CPERS cobra salário digno

CPERS cobra salário digno

 

CPERS cobra salário digno e valorização para funcionários e aposentados em reunião com Eduardo Leite


Na tarde desta sexta-feira (27), representantes da Direção Estadual do CPERS se reuniram com o governador Eduardo Leite (PSD), no Palácio Piratini, para tratar de pautas urgentes que afetam professoras(es) e funcionárias(os) de escola da rede estadual, tanto da ativa quanto aposentadas(os). 

 

 

Esta foi a primeira reunião da atual gestão do Sindicato com o chefe do Executivo estadual, marcada por falas contundentes que expressaram o drama vivido no chão da escola e cobraram respostas concretas do governo.

 

 

A presidenta do CPERS, Rosane Zan, destacou a representatividade da Direção, agora composta por 21 membros eleitos(as) democraticamente, e reforçou a legitimidade da pauta levada ao governador: “Representamos 80 mil sócios, entre professores e funcionários, da ativa e aposentados, e viemos cobrar soluções para uma defasagem salarial que se arrasta desde 2014. O poder de compra da categoria despencou, nossos aposentados acumulam perdas severas, muitos voltaram a contribuir com a previdência e milhares de funcionários ficaram fora da reestruturação. Precisamos de investimentos na carreira, senão a nossa profissão deixará de existir”.

 

 

Rosane também alertou para os impactos do descaso: “Temos colegas adoecendo e até casos de suicídio. A revisão salarial é urgentíssima. A revisão de 12,14% que reivindicamos junto da Frente dos Servidores Públicos está dentro do limite fiscal do Estado. Não estamos pedindo um favor, mas o reconhecimento de quem sustenta a educação pública do Rio Grande do Sul.”

Apesar do cenário fiscal restritivo, o governador Leite (PSD) reconheceu a legitimidade das demandas apresentadas e anunciou que o decreto que autoriza as promoções das(os) professoras(es) já está no Gabinete de Assessoramento Especial (GAE), com previsão de publicação para os próximos dias e posterior análise e verificação dos dados. A conclusão do processo está prevista para setembro, com pagamento das promoções, possivelmente, na folha de novembro ou dezembro, sem retroatividade. Segundo ele, mais de 80% das(os) educadoras(es) ativas terão direito à promoção.

Outro tema abordado foi a nomeação das(os) aprovadas(os) no concurso público de 2023. O Sindicato cobrou a nomeação de mais de 327 aprovados que aguardam publicação em Diário Oficial. O governador confirmou que a pendência será resolvida. 

A valorização das(os) aposentadas(os) foi tratada com ênfase pelas(os) representantes sindicais, assim como a precarização do trabalho. O 1° vice-presidente do CPERS, Alex Saratt, reforçou que estes pontos estão diretamente ligados ao adoecimento da categoria e que o cenário inflacionário exige urgência na recomposição salarial: “O piso virou o salário mínimo da educação. Precisamos corrigir distorções que se agravaram ainda mais com a tragédia climática que enfrentamos”.

Durante a reunião, o governador também afirmou que a terceirização das(os) funcionárias(os) da merenda não deu certo e que pretende encerrar esse modelo. O CPERS cobrou a realização de concurso público para funcionárias(os) de escola, demanda que, segundo Leite (PSD), será analisada pelo governo. Ainda sobre a situação das(os) trabalhadoras(es) excluídas(os) da reestruturação de carreira, foi agendada uma nova reunião com a secretária de Planejamento, Danielle Calazans, para o próximo mês.

 

 

Ao final do encontro, Eduardo Leite (PSD) reiterou que a atuação do Sindicato é legítima e essencial: “Se vocês não demandam, não levam. A pressão sobre o governo é importante para que, mesmo em cenário de escassez, seus pedidos sejam considerados.”

Também participaram da reunião a secretária-geral do Sindicato, Suzana Lauermann, a diretora Vera Maria Lessês e o diretor Guilherme Bourscheid, além do secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, a secretária da Educação, Raquel Teixeira, a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Danielle Calazans, e a Secretária de Obras Públicas, Izabel Matte.

Apesar da ausência de respostas definitivas sobre o reajuste salarial para toda a categoria — professoras(es), funcionárias(os) e especialistas, da ativa e aposentadas(os) —, o CPERS reafirma seu compromisso de seguir pressionando o governo Leite (PSD) e sua base aliada em todas as frentes para garantir valorização, justiça e condições dignas de trabalho e aposentadoria para a categoria. A luta continua!

FONTE:

https://cpers.com.br/cpers-cobra-salario-digno-e-valorizacao-para-funcionarios-e-aposentados-em-reuniao-com-eduardo-leite/ 




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