CPERS visita escolas de Caxias do Sul
CPERS visita escolas de Caxias do Sul para denunciar condições do magistério e precarização da educação
Aprovado em fevereiro, o reajuste salarial de 6,27% para 57 mil professores da rede estadual segue gerando descontentamento no Centro dos Professores Primários do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS). Nesta terça-feira (11), representantes da Direção Central do sindicato participam de uma caravana em Caxias do Sul para visitar escolas, discutir as condições do magistério e denunciar a exclusão dos aposentados do reajuste salarial.
Com o reajuste, o novo piso do magistério para contratos de 40 horas semanais passou a ser de R$ 4.867, um aumento de aproximadamente R$ 300. No entanto, a categoria critica a exclusão dos aposentados, especialmente daqueles que ainda possuem a parcela de redutibilidade, fator que reduz os vencimentos.
Entre as principais pautas também está o atraso no pagamento do adicional de insalubridade – agora denominado penosidade – benefício destinado a trabalhadores que atuam em condições de grande esforço físico ou mental. A situação dos funcionários das escolas e as condições estruturais das instituições também serão avaliadas.
O diretor-geral do 1º Núcleo do CPERS em Caxias do Sul, David Orsi Carnizella, destaca que a ação busca identificar as principais demandas das escolas e avaliar se há estrutura adequada para os estudantes.
Ele também reforça as dificuldades enfrentadas pelos aposentados, que lidam com salários congelados, taxações e a perda do poder de compra. Frente ao pagamento da penosidade. em 2017, o CPERS conseguiu na Justiça o direito ao pagamento do benefício, mas, em 2025, segundo a Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul (Seduc-RS), ocorreram erros nos contracheques e descontos indevidos voltaram a prejudicar os servidores.
As visitas ocorrem ao longo de toda a terça-feira (11), e as demandas levantadas serão encaminhadas à Secretaria da Educação do Estado.
FONTE: