TCU barra Medicina

TCU barra Medicina

TCU barra criação de 2,4 mil vagas de Medicina incluindo curso da URI

Tribunal vê possíveis irregularidades; Ministério da Educação diz ter usado critério para evitar ‘maquiagem'

Por: Da Redação          

urierechim

O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu a abertura de 2.460 vagas de Medicina em universidades particulares por possíveis irregularidades na licitação da Secretaria de Regulação da Educação Superior do Ministério da Educação (Seres/MEC). O edital prevê a criação de vagas em 39 municípios de 11 estados, conforme o procedimento adotado pelo MEC desde 2013 com o Programa Mais Médicos.

A Universidade Regional Integrada (URI – campus de Erechim) está entre as universidades que deveriam ser contempladas com vagas para o curso de medicina e ainda aguarda o desfecho da situação anunciada nesta segunda.

A ministra Ana Arraes acatou representação da União Educação e Cultura (Unece), que concorria à abertura de 55 vagas em Eunápolis, na Bahia. A medida suspende os atos decorrentes do edital em exame até que o TCU decida a respeito da eventual anulação definitiva dos procedimentos. Previsto para junho, o resultado final do edital ainda não foi confirmado.

De acordo com a Unece, “a instituição foi afastada da licitação por motivos que ainda não foram esclarecidos” e, segundo o TCU, “argumentou existir uma série de critérios inadequados, aplicados conforme a aludida metodologia, que teriam levado à inabilitação”. O certame foi alvo de outras duas representações no tribunal.

De acordo com a instituição, o MEC modificou datas previstas no edital inicial em uma nota técnica que não foi publicada em Diário Oficial. Além disso, o órgão federal só esclareceu critérios de seleção quando divulgou o resultado preliminar da licitação, ou seja, depois que as universidades participantes já haviam entregado a documentação para participar do certame.

O critério “capacidade econômico-financeira”, questionado pela Unece, tem por base metodologia concebida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV Projetos). A instituição estabeleceu notas de 1 a 10 para avaliar as concorrentes e definiu que pontuações abaixo de 6 não tinham condições de abrir cursos de Medicina. O critério, no entanto, não consta da licitação.

Maquiagem. O MEC alegou que, se houvesse divulgação prévia, haveria risco de os interessados “maquiarem” as informações. Em nota, informou ainda que “já adotou todos os procedimentos cabíveis para a revisão da medida cautelar determinada pelo TCU”. A pasta disse também que já prestou informações à ministra Ana Arraes.

 

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