Concursados são minoria na educação

Concursados são minoria na educação estadual brasileira e somam apenas 49%
O Caderno de Negociação do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos e Estatística (DIEESE), lançado neste maio de 2025, traz números preocupantes que retratam a realidade da rede estadual no Brasil. Segundo dados apurados pelo DIEESE, disponibilizados através do Censo Escolar da Educação Básica 2024, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), as(os) concursadas(os) na rede estadual brasileira somam apenas 49% do total de docentes.
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O cenário tem se agravado no país nos últimos anos. Em 2014, o total de nomeadas(os) na educação estadual era de 67%, e, consecutivamente, ano após ano, esse número vem sofrendo queda, salvos poucos períodos em que se manteve estável ou com leve – e quase insignificante – alta.
Essa queda de 67% para 49% de concursadas(os) é um reflexo de um projeto dominado por governos estaduais neoliberais, que compartilham o mesmo ideal entreguista de educação. Aqui no Rio Grande do Sul, este projeto é tocado com paixão por Eduardo Leite (PSD) e sua Secretária de Educação, Raquel Teixeira.
Não é à toa que o Rio Grande do Sul pesa firme para o lado dos contratos nessa gangorra. No estado, são 60,9% de contratadas(os), colocando o estado em 8º lugar dentre os que menos nomeiam educadoras(es).
Obviamente, essa lista é encabeçada por governos estaduais de direita. A frente do RS, estão estados como Acre (PP), Santa Catarina (PL), Mato Grosso (União), Mato Grosso do Sul (PSDB) e Distrito Federal (MDB). Somente Ceará (PT) e Espírito Santo (PSB) não são atualmente governados por partidos neoliberais, apesar de terem sofrido recentemente com governadores desse espectro político.
O DIEESE traz mais dois dados interessantes de serem analisados em seu informativo. Segundo o texto, entre 2014 e 2024 o número de docentes concursadas(os) foi reduzido em 167 mil, ao passo que o número de contratadas(os) subiu em 90 mil.
Governos neoliberais, com predileção pela privatização e pelo desmonte do estado, estão mudando a cara da educação pública no Brasil. Frente a esse projeto acintoso, precisamos resgatar o valor do concurso público.
A retomada dos concursos é uma pauta sempre presente para o CPERS Sindicato e reforçada em cada ato, cada assembleia, cada plenária e encontro com a categoria. Números como os constatados pelo DIEESE reforçam a necessidade de uma resistência urgente, para que assim possamos frear o avanço desse projeto.
Por mais concurso público e pelo fim da contratação como única forma de acesso para educadoras(es) nas escolas! O contrato não pode ser solução!
FONTE:
https://cpers.com.br/concursadasos-sao-minoria-na-educacao-estadual-brasileira-e-somam-apenas-49/?fbclid=
IwY2xjawKZ5stleHRuA2FlbQIxMQBicmlkETE3UmVkR1VoQ3d0aVI3ZkdGAR5VEr5qn4vZI6qNe5dnTKH5ao14CH7DNORSehFr-NC13jAdeTH6YHWA3ioyMA_aem_amx_oZa8KwQqiiIjjjlnNQ