Aumento para professores é possível
"Aumento para professores é possível e necessário", diz vice-governador eleito Gabriel Souza
Político participou nesta quarta-feira do programa "Timeline", da Rádio Gaúcha
28/12/2022 KELLY MATOS
O vice-governador eleito, Gabriel Souza (MDB), afirmou nesta quinta-feira (28) que a educação será o tema prioritário dos próximos quatro anos de governo Leite. Ele acrescentou três eixos que considera fundamental para qualificar a área: investimento em infraestrutura, que abrange desde reparos básicos a obras maiores em escolas gaúchas; combate à evasão escolar; e ainda uma atualização da prática pedagógica, tornando o ensino mais moderno e atrativo, em especial aos jovens.
Sobre aumento salarial para professores, o vice-governador eleito afirmou que é "possível" e "necessário". Mas sublinhou que isso não pode ser feito de forma a desorganizar as contas públicas — ou seja, deve ser mantido o cenário em que o Estado só pode gastar aquilo que arrecadar.
— É possível e é necessário. Temos que ter como premissa as contas em dia, para que não falte dinheiro para pagar as contas, como aconteceu no passado. Então não dá pra gastar mais do que arrecadamos. Mas é importante lembrar que tivemos uma reforma do plano de carreira, que prepara a carreira para poder cumprir o piso nacional do magistério. Hoje, todo professor gaúcho que tem graduação recebe pelo menos 10% a mais do que o piso nacional do magistério. Não é o ideal, está longe de ser o que queremos, mas estamos avançando. Então, no ano que vem teremos o reajuste do piso nacional do magistério e vamos ter que calcular o impacto para a folha — afirmou.
Outro ponto lembrado pelo vice-governador eleito para a discussão sobre aumento salarial para os professores é quanto à paridade dos reajustes para educadores que estão na ativa e aposentados. Na prática, o que Gabriel Souza explica é que o cálculo tem que ser "vezes 3". Isso porque para cada professor na ativa, o Rio Grande do Sul tem dois que estão inativos. Daí a multiplicação por três.
— Toda vez que o Estado der um real para o (professor) ativo, o impacto é "vezes três". Ou seja, não é somente o impacto para aqueles que estão trabalhando, porque o aumento também deverá ser dado para os professores aposentados, que cumpriram sua missão. Isso está estabelecido por força de lei. Então é um custo com impacto para a folha — completou.