Calote nas funcionários terceirizados

De calote em calote, Leite nega direitos e dignidade aos funcionários terceirizados
O CPERS expressa sua profunda solidariedade às merendeiras terceirizadas da rede estadual, que estão enfrentando uma situação inaceitável: desde março, trabalham sem receber seus salários. São meses de incerteza, angústia e dificuldade para garantir o sustento de suas famílias – uma realidade cruel que atinge mulheres, em sua maioria, que dedicam suas vidas ao cuidado e à alimentação das(os) nossas(os) estudantes.
Esse não é um caso isolado. É a repetição de um problema antigo, agravado pelo governo Eduardo Leite (PSD), que se recusa a enfrentar suas responsabilidades. A crise atual foi precedida por outros episódios semelhantes, que atingiram não apenas as merendeiras, mas também serventes e funcionárias de diferentes funções em escolas da rede. Trata-se de uma prática recorrente e generalizada, que também se manifesta em outros segmentos do serviço público estadual. É de notório conhecimento, inclusive com denúncias de fraudes em exames admissionais, e até hoje nenhuma solução concreta foi apresentada.
O modelo de terceirização precariza relações de trabalho, rompe vínculos com a comunidade escolar, impede a valorização profissional e, como agora, deixa trabalhadoras à deriva, sem nenhum amparo – ao mesmo tempo em que abre caminho para a privatização das escolas por meio das Parcerias Público-Privadas (PPPs).
Eduardo Leite (PSD) tem sido cúmplice e promotor dessa tragédia social. Ao insistir na terceirização de funções essenciais como a merenda escolar, transfere a responsabilidade do Estado para empresas privadas com históricos recorrentes de calotes, atrasos e desrespeito.
O CPERS vem denunciando essa lógica há décadas. Uma lógica que desvaloriza, explora e descarta trabalhadoras essenciais. Seguimos firmes na defesa de um serviço público de qualidade, com servidoras e servidores concursadas(os), com direitos assegurados e pertencimento às suas comunidades escolares.
Exigimos o fim da terceirização e a realização de concurso público. Não aceitaremos a renovação de contratos com empresas que exploram trabalhadoras e abandonam as escolas. A responsabilidade é do Estado – e quem governa precisa assumir isso com coragem, e não se esconder atrás de contratos privados.
Neste momento de sofrimento e injustiça, o CPERS se coloca, mais uma vez, ao lado das(os) trabalhadoras(es) da educação. A luta delas é a nossa luta: por dignidade, respeito e por uma educação pública que não terceiriza o cuidado, nem abandona quem cuida!
FONTE: