O novo Ensino Médio é resultado de alterações feitas na LDB e outras legislações, como as que tratam do Fundeb e CLT. Ao todo, são em torno de setenta mudanças, entre inclusões e supressões de artigos e outros dispositivos do texto.

Os autores da medida — Lei Nº 13.415/2017 — são o ex-presidente golpista Michel Temer e seu ministro da Educação à época, Mendonça Filho. 

Como as mudanças foram para pior, não falam nada a respeito de melhoria salarial para os professores e demais profissionais da Educação. Muito pelo contrário.

Na prática, tal como se começou a ver agora em todo o Brasil, novo Ensino Médio traz sérios prejuízos aos alunos e docentes. A começar porque deixou como disciplinas obrigatórias nos três turnos apenas Português e Matemática. As demais é para serem diluídas em novas e mini matérias bem aberrantes, conforme se confere AQUI.

Além de prejudicar os alunos, a exclusão de disciplinas tradicionais faz com que se aumente o trabalho dos professores, que terão de planejar e ministrar aulas para essas novas micro matérias, sob pena de não conseguirem fechar suas cargas horárias.

Mudanças em legislações para criar o novo Ensino Médio criam também a figura do famoso professor por "notório saber", figura que não precisa ter licenciatura ou graduação na área própria para assumir a sala de aula. Isto permite, por exemplo, que um jornalista dê aulas de Geografia ou História.

É preciso, pois, fazer um esforço nacional para revogar essa medida. Neste sentido, movimentos já se articulam em todo o País, como o que já conta com mais de 300 entidades contrárias a esse novo Ensino Médio.

https://www.deverdeclasse.org/l/mudancas-do-novo-ensino-medio/#gsc.tab=0