CPERS cobra valorização salarial e respeito

CPERS cobra valorização salarial e respeito à categoria em reunião com governo Leite
Na primeira reunião do ano entre a direção estadual do CPERS e o alto escalão do governo Eduardo Leite (PSDB), realizada na manhã desta quinta-feira (6), a entidade reforçou a exigência de valorização salarial para toda a categoria, professoras(es), funcionárias(os) e especialistas, da ativa e aposentadas(os) e respeito à profissão de educador. O encontro contou com a participação do secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos.
A presidente do CPERS, Rosane Zan, abriu a reunião destacando a necessidade de avanços concretos. “Esse foi o primeiro encontro dessa nova gestão do CPERS com o governo Eduardo Leite. Apresentamos diversos pontos de interesse da categoria, mas o principal foi a urgente valorização salarial. Exigimos a extensão do pagamento do Piso, estabelecido em 6,27% pelo governo federal, também para os professores aposentados e todos os funcionários de escola. Entregamos um estudo do DIEESE que comprova que existe dinheiro, sim, até pelo próprio Fundeb, para que essa demanda seja contemplada. O governo não sinalizou com uma afirmativa, mas a nossa pressão será essencial para que possamos atingir esse objetivo”, afirmou.
Na última terça-feira (4), o governo anunciou que o reajuste de 6,27% incidirá somente no subsídio sem contabilizar a parcela autônoma ou quaisquer outras parcelas remuneratórias e também não se aplica às(aos) aposentadas(os) sem paridade. O mais grave, a parcela de irredutibilidade, será, novamente, absorvida no aumento, o que significa que cerca de 27 mil educadoras(es), essencialmente aposentadas(os), serão, mais uma vez, prejudicadas(os). Portanto, a discussão desta quinta (6) ocorre em um momento crítico para as(os) profissionais da educação, com a previsão de votação do projeto de lei do piso no Rio Grande do Sul prevista para o dia 18 de fevereiro.
Na ocasião, o Sindicato também cobrou a criação de uma mesa de negociação mais efetiva e permanente, garantindo que as reivindicações sejam tratadas com seriedade e continuidade.
>> Entre os temas abordados na reunião, destacam-se:
– Atraso no pagamento do adicional de penosidade: o governo afirmou estar se empenhando para que o benefício seja pago em folha suplementar e prometeu avisar a entidade quando houver confirmação;
– O Sindicato também ressaltou a importância da revisão geral dos salários, garantindo que todas(os) as(os) educadoras(es) sejam devidamente valorizadas(os). Sobre as(os) cerca de 4 mil funcionárias(os) que ficaram de fora do reenquadramento, o governo indicou que solicitará uma reunião com Danielle Calazans, secretária de Planejamento, Governança e Gestão, para tratar do assunto;
– Concurso público para a educação: segundo o governo, o edital deve ser publicado em breve. O CPERS cobrou que as vagas contemplem mais disciplinas e também as(os) funcionárias(os) de escola;
– Demora do DMEST na validação de laudos para a indenização da licença-prêmio: a gestão do governo se comprometeu a verificar a situação e dar um retorno;
– Adiamento do retorno das aulas devido à crise climática e onda de calor: diante das condições climáticas adversas, o CPERS exigiu que o início do ano letivo seja postergado para 17 de fevereiro. Artur Lemos informou que as escolas têm autonomia para readequar seus calendários, caso a estrutura não comporte as altas temperaturas, seja por falta de ar-condicionado ou falhas no fornecimento de energia. O CPERS solicitou uma orientação geral para todas as unidades escolares sobre o tema.
– O Sindicato também cobrou providências sobre os erros que apareceram no pagamento do abono do PIS/PASEP;
– Os representantes do CPERS exigiram ainda ações concretas do governo Leite (PSDB) quanto ao IPE Saúde, cuja reforma está sendo descontada nos contracheques, mas que não atende a cobertura e atendimentos, conforme promessa governamental.
A reunião, embora tenha trazido algumas promessas por parte do governo, não apresentou respostas definitivas para as demandas da categoria. O CPERS reforçou que seguirá pressionando o governo Eduardo Leite (PSDB) para garantir condições dignas de trabalho e valorização para todas(os) as(os) profissionais da educação. Valorizar a educação é respeitar quem ensina!
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