Depressão na escola

Depressão na escola

“Eu queria que depressão sangrasse. Só assim iriam respeitar meu sofrimento.”

 

Essa frase foi dita por uma professora do Ensino Médio.

Ela teve uma crise de choro em sala de aula.

Desceu até a sala dos professores para tentar se recompor. Respirar.

Mas não teve tempo.

A diretora entrou e disse — na frente de todos:

“Já tá de mimimi de novo? Precisa parar com essa choradeira senão os alunos nunca vão te respeitar. Eles crescem pra cima de gente fraca.”

Essas palavras doeram mais do que a crise.

E revelam o quanto ainda precisamos avançar no acolhimento emocional dentro das escolas.

Nem todo cansaço é preguiça.

Nem toda lágrima é fraqueza.

Nem toda dor aparece do lado de fora.

A dor psíquica não deixa hematomas, mas também paralisa.

Ela não escorre pelo corpo, mas afoga a alma.

Se você é professor e já foi chamado de fraco por sentir,

saiba: você é forte por não desistir.

Você é forte porque ainda está aqui — mesmo quando ninguém nota que você está caindo por dentro.

Essa postagem é por você.

📝 Todos os dias recebo mensagens de professores e professoras de todo o Brasil.

Relatos emocionantes, histórias reais.

Essa frase me atravessou. Pedi autorização e compartilhei aqui para que ela não se perca no silêncio.

Pra que sirva de espelho, de alerta, de reflexão.

👉 Se esse conteúdo te tocou, compartilhe com alguém que precisa ler isso.

E se ainda não me segue, me acompanha por aqui: @ofabioflores

Todo dia eu trago conteúdos que cuidam de quem cuida.

 

 

 

 

 

 

Eles têm só 10, 12, 14 anos. E já pensam em desistir da vida.

Os atendimentos em saúde mental nos CAPS aumentaram 45,6% entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em apenas um ano.

Ansiedade, depressão e automutilação viraram parte da rotina escolar. A infância está adoecendo cedo demais. E a escola virou ponto de chegada do sofrimento psíquico.

Pais e educadores, prestem atenção:

Camisa de manga comprida em dias quentes pode esconder marcas de automutilação — tentativas de aliviar uma dor emocional que não encontrou outro caminho.

Queda brusca nas notas pode sinalizar sofrimento psíquico que compromete a energia vital, não apenas o interesse escolar.

Irritação constante pode ser o caos interno escapando pelas bordas. Nem toda tristeza se veste de silêncio.

Frases como “ninguém se importa comigo” ou “queria sumir” são alarmes emocionais e devem ser levadas a sério.

Sono em excesso ou insônia indicam que o corpo está tentando escapar do que a mente não está conseguindo sustentar.

Falta de apetite pode ser um sinal sutil de desligamento do mundo, um corpo querendo desaparecer.

Esses sinais não são fase. São sintomas. E podem ser aviso de algo muito mais grave.

A escola percebe. O professor tenta acolher. Mas e quando o professor também está adoecendo?

Não é justo nem humano esperar que educadores sozinhos deem conta de uma geração ferida.

A saúde mental dos professores também precisa ser pauta.

Educadores emocionalmente esgotados tendem a se afastar ou endurecer diante da dor do outro. E não por frieza, mas por autoproteção.

Precisamos falar sobre isso. E agir.

Orientações básicas para professores e gestores:

Encaminhem casos aos serviços de saúde com responsabilidade e mantenham o vínculo com o aluno.

Cuidem da equipe. Ninguém sustenta um ambiente saudável se está afundando por dentro.

A dor está batendo na porta da escola.

Ou a gente acolhe… ou vai continuar perdendo alunos — e professores — para o invisível.

Siga o professor @ofabioflores para fortalecermos juntos o diálogo sobre saúde mental nas escolas.

 

FONTE:

https://www.facebook.com/ofabioflores?locale=pt_BR 




ONLINE
15