Analfabetismo de pessoas com deficiência

Analfabetismo de pessoas com deficiência

Analfabetismo de pessoas com deficiência é quatro vezes maior no Brasil

Censo de 2022 indica que País tinha 14,4 milhões de pessoas com deficiência

23 de maio de 2025
Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília
Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

 

Da Agência Brasil

 

A taxa de analfabetismo de pessoas com deficiência no País chegava a 21,3% em 2022, para as pessoas com 15 anos ou mais, segundo dados do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é quatro vezes maior do que o observado entre a população de 15 anos ou mais sem deficiência (5,2%).

Segundo o IBGE, 2,9 milhões de um total de 13,6 milhões de pessoas com deficiência no País, com 15 anos ou mais, não sabiam ler nem escrever.

Para o Censo 2022, pessoas com deficiência são aquelas que têm impossibilidade ou grande dificuldade para enxergar, ouvir, andar e pegar objetos pequenos. Também entram na estatística aqueles nessa faixa etária que, por alguma limitação nas funções mentais, não conseguem ou têm muita dificuldade para se comunicar, realizar cuidados pessoais, trabalhar e estudar, entre outras atividades.

A disparidade entre aqueles com deficiência e os sem deficiência também se reflete na escolarização. Segundo o IBGE, 63,1% das pessoas com 25 anos ou mais com deficiência não tinham instrução ou nem sequer haviam completado o ensino fundamental. Isso é quase o dobro do percentual (32,3%) de pessoas sem deficiência nessa situação.

Em 2022, apenas 7,4% das pessoas com deficiência, nessa mesma faixa etária, haviam concluído o ensino superior; 17,8%, o ensino médio; e 11,8% o ensino fundamental. Os percentuais para pessoas sem deficiência são superiores em todos os níveis: ensino superior completo (19,5%), médio completo (33,9%) e fundamental completo (14,3%).

O Censo também analisou a escolarização de pessoas diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA). A proporção de pessoas com autismo, com 25 anos ou mais, sem instrução ou com ensino fundamental incompleto chega a 46,1%, acima da taxa de 35,2% da população total.

“A maior parte das pessoas com 25 anos ou mais de idade com TEA estão no grupo sem instrução com ensino fundamental incompleto, é quase a metade. E é [um percentual] bem maior do que na população total”, afirma o pesquisador do IBGE Raphael Fernandes.

Aqueles com superior completo, com autismo, com 25 anos ou mais, são 15,7%, ante os 18,4% da população geral. Os percentuais de pessoas com autismo, nessa faixa etária, que concluíram o ensino médio (25,4%) e o fundamental (12,9%), também são inferiores àqueles registrados pela população geral (32,3% e 14%, respectivamente).

Dados do Censo mostram que o Brasil tinha 14,4 milhões de pessoas com deficiência em 2022, ou seja, 7,3% da população do País com 2 anos ou mais de idade, no ano da pesquisa. O dado inclui pessoas, com 2 anos ou mais, que têm impossibilidade ou grande dificuldade para enxergar, ouvir, andar e pegar objetos pequenos. Também entram na estatística aqueles nessa faixa etária que, por alguma limitação nas funções mentais, não conseguem ou têm muita dificuldade para se comunicar, realizar cuidados pessoais, trabalhar e estudar, entre outras atividades.

FONTE:

https://sul21.com.br/noticias/educacao/2025/05/analfabetismo-de-pessoas-com-deficiencia-e-quatro-vezes-maior-no-brasil/ 




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