Em nota, publicada no sábado, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) destacou que o Ministério da Educação (MEC) teve uma redução de 14,5% do orçamento discricionário destinado às instituições de ensino federal.

“Inadmissível, incompreensível e injustificável, o corte orçamentário de mais de R$ 1 bilhão”, assinala a Andifes, que elenca impactos da medida. A entidade argumenta que “a justificativa dada – necessidade de reajustar os salários do funcionalismo público federal em 5% – não tem fundamento no próprio orçamento público”, alegando que a defasagem é bem maior, e que a recomposição não depende de mais cortes em educação, ciência e tecnologia. Ainda lembra que o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações sofreu corte de cerca de R$ 3 bilhões. E, ao finalizar, a nota conclama todos à mobilização pela recomposição dos orçamentos das universidades federais e da ciência brasileira; e afirma apoiar todas as manifestações que fortaleçam essa defesa.

Dentre os impactos elencados pela Endifes estão: a redução contínua e sistemática, desde 2016, dos valores para custeio e investimento; a desconsideração ao protagonismo e êxito das federais em favor da ciência e sociedade no combate e controle da Covid-19; o orçamento de 2022 já muito aquém do necessário, com valores abaixo aos de 2020; e o impacto nos recursos para funcionamento e ações das instituições, como assistência estudantil.

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