Afastamento de servidores durante liminar
Secretaria da Educação orienta coordenadoria sobre afastamento de servidores de escolas durante liminar que adia volta às aulas
CPERS obteve liminar alegando “cenário preocupante” e ausência de estrutura necessária às escolas diante da temperatura que pode ultrapassar os 40°C nesta semana
Correio do Povo
Aviso sobre adiamento no portão do Colégio Júlio de Castilhos
| Foto: Mauro Schaefer
Enquanto vigorar a liminar que adia o início do ano letivo na rede estadual, professores e demais servidores também devem ser dispensados de suas atividades escolares. A confirmação de que a determinação da Justiça será cumprida integralmente foi dada pela Secretaria da Educação do RS (Seduc) após relatos de que trabalhadores teriam sido convocados por suas direções para que mantivessem atividades normais.
Conforme esclarece a Seduc, a equipe da 1ª Coordenadoria Regional de Educação (1ª CRE), responsável pelas escolas de Porto Alegre, foi orientada pela pasta de que a liminar contempla todos os servidores e profissionais das escolas. Esta, por sua vez, alinhou a liberação com as direções, corrigindo eventuais falhas na comunicação.
Diante da onda de calor extremo que atinge o Estado, a Justiça gaúcha atendeu ao pedido do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS/Sindicato) e determinou o adiamento do início do ano letivo em uma semana (17 de fevereiro). Inicialmente, o retorno estava programado para a segunda-feira, 10.
Ao receber relatos de servidores de escolas da Capital de que as atividades presenciais estaria mantida para equipes de direção, professores e de apoio, a entidade sindical reforçou em suas redes sociais na internet que seguirá cobrando o cumprimento da liminar.
“Continuaremos vigilantes para que nenhuma professora(r), funcionária(o) ou aluna(o) seja submetida(o) a condições precárias que coloquem sua saúde e segurança em risco. A mobilização segue firme, porque a educação se faz com respeito, estrutura e dignidade!”
Por sua vez, a Secretaria da Educação do Estado busca reverter a decisão do Judiciário. Ainda no domingo, 9 de fevereiro, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE-RS) recorreu da decisão liminar. A alegação é que “mais de 40% dos estudantes encontram-se em situação de vulnerabilidade social, sendo a escola espaço de acolhimento e segurança.”
Medidas tomadas frente à onda de calor
Atenta à onda de calor, a Secretaria da Educação (Seduc) acompanhou todos os alertas e orientações da Defesa Civil e, por meio das coordenadorias regionais de educação, monitora as condições de atendimento nas escolas, tendo como prioridade a segurança dos alunos e profissionais da educação. Casos pontuais de infraestrutura nas escolas são de conhecimento da pasta e tratados um a um, com a devida importância que o tema impõe.
Nesse sentido, na sexta-feira, 7, Seduc repassou às coordenadorias regionais orientação para adoção de medidas preventivas e avaliação das condições de fornecimento de energia elétrica e água potável nas escolas. A secretaria orientou, também, para ampliação da hidratação, fornecimento de alimentação leve na merenda escolar e suspensão de aulas de educação física.
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