Agressão em escola de Gravataí

CPERS é impedido de acompanhar reunião sobre caso de agressão em escola de Gravataí
Na tarde da última quinta-feira (25), a direção da EEEF Salvador Canellas Sobrinho, em Gravataí, acionou o 22º Núcleo do CPERS em busca de apoio institucional e jurídico, após uma professora do 3º ano do Ensino Fundamental ser agredida por um aluno de apenas 8 anos.
Representantes regionais e estaduais do Sindicato estiveram na escola, ouviram os relatos e orientaram a equipe diretiva sobre os encaminhamentos legais, recomendando o registro formal das providências junto ao Ministério Público.
Apesar de já ter recorrido ao Conselho Tutelar — que determinou o retorno do aluno à escola alegando o direito da criança à educação — a direção relatou falta de suporte adequado por parte dos órgãos competentes, como o próprio Conselho, o SUS e a família do estudante.
Contudo, um episódio alarmante marcou o andamento do caso: a 28ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), ao ser chamada pela comunidade escolar e agendar uma reunião com a instituição, impediu a participação do CPERS no encontro — mesmo com o pedido expresso da direção da Salvador Canellas e do próprio Sindicato. A entidade foi orientada a agendar uma nova audiência com a Coordenadoria, sendo excluída do processo de diálogo no momento em que sua atuação se fazia essencial.
“Para nossa surpresa e decepção, a 28ª Coordenadoria não permitiu que o CPERS acompanhasse a reunião realizada com a escola, mesmo que, por interesse e necessidade, o Sindicato desejasse estar presente para oferecer o que lhe cabe: assistência, sugestão e reivindicação”, ressalta o 1º vice-presidente, Alex Saratt. De acordo com o dirigente, o CPERS seguirá acompanhando essas e outras situações que coloquem em risco a integridade física, moral e psicológica das(os) educadoras(es).
O Sindicato reforça que seu trabalho é garantir o acolhimento, a segurança e os direitos das(os) profissionais da educação, que se encontram desamparadas(os) diante de situações de violência escolar.
O CPERS repudia esse impedimento, considerado um grave obstáculo à mediação de conflitos e à defesa de professoras(es) e funcionárias(os). A tentativa de silenciar a voz sindical e barrar sua presença em espaços de construção coletiva fere o direito à representação e à proteção da categoria.
Seguiremos acompanhando o caso de perto, firme na missão de assegurar escolas públicas seguras e livres de todo e qualquer tipo de violência, e reiteramos nossa disposição em atuar sempre que a comunidade escolar solicitar apoio!
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