Cpers rejeita o reajuste proposto
Em Assembleia Geral, educadores reafirmam a defesa de 14,95% para toda a categoria e rejeitam o reajuste proposto pelo governo
Com a Casa do Gaúcho lotada, a Assembleia Geral do CPERS, realizada nesta sexta-feira (3), reuniu milhares de educadores(as) para reafirmar a luta em defesa do reajuste de 14,95% para toda a categoria, sem abatimento da parcela de irredutibilidade.
Em votação, os trabalhadores(as) da educação rejeitaram a proposta de 9,45% apresentada pelo governo Eduardo Leite (PSDB).
“A categoria aprovou de forma democrática e soberana a rejeição do índice apresentado pelo governo e reafirmou a defesa dos 14,95% para toda a categoria, incluindo os educadores que perderam a paridade e os funcionários de escola, excluídos na proposta do governador”, endossou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
Além de estar abaixo do índice definido pelo MEC, a proposta do Executivo estadual segue com a política cruel de abatimento do reajuste na parcela de irredutibilidade. Na abertura da Assembleia, Helenir ressaltou que os educadores(as) gaúchos(as) não aceitarão esta manobra cruel do governo. “Não vamos pagar o reajuste do nosso próprio bolso”, frisou.
Além da pauta salarial, professores(as) e funcionários(as) de escola aprovaram a pauta de reivindicações da educação para 2023, em temas que abrangem a carreira, a defesa intransigente do IPE Saúde público e de qualidade aos segurados(as), as condições de trabalho e de estrutura das escolas estaduais e questões pedagógicas como a luta pela revogação do Novo Ensino Médio. Os educadores(as) também aprovaram um calendário de lutas em defesa dos 14,95% para toda a categoria.
>> Clique aqui para conferir a pauta de reivindicações completa e confira abaixo as propostas de mobilização aprovadas:
1.Rejeitar a proposta do governo que está na Assembleia Legislativa e reafirmar os 14,95% de Reajuste para toda a categoria – professores(as), funcionários(as), aposentados(as), com e sem paridade, sem a utilização da parcela de irredutibilidade;
2. Realizar paralisações para pressionar pelo pagamento dos 14,95% para toda a categoria:
>> Calendário de mobilização:
- 07/03 – Ato estadual para pressionar o governo do Estado em defesa dos 14,95% para toda categoria;
- 15/03 – Luta pela revogação do Novo Ensino Médio e valorização dos educadores(as)
- 22/03 – Dia de paralisação e luta da CNTE pelo piso e carreira;
- Realizar paralisações e atos em dias de votações de projetos que afetem a categoria (reajuste do piso, reestruturação do IPE/SAÚDE, etc.);
- Realizar atos em defesa da educação e do IPE/Saúde;
- Organizar plenárias regionais pelos núcleos para debater o projeto de reestruturação do IPE-SAÚDE;
- Participar das atividades alusivas ao Dia Internacional das Mulheres.
- Realizar forte campanha de mídia pela reposição de 14,95% para toda a categoria;
- Elaborar faixas em defesa dos funcionários(as), para serem colocadas em frente às escolas;
- Buscar a unidade com os Sindicatos Municipais na luta pelo Piso Salarial;
- Denunciar a falta de professores(as), funcionários(as) e especialistas no estado do Rio Grande do Sul, denunciando também as demissões, resultado da aplicação do Novo Ensino Médio;
- Retomar as questões dos nomeados(as) e contratados(as) que ainda não receberam a insalubridade, prevista para o final de janeiro, e quando recebem, o valor é totalmente descontado no completivo;
- Realizar a cobrança para chamarem os contratos de professores(as) e funcionários(as) inscritos no banco de espera;
- Realizar Curso Preparatório online para o concurso destinado aos associados(as) do CPERS;
- Definir palavra de ordem: Fim da guerra, construção da paz, respeitando a autodeterminação dos povos;
- Política em defesa dos contratados(as), lutando para não haver exonerações após o concurso;
- Apoio à iniciativa do Prof. Tomaz Wonghon, ex-presidente da CNTE, de criar uma comissão para fazer um levantamento de todos os sócios, que se encontram com necessidade de atendimento especializado, para auxiliar nas suas reivindicações junto ao IPE Saúde;
- Nota de repúdio à municipalização de escolas na cidade de Esteio;
- Repudiar veementemente a postura da 28ª Coordenadoria de Ensino através de nota de repúdio sobre sua postura autoritária e por não atender as demandas dos professores e funcionários;
- Nota de Repúdio às Vinícolas que se utilizam de trabalho escravo em Bento Gonçalves;
- Nota de Repúdio ao vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul, que proferiu falas racistas e xenofóbicas na câmara de vereadores;
- Nota de Repúdio ao governo estadual e sua política de terceirização dos funcionários(as) de escola.
Porto Alegre, 3 de março de 2023.
Assembleia Geral do CPERS/Sindicato.
Marque na agenda: terça-feira (7) tem luta! Participe do Ato Estadual em defesa dos 14,95% para todos(as) os educadores(as), em Porto Alegre. Contate seu núcleo e mobilize!
Campanha REVOGA O NOVO ENSINO MÉDIO marcou Assembleia Geral do CPERS
Foi um sucesso a iniciativa do 39° Núcleo do CPERS-POA de adesivos, cartazes, Abaixo-assinado pela REVOGAÇÃO DO NOVO ENSINO MÉDIO, com a banca na chegada da Assembleia Geral.
Foi acatada a proposta de RESOLUÇÃO que diz que a Assembleia Geral reafirma a posição do CPERS e da CNTE pela REVOGAÇÃO DO NOVO ENSINO MÉDIO porque é um projeto do golpe, do empresariado (como Lemann) que demite professores, acaba com o direito à Universidade aos estudantes da escola pública e não garante trabalho digno, com direitos aos filhos da classe trabalhadora, dos pobres.
Que o CPERS deve organizar a Campanha, a exemplo do 39° Núcleo, com Comitê e outras ações.
Que o CPERS deve lutar pela realização de uma Conferência Nacional de Educação, no primeiro ano do governo Lula, para a comunidade dizer a educação que interessa à classe trabalhadora.
Também foi aprovado calendário de mobilização, com paralisações ( 7, 15 e 22) para pressionar o Governo a garantir os 14,9% para TODA A CATEGORIA, porque a Assembleia Geral REJEITOU a proposta excludente e divisionista do Governo Leite, por 61% dos votantes.
UM DIA DE VITÓRIAS!