Cenário das favelas do Rio

Cenário das favelas do Rio

Exército do RJ Estupra e Mata inocentes. Rouba e humilha trabalhadores

Homens do exército matam inocentes no meio da rua, fazem chacinas a qualquer hora do dia. Fardados, os soldados cometem estuprohumilhaçãorouboinvasão à residência. Drones e helicópteros das forças armadas sobrevoam as casas. As escolas tem marcas de balas. Crianças ‘se urinam’ quando ouvem tiros.

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Será essa a descrição da Palestina?

Não… Esse é o cenário das favelas do Rio de Janeiro relatado pelo – Relatório Parcial – Circuito de Favelas por Direitos realizado pela Defensoria Pública do Estado e organizações da Sociedade Civil.

Desde que o exército ocupou as favelas do Rio de Janeiro, houve aumento de 297% das mortes em áreas ocupadas.

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O Relatório

Os relatório foi realizado por servidores públicos que percorreram até o momento 15 favelas. Aproximadamente 170 pessoas foram envolvidas. E mais de 25 instituições diretamente atuantes ajudaram nas idas aos territórios.

Para garantir a segurança dos moradores, todos tiveram a garantia de não ter o seu nome e rosto divulgados. Isso fez com que as pessoas se encorajassem para contar a sua história.

Segundo os moradores, a vida na favela desde a ocupação parece com um campo de guerra. Eles acordam com drones e helicóptores sobrevoando as suas casas.

Os celulares são roubados durante abordagens policiais. Suas residências são invadidas com frequência.

Mães perdem os filhos que são executados em via pública, sem direito a um julgamento. Trabalhadores são espancadosMeninas são estupradas. E não há qualquer punição para os envolvidos, pois os crimes são cometidos pelo próprio exército e pela polícia.

Estupro

Três meninas foram estupradas por policiais, durante uma ação em uma das favelas do Rio de janeiro. O objetivo era desarticular uma ‘boca de fumo’. Mas não foi isso o que aconteceu, como relata um dos moradores.

“Eles entraram numa casa que era ocupada pelo tráfico. Lá tinha dois garotos e três meninas. As meninas eram namoradas de traficantes. Era pra ser todo mundo preso, mas o que aconteceu é que os policiais ficaram horas na casa. Estupraram as três meninas e espancaram os garotos. Isso não pode estar certo.”

Outros relatos de assédio foram coletados, como revistas em mulheres por policiais homens. Nessas ocasiões, policiais passam a mão de forma indevida nos órgãos sexuais das meninas.

Há ainda diversos tipos de xingamentos a qualquer adolescente das favelas como:’vadia’ e ‘lanchinho de bandido’

Homicídios

São muitos os relatos de homicídios nas favelas cometidos pelo exército. Entre eles, um dos mais impactantes é a história de um menino que cometeu o erro de orgarnizar um churrasco para comemorar o aniversário de 18 anos.

No meio da festa, a policia começou uma operação. Todos correram. O aniversariante entrou em um pátio para se esconder. Foi visto e capturado pela polícia, que o executou sem perguntar nadaO garoto nunca teve nenhum tipo de envolvimento com o tráfico e nenhuma passagem pela polícia. Acompanhe o relato desse caso:

“O menino aqui da rua fez 18 anos e decidiu fazer um churrasco na quadra para comemorar, durante a festa começou uma operação e todos correram para se abrigar. Esse menino pulou na casa da vizinha para se abrigar, os policiais viram e invadiram a casa atrás dele, chegando lá eles executaram o menino sem nem querer saber. Ele era inocente, nunca se envolveu com nada!”

Outra revolta da comunidade é em relação as chacinas que ocorrem a qualquer hora em via pública. Não há mais o direito a um julgamento nas favelas. A polícia simplesmente atira para matar.

“Eles matam e levam o corpo pra longe. Da última vez que vieram aqui mataram 3 e jogaram na viatura. Um deles ainda estava agonizando. Não deixam ninguém ajudar. Aí com os corpos na viatura pararam na esquina pra comer pastel. Todo mundo vendo os corpos“, depoimento de um morador.

Roubos e invasões

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Desde o início das ocupações, o exército invade as casas e os comércios, sem qualquer mandado. Eles reviram as roupas, quebram os móveis. Roubam eletrodomésticos. Jantam nas casas sem serem convidados. Levam a comida da despensa.

Nos comércios não é diferente, o exército entra leva as mercadorias sem pagar nada. Apavora as pessoas, principalmente os idosos e as crianças. Os meninos apanham no rosto. As meninas são chamadas de vadias.

“O exército entrou aqui no bar e roubou o Xbox do meu filho, comeu nossa mercadoria, levou a bebida, foi mais de 4 mil de prejuízo. A gente trabalha pra ter esse pouco e eles fazem isso.”, relato de um morador.

Além disso, a polícia também invade algumas casas e faz delas um verdadeiro ‘quartel’. Os  moradores são obrigados a  arrumar outro lugar para morar.

Sobram armas na favela, mas falta educação

Muitos tiroteios acontecem na hora em que as crianças entram e saem das aulas. A polícia invade as escolas atirando, o que causa pavor nos estudantes.

“Eles entraram dentro da escola e ficaram daqui trocando tiro com bandidos. As crianças ficaram todas deitadas no chão, duas delas se urinaram. Pode olhar as marcas de tiro. A escola tá toda alvejada”, depoimento de um morador.

Em meio a tanta violência, a comunidade sente falta de outros serviços básicos que deveriam ser uma garantia do Estado, conforme comprova esse depoimento:

“Aqui falta tudo, falta luz, falta água, falta professor e médico; só não falta polícia”.

Fonte

Leia o relatório completo aqui:

file:///C:/Users/gqwe9v/Downloads/Circuito_Favelas_por_Direitos_relatorio_parcial.pdf 

Lark Lapato




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