricas em sílica, um composto que combina silício e oxigênio, que “boiam” sobre a Astenosfera, uma das camadas do manto externo da Terra.
“Sem a crosta continental, todo o planeta seria coberto com água”, explica Esteban Gazel, professor assistente de geologia na Faculdade de Ciências da Universidade da Virgínia, nos EUA. “A maioria dos planetas terrestres do sistema solar têm crostas basálticas semelhantes à crosta oceânica da Terra, mas as massas continentais – grossas camadas silícicas e flutuantes – são uma característica única da Terra”.

Crosta jovem

A massa continental do planeta se formou no período Arqueano, cerca de 2,5 bilhões de anos atrás. A Terra era três vezes mais quente, a atividade vulcânica era consideravelmente maior e a vida era provavelmente muito limitada.
Muitos cientistas acreditam que toda a crosta continental do planeta foi gerada durante este período, e o material teria se reciclado continuamente através de colisões de placas tectônicas na camada mais externa do planeta. Mas a nova pesquisa mostra que uma crosta continental “juvenil” foi produzida ao longo da história da Terra.
“Se a Terra reciclava toda a sua crosta continental sempre foi o grande mistério”, diz Gazel. “Nós fomos capazes de usar a formação da ponte de terra que é a América Central como um laboratório natural para entender como os continentes se formaram, e descobrimos que, enquanto a produção maciça de crosta continental, que teve lugar durante o Arqueano, já não é a norma, há exceções que produziram uma crosta continental ‘juvenil'”.
Os pesquisadores usaram dados geoquímicos e geofísicos para reconstruir a evolução do que é hoje a Costa Rica e o Panamá, lugar que foi gerado quando duas placas oceânicas colidiram e derreteram a crosta oceânica rica em ferro e magnésio nos últimos 70 milhões de anos, afirma Gazel.
A fusão da crosta oceânica originalmente produziu o que hoje são as Ilhas Galápagos, reproduzindo as condições encontradas no Arqueano para fornecer o “ingrediente que faltava” na geração de crosta continental.

Parte desconhecida da evolução do planeta

Os pesquisadores descobriram que a assinatura geoquímica de lavas de erupções alcançaram esta composição parecida com uma crosta continental cerca de 10 milhões de anos atrás. Eles testaram o material e observaram ondas sísmicas viajando através da crosta em velocidades mais próximas às observadas na crosta continental em todo o mundo.
As Ilhas Aleutas ocidentais e o segmento de Iwo Jima das ilhas Izu-Bonin são outros exemplos de crosta continental juvenil que se formou recentemente. O estudo levanta questões sobre o impacto global que a crosta continental mais recente tem gerado ao longo dos tempos, e o papel que isso desempenhou na evolução não só dos continentes, mas da vida em si.
Por exemplo, a formação da ponte de terra da América Central resultou no fechamento do canal de água, que mudou a forma como o oceano circulou, separando espécies marinhas, além de causar um forte impacto sobre o clima do planeta. “Nós revelamos uma grande parte desconhecida na evolução do nosso planeta”, aponta Gazel. [Hypescience]

Confira o artigo original no Portal Metrópole: http://www.portalmetropole.com/2015/05/tudo-o-que-sabiamos-sobre-formacao-dos.html#ixzz3aWxC3iVT




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