Caravana CPERS visita a escolas
CPERS inicia Caravana Estadual com visitas a escolas das regiões de Caxias do Sul, Camaquã e Cachoeira do Sul
O CPERS deu início nesta terça-feira (11) à Caravana Estadual que percorrerá diversas regiões do Rio Grande do Sul ao longo das próximas semanas. A jornada começou com visitas a escolas de três núcleos do Sindicato: Caxias do Sul (1º Núcleo), Camaquã (42º Núcleo) e Cachoeira do Sul (4º Núcleo). A iniciativa tem como objetivo dialogar com a comunidade escolar, escutar as demandas das educadoras e educadores, expor a difícil realidade vivida nas instituições de ensino e convocar a categoria para a Assembleia Geral marcada para o início abril.
Ao longo do dia, representantes da direção central e dos núcleos visitaram dezenas de escolas, onde conversaram diretamente com profissionais da educação, estudantes e equipes diretivas. Os dirigentes também participaram de entrevistas em veículos de comunicação locais, denunciando à sociedade os desmandos do governo do Estado em relação à educação pública.
“Estamos iniciando nossa Caravana com um único propósito: ouvir e dar voz àqueles que sustentam a educação pública. Estamos percorrendo os 42 núcleos do CPERS, e já no primeiro dia de visitas, o que mais ouvimos foi o cansaço da categoria. A sobrecarga de trabalho está insustentável, com muita burocracia imposta pelo governo Eduardo Leite! Seguiremos estrada afora até a nossa Assembleia Geral, no dia 11, levando cada reivindicação, cada indignação, cada luta”, destacou a presidente do CPERS, Rosane Zan, que acompanhou o roteiro de visitas na região de Caxias do Sul.
Alex Saratt, 1° vice-presidente do CPERS, expõe algumas preocupações da categoria, identificadas durante as visitas na região de Cachoeira do Sul: “A receptividade e a preocupação foram equivalentes nas escolas que visitamos. É cada vez mais difícil se manter trabalhando nas condições em que as escolas se encontram, especialmente em situações como essa que vivenciamos do evento climático extremo, da onda de calor. Há também uma inconformidade e uma indignação muito grande dos nossos colegas funcionários de escola, que se sentem enganados pelo governo com os descontos da penosidade”.
Para o 2° vice-presidente do Sindicato, Edson Garcia, que também esteve no roteiro de Caxias, o balanço do primeiro dia de Caravana é extremamente positivo. “Visitamos diversas escolas e ouvimos de perto a realidade da categoria. Infelizmente, nos deparamos com graves problemas: falta de professores e funcionários, abandono de obras por empresas, infraestrutura precária e recursos retidos pelo governo, que há anos deveriam ter sido investidos na educação. Mas seguimos firmes, com uma categoria viva, aguerrida e comprometida com a luta”.
Caxias do Sul recebe primeira etapa das visitas
Em Caxias do Sul, integrantes da direção central – Rosane Zan (presidente), Edson Garcia (2° vice-presidente), Juçara Borges e Leonardo Preto (diretores) – acompanharam a equipe do 1º Núcleo, composta pelo diretor-geral David Orsi Carnizella, o tesoureiro Higor de Campos e as diretoras Laurinha Schmitt de Oliveira, Solange Carvalho, Ana Luísa Ennes e Eva Vargas da Rocha. Eles passaram por 12 escolas da cidade: Emílio Meyer, Melvin Jones, Venzon Eberle, Apolinário, Evaristo de Antoni, Pena de Moraes, Irmão Guerini, Assis Mariani, Hercília Petry, Victoria Weber, Ismael Chaves Barcelos e Galópolis.
Durante as visitas, os dirigentes ouviram relatos preocupantes sobre a precarização das condições de trabalho, a defasagem salarial da categoria e as dificuldades enfrentadas por estudantes em um ambiente escolar que carece de infraestrutura adequada.
A realidade encontrada também foi marcada por denúncias de abandono e falta de investimentos. Em entrevista à imprensa local, os dirigentes alertaram para os impactos das políticas de desvalorização das(os) profissionais da educação e chamaram a sociedade a se somar na luta em defesa da escola pública.
Cachoeira do Sul expõe a crise no interior do estado
Na região de Cachoeira do Sul, a equipe de visita foi integrada por Alex Saratt (1° vice-presidente do CPERS), pelos diretores da central Sandra Régio e Guilherme Bourscheid e a direção do 4º Núcleo, formada por Dina Marilú (diretora-geral), Jucemar Gonçalves (vice-diretor), Ivouny Dargelio (secretária) e Diego Tischler (diretor). As escolas Colégio Diva Costa Fachin, Escola Tecnica Nossa Senhora da Conceição, E.E.E.M. Dr. Liberato Salzano Vieira da Cunha, E.E.E.F. Dinah Néri Pereira – Barragem do Capané, E.E.E.F.Francisco Manoel, E.E.E.M.Erico Verissimo, E.E.E.M. Maria Ilha Baisch, E.E.E.M. Presidente Afonso Pena e Escola Média Estadual Jacinto Inácio receberam a Caravana na região.
Os relatos ouvidos nos encontros com a comunidade escolar evidenciaram a sobrecarga de trabalho das educadoras e educadores e a carência de recursos básicos para o funcionamento das escolas.
Mobilização rumo à Assembleia Geral
Durante a Caravana, as(os) dirigentes reforçaram o chamado para a participação na Assembleia Geral do CPERS, agendada para o início de abril. O encontro pretende definir os rumos da mobilização da categoria diante do quadro de desvalorização e sucateamento imposto pelo governo Eduardo Leite (PSDB).
Nesta quarta-feira (12), a Caravana segue com visitas às escolas das regiões de Bento Gonçalves e Santa Cruz do Sul, ampliando o diálogo com a base e fortalecendo a luta em defesa da educação pública de qualidade no Rio Grande do Sul.
>> Confira mais fotos do 1° dia de Caravana CPERS 2025:
Camaquã também pauta o descaso com a educação
Em Camaquã, a direção central esteve representada pelos diretores Andréa Nunes da Rosa, Leandro Wesz Parise, Sandra Silveira e Vera Lessês, que atuaram em conjunto com a diretora do 42º Núcleo, Célia de Moura Rodrigues, e a vice-diretora Maria Norma Dumer. As visitas contemplaram cinco instituições de ensino: EEEM Vereador José Adão de Assis Barbosa (CIEP), IEE Cônego Luiz Walter Hanquet, EEEF Francisco Luiz, EEEF São Bernardino de Sena e CE Sete de Setembro.
A realidade encontrada também foi marcada por denúncias de abandono e falta de investimentos. Em entrevista à imprensa local, os dirigentes alertaram para os impactos das políticas de desvalorização das(os) profissionais da educação e chamaram a sociedade a se somar na luta em defesa da escola pública.
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