Crise do tarifaço entre Brasil e EUA
O que está em jogo na crise do tarifaço entre Brasil e EUA
Entre os principais produtos exportados estão combustíveis minerais, ferro, aço, máquinas, carnes e aeronaves. Muitos desses itens têm baixo valor agregado, pois utilizam insumos importados dos EUA
Por César Fraga / Publicado em 23 de julho de 2025

A partir de 1º de agosto, entram em vigor as novas tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impõem um acréscimo de 50% sobre produtos brasileiros exportados ao país. Diante da urgência da medida, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou, na última terça-feira, 22, o documento Tarifaço de Trump contra o Brasil: disputa geopolítica e ataque à soberania, que oferece dados e subsídios para o debate público sobre o tema. O Dieese subsidia o movimento sindical com estudos permanentes sobre economia e conjuntura, para orientar o posicionamento das representações de trabalhadores diante de questões que trazem consequências diretas e indiretas ao mundo do trabalho.
Pressão externa e interferência interna
O episódio dominou os noticiários após Trump enviar uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual critica o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusa o Brasil de violar a liberdade de expressão e ataca o Supremo Tribunal Federal (STF) por censura nas redes sociais. Trump também alega que o Brasil mantém relações comerciais injustas e prejudiciais aos interesses norte-americanos.
Com base nessas alegações, o governo dos EUA abriu uma investigação comercial sobre o Brasil e anunciou a tarifa de 50% como instrumento de pressão para mudanças internas no país. Empresas que tentarem contornar as tarifas por meio de triangulações comerciais serão penalizadas com taxas ainda maiores. A única exceção são companhias que produzem diretamente em solo americano.
Reação no Judiciário dos EUA ao tarifaço
Nos Estados Unidos, a medida não passou sem contestação. A distribuidora Johanna Foods – gigante do suco de laranja – entrou com ação judicial pedindo liminar para suspender as tarifas antes de sua entrada em vigor. O argumento central é que Trump excedeu os poderes delegados pelo Congresso ao impor tarifas unilaterais.
O caso é acompanhado de perto por outros setores, e especialistas acreditam que pode abrir um precedente jurídico importante. Já há movimentações de importadores e escritórios de advocacia no Brasil e nos EUA para avaliar cláusulas contratuais e preparar eventuais retaliações. Apesar disso, o governo brasileiro mantém os esforços de negociação diplomática com os Estados Unidos, ao mesmo tempo em que elabora planos de contingência para os setores mais afetados.
Tarifaço e geopolítica
Segundo o Dieese, a medida faz parte de uma estratégia agressiva adotada por Trump desde o início de seu segundo mandato, iniciado em 2025. A ofensiva tarifária, marcada pelo “Dia da Libertação” anunciado em 2 de abril, visa aplicar tarifas “recíprocas” sobre todas as importações como forma de proteger a indústria norte-americana e reduzir o déficit comercial.
O FMI e outras instituições internacionais alertaram para os impactos negativos dessa política sobre o crescimento global. A iniciativa reacende tensões no comércio internacional e é vista como uma resposta dos EUA ao avanço da China e à perda de sua hegemonia econômica.
Impacto do tarifaço sobre o Brasil
Embora Trump afirme que os EUA são prejudicados nas trocas com o Brasil, dados do Dieese mostram que o país não registra déficit comercial com os brasileiros desde 2009. Mesmo assim, as novas tarifas miram setores estratégicos: aço, alumínio, automóveis e semicondutores.
O governo brasileiro respondeu formalmente às medidas no dia 15 de julho, por meio de carta assinada pelos ministros Geraldo Alckmin e Mauro Vieira. O documento manifesta indignação e classifica as tarifas como injustas e prejudiciais às economias de ambos os países. Desde abril, o Brasil busca resolver o impasse por meio do diálogo.

Relação comercial Brasil-EUA
As exportações brasileiras para os Estados Unidos, que já ocuparam o posto de principal destino, atualmente representam entre 12% e 13% do total de vendas externas do país. Desde 2009, as exportações para os EUA ocupam a segunda posição, atrás da China. A partir daquele ano, o saldo da balança comercial entre Brasil e EUA passou a ser negativo, tendência que permanece até hoje.
Entre os principais produtos exportados para os EUA estão: combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da destilação; matérias betuminosas; ceras minerais; ferro fundido, ferro e aço e reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes, além de carnes, madeiras e derivados, aeronaves e frutas. Tratam-se, majoritariamente, de itens com baixo conteúdo tecnológico. Mesmo os produtos considerados mais sofisticados, como aeronaves e máquinas, incorporam parcela significativa de insumos importados, muitos deles provenientes dos próprios Estados Unidos, o que reduz o valor agregado nacional. No caso do petróleo, por exemplo, o Brasil exporta o “petróleo cru”, sem refino, e importa o combustível refinado, devido à limitada capacidade nacional de refino.
Os principais produtos que o Brasil importa dos EUA reforçam esse padrão: reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes; plásticos e produtos químicos; combustíveis minerais; aeronaves; instrumentos de precisão.
Estados que mais exportam para os EUA
A Análise do Dieese por por unidade da Federação, mostra que São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideram as exportações para os EUA, respondendo por cerca de 62,4% das vendas entre janeiro de 2024 a junho de 2025.
Os estados brasileiros que mais exportam para os EUA têm a pauta concentrada em alguns produtos específicos, como combustíveis, minério de ferro, máquinas, café e aeronaves. Esses itens respondem por parcelas significativa do total das vendas externas brasileiras para o mercado norte-americano e, ao mesmo tempo, têm grande peso nas vendas de cada estado individualmente.
No caso de São Paulo, por exemplo, de todas as exportações realizadas, os EUA foram o principal destino no período analisado, com 19,12% do total, à frente inclusive do enviado para a China, que lidera na maioria das UFs. Quando se olha todas as exportações do Brasil para os EUA, São Paulo responde por 33,06% do total, o maior percentual entre a unidades da Federação. Já a pauta de exportação do estado do Rio de Janeiro é fortemente ligada ao setor petrolífero. Na análise das vendas externas, observa-se que 15,81% de tudo o que o Rio exporta tem como destino os EUA. Minas Gerais, por sua vez, tem uma pauta de exportação mista, com destaque para commodities agrícolas (café) e industriais (aço e equipamentos). Embora relevante, a dependência comercial mineira dos EUA é menor que a do Rio e a de São Paulo.

Dependência varia de estado para estado
A dependência do mercado norte-americano varia significativamente entre os estados brasileiros, refletindo estruturas produtivas e especializações regionais. Alguns se destacam pela alta concentração de exportações para os EUA. Além de São Paulo, que ocupa a quarta posição, com 19,12%, o Ceará lidera o ranking das exportações para os Estados Unidos, com quase metade das vendas para fora do Brasil destinadas aos norte-americanos. Em seguida, vêm Espírito Santo, com 30,24%, e Sergipe, 21,27%. Os principais produtos embarcados para os EUA incluem metais (ferro e aço), combustíveis e também madeira, calçados, frutas e resinas.
O perfil das exportações brasileiras para os EUA no período analisado, mesmo sob a vigência de sobretaxas, manteve-se fortemente concentrado em commodities, como combustíveis, metais, alimentos e em produtos industriais (especialmente aeronaves e máquinas). Mesmo esses últimos, apesar da maior sofisticação em termos de valor agregado, possuem relevante quantidade de componentes importados, inclusive dos próprios norte-americanos.

Fragilidade industrial brasileira
O caso dos combustíveis reflete a fragilidade industrial do país. No setor de petróleo, a insuficiente capacidade de refino é resultado do desmonte da cadeia produtiva do petróleo após a Operação Lava Jato, a partir de 2011, que comprometeu investimentos e a expansão do parque de refino nacional. Quanto à dependência dos estados em relação ao mercado americano, além dos três com maior volume exportado, destacam-se Ceará, Espírito Santo e Sergipe, que têm no comércio com os EUA fatia significativa das exportações totais.
Variação regional da dependência
A dependência do mercado americano varia entre os estados. O Ceará lidera com quase metade de suas exportações voltadas aos EUA, seguido por Espírito Santo (30,24%) e Sergipe (21,27%). A pauta continua concentrada em commodities e produtos industriais com alto conteúdo importado.
Segundo o Dieese, a frágil capacidade de refino no setor de petróleo, agravada pelo desmonte da cadeia produtiva após a Operação Lava Jato, contribui para a baixa agregação de valor nas exportações brasileiras.
Disputa global e alternativas para o Brasil
Para os técnicos do Dieese, o tarifaço revela as contradições da globalização e o reposicionamento dos EUA na disputa por hegemonia com a China. Diferente de 2018, quando tarifas sobre o aço foram negociadas, a nova medida tem forte viés político e ideológico.
A curto prazo, o Brasil depende tanto das importações norte-americanas quanto da manutenção de suas exportações. Embora a realocação de commodities para outros mercados seja possível, o processo é complexo. Ao mesmo tempo, a pauta brasileira pouco diversificada limita seu poder de negociação.
Entre as estratégias propostas pelo Dieese para enfrentar os impactos do tarifaço estão:
- Diversificar mercados de importação e exportação;
- Estimular a produção nacional;
- Reorientar a produção para o mercado interno;
- Subsidiar a transição produtiva;
- Usar estatais e instrumentos de crédito e política fiscal;
- Fortalecer alianças internacionais como os Brics e o Mercosul.
A médio e longo prazo, o foco deve ser a neoindustrialização, com apoio ao programa de governo Nova Indústria Brasil (NIB) e contrapartidas sociais, como geração de empregos e inclusão produtiva. O momento exige mais do que resistência: é hora de construir um novo modelo de desenvolvimento soberano e sustentável.
Estados e principais produtos exportados para os EUA de janeiro de 2024 a junho de 2025:
UF |
1º |
2º |
3º |
Participação do estado no total das exportações
para EUA |
Participação dos EUA na exportação
do estado |
Acre |
Frutas; cascas de frutos cítricos e de melões |
Madeira, carvão vegetal e obras de madeira |
Sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos
diversos; plantas industriais ou medicinais; palhas e forragens |
0,01% |
3,61% |
Alagoas |
Açúcares e produtos de confeitaria |
Produtos cerâmicos |
Preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras partes de plantas |
0,20% |
8,89% |
Amapá |
Preparações alimentícias diversas |
Preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras partes de plantas |
Madeira, carvão vegetal e obras de madeira |
0,03% |
9,40% |
Amazonas |
Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios |
Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes |
Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação; matérias betuminosas; ceras minerais |
0,22% |
9,83% |
Bahia |
Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas; papel ou
cartão para reciclar (desperdícios e aparas). |
Produtos químicos orgânicos |
Borracha e suas obras |
2,19% |
7,69% |
Ceará |
Ferro fundido, ferro e aço |
Peixes e crustáceos,
moluscos e outros invertebrados aquáticos |
Calçados, polainas e artefatos semelhantes; suas partes |
2,01% |
47,85% |
Distrito Federal |
Gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua dissociação; gorduras alimentares elaboradas;
ceras de origem animal ou vegetal |
Preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou leite; produtos de pastelaria |
Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação; matérias betuminosas; ceras minerais |
0,02% |
2,65% |
Espírito Santo |
Ferro fundido, ferro e aço |
Obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica ou de matérias semelhantes |
Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas; papel ou cartão para reciclar (desperdícios e aparas). |
7,76% |
30,24% |
Goiás |
Carnes e miudezas, comestíveis |
Ferro fundido, ferro e aço |
Açúcares e produtos de confeitaria |
1,24% |
3,93% |
Maranhão |
Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas; papel ou cartão para reciclar (desperdícios e aparas). |
Produtos químicos inorgânicos; compostos inorgânicos ou orgânicos de metais preciosos, de elementos radioativos, de metais das terras raras ou de isótopos |
Ferro fundido, ferro e aço |
1,79% |
13,34% |
Mato Grosso |
Carnes e miudezas, comestíveis |
Pérolas naturais ou cultivadas, pedras preciosas ou semipreciosas e semelhantes, metais preciosos, metais
folheados ou chapeados de metais preciosos |
Gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua dissociação; gorduras alimentares elaboradas; ceras de origem animal ou vegetal |
0,96% |
1,37% |
(plaquê), e suas obras; bijuterias; moedas | |||||
Mato Grosso do Sul |
Carnes e miudezas, comestíveis |
Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas; papel ou cartão para reciclar (desperdícios e aparas). |
Ferro fundido, ferro e aço |
1,63% |
6,45% |
Minas Gerais |
Café, chá, mate e especiarias |
Ferro fundido, ferro e aço |
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; aparelhos de gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de
som em televisão, e suas partes e acessórios |
11,76% |
11,18% |
Pará |
Produtos químicos inorgânicos; compostos inorgânicos ou orgânicos de metais preciosos, de elementos radioativos, de
metais das terras raras ou de isótopos |
Ferro fundido, ferro e aço |
Madeira, carvão vegetal e obras de madeira |
2,33% |
4,15% |
Paraíba |
Açúcares e produtos de confeitaria |
Preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras partes de plantas |
Calçados, polainas e artefatos semelhantes; suas partes |
0,08% |
18,58% |
Paraná |
Madeira, carvão vegetal e obras de madeira |
Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes |
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; aparelhos de gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de |
3,85% |
6,74% |
som em televisão, e suas partes e acessórios | |||||
Pernambuco |
Açúcares e produtos de confeitaria |
Frutas; cascas de frutos cítricos e de melões |
Plásticos e suas obras |
0,43% |
7,67% |
Piauí |
Leite e lacticínios; ovos de aves; mel natural; produtos comestíveis de origem animal, não especificados nem compreendidos noutros Capítulos |
Gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua dissociação; gorduras alimentares elaboradas; ceras de origem animal ou vegetal |
Minérios, escórias e cinzas |
0,10% |
3,19% |
Rio de Janeiro |
Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação;
matérias betuminosas; ceras minerais |
Ferro fundido, ferro e aço |
Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes |
17,56% |
15,81% |
Rio Grande do Norte |
Peixes e crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos |
Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação;
matérias betuminosas; ceras minerais |
Outros produtos de origem animal, não especificados nem compreendidos noutros Capítulos |
0,22% |
8,49% |
Rio Grande do Sul |
Tabaco e seus sucedâneos manufaturados |
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; aparelhos de gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em |
Armas e munições; suas partes e acessórios |
4,63% |
8,94% |
televisão, e suas partes e acessórios | |||||
Rondônia |
Carnes e miudezas, comestíveis |
Madeira, carvão vegetal e obras de madeira |
Sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantas industriais ou medicinais; palhas e forragens |
0,34% |
4,75% |
Roraima |
Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros
veículos terrestres, suas partes e acessórios |
Reatores nucleares, caldeiras, máquinas,
aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes |
Alumínio e suas obras |
0,00% |
0,33% |
Santa Catarina |
Madeira, carvão vegetal e obras de madeira |
Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes |
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; aparelhos de gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e acessórios |
4,29% |
14,78% |
São Paulo |
Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes |
Aeronaves e aparelhos espaciais, e suas partes |
Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação; matérias betuminosas; ceras minerais |
33,06% |
19,12% |
Sergipe |
Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação; matérias betuminosas; ceras minerais |
Preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras partes de plantas |
Óleos essenciais e resinoides; produtos de perfumaria ou de toucador preparados e preparações cosméticas |
0,21% |
21,27% |
Tocantins |
Carnes e miudezas, comestíveis |
Matérias albuminoides; produtos à base de amidos ou de féculas |
Outros produtos de origem animal, não especificados nem
compreendidos noutros Capítulos |
0,19% |
2,77% |
modificados; colas; enzimas | |||||
Total Geral |
Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação; matérias betuminosas; ceras minerais |
Ferro fundido, ferro e aço |
Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes |
100,00% |
12,01% |
Fonte: Aliceweb/Secex Elaboração: DIEESE |
Baixe o estudo Trump contra o Brasil: disputa geopolítica e ataque à soberania , elaborado pelo Dieese em PDF
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