CPERS em Brasília

CPERS em Brasília: educadores marcham por valorização dos servidores e pelo fim do confisco das aposentadorias
Nesta terça-feira (29), foi realizada a 2ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora, em Brasília. Organizada pelas centrais sindicais: CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, Publica e Intersindical Central sob o tema “Valorização para quem faz o estado”, a manifestação reuniu milhares de trabalhadoras(es) na capital federal.
Dividida em dois momentos, primeiro com uma plenária unificada, depois com uma caminhada, o evento alinhou seu foco nas pautas de interesse das(os) servidoras(es) públicas(os) das três esferas — municipais, estaduais e federais.
>>>Entre as principais reivindicações, estão:
– O fim do confisco nas aposentadorias, pauta que está em votação no Supremo Tribunal Federal (STF);
– A defesa de um regime jurídico único, prevenindo as flexibilizações no serviço público;
– Direito a negociação coletiva, assegurado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), mas que não procede em diversas categorias no Brasil;
– Combate à precariedade e ao assédio moral no trabalho, pauta muito pertinente para as categorias da educação.
Para o 1° vice-presidente do CPERS, Alex Saratt, não somente as pautas destacadas do evento foram contempladas na luta, mas também outras reivindicações como as relacionadas ao Dia do Trabalhador, como a redução da jornada sem redução de salários, isenção do imposto de renda até R$ 5.000 e a punição aos golpistas que atentaram contra a democracia.
Edson Garcia, 2° vice-presidente do CPERS, também destacou o papel enriquecedor dessa vivência. Para ele, “a Marcha foi um momento de fortalecimento e consciência da luta unificada dos trabalhadores das três esferas (do poder público)”. Para ele, foi um evento de grande participação com alto grau de consciência sobre a luta.
Representando o CPERS, também estiveram presentes a secretária-geral da entidade, Suzana Lauermann, assim como as diretoras Andréa da Rosa, Juçara Borges, Sandra Santos, Sandra Siliveira e Vera Lessês, e os diretores Elbe Benardinelli e Guilherme Bourscheid.
A plenária, que concentrou as(os) participantes para a marcha, contou com a presença de figuras proeminentes do governo Lula (PT). O Ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), cumprimentou as centrais sindicais pela unidade formada em defesa da classe trabalhadora. Para Marinho (PT), o desafio enfrentado pelo movimento sindical é enorme e é necessário que essa mobilização se reproduza também localmente nos estados e municípios. O Ministro ainda destacou as lutas contra a precarização da mão-de-obra e contra a pejotização como alguns dos principais embates que devem ser travados.
Também presente nesta plenária, o presidente da CUT, Sergio Nobre, alertou sobre a necessidade de uma luta, não só no presente, como também em 2026. Nobre inflamou as categorias que se acumularam para a plenária e declarou que, “a gente sabe que nenhum direito que a classe trabalhadora tem caiu do céu ou foi benesse de alguém. Foi com muita mobilização e com muita luta. E nós estamos aqui para lutar”.
Partindo em caminhada, a massa de trabalhadoras e trabalhadores passou pela Esplanada dos Ministérios, colorindo de diversas cores o Eixo Monumental, via que liga esses prédios administrativos ao Congresso Nacional.
Durante todo o trajeto, educadoras(es) e demais categorias se fizeram ouvir, se manifestaram de uma forma democrática e pacífica, e mostraram que fronteiras não são barreiras, se deslocando de diversas regiões do país para participar do evento.
Esta plenária e a marcha foram mais atividades que somaram neste ano agitado em defesa dos direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores. Em um ano em que o CPERS já protagonizou uma liminar em defesa de investimentos nas escolas, realizou uma caravana que rodou o estado, promoveu uma linda assembleia com milhares de educadoras(es), neste dia, a luta foi estendida através de diversos estados, chegando na capital federal.
Seguiremos ainda mais mobilizadas(os), e a próxima atividade não está longe: é no dia 1° de maio, Dia do Trabalhador, na Casa do Gaúcho, em Porto Alegre. Vamos fazer retumbar o nosso coro e lutar pelo que é nosso!
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