Desafios da escola na volta às aulas
Como superar 10 desafios da escola na volta às aulas
Porvir apresenta dicas de metodologias, ferramentas e inovações que facilitam a organização escolar durante o ano letivo
por Redação 1 de fevereiro de 2019
Se fôssemos perguntar a um professor quais as dificuldades que se repetem ano após ano na volta às aulas, certamente seriam lembradas a falta de tempo para planejar aula e a sobrecarga de materiais para corrigir. Só que esta realidade é acompanhada de casos de alunos desmotivados e avaliações que apenas testam o nível de memorização. Pelo lado do gestor, a crise financeira enfrentada por muitas redes coloca à prova a capacidade de fazer mais com menos.
Neste cenário, o Porvir separou 10 dicas para escolas saberem lidar com velhos problemas e novas questões que surgem por demanda da sociedade e pela necessidade de garantir um melhor aprendizado para todos os alunos. Confira:
Falta de interesse dos alunos
Para engajar os alunos e tornar as aulas mais interessantes, educadores podem trabalhar com ferramentas digitais e selecionar aplicativos educacionais abertos. Estimular que os alunos coloquem a mão na massa e participem de atividades práticas também ajuda a ampliar o interesse pelos conteúdos.
Dificuldade de comunicação com os pais
Engajar as famílias é um desafio que muitas escolas enfrentam, sejam elas públicas ou privadas. Já mostramos aqui uma série de ferramentas ajudam a promover a aproximação entre responsáveis e instituições de ensino. Adotar novas estratégias nas reuniões de pais também pode fortalecer o envolvimento na escola.
Pouco tempo para planejar e organizar atividades
Só quem é professor sabe quanto tempo costuma ser gasto para gerenciar uma sala de aula e elaborar atividades. Pensando nisso, plataformas e aplicativos gratuitos prometem otimizar tarefas diárias, como correção de provas, elaboração de planos de aula, curadoria de objetos digitais de aprendizagem e criação de apresentações.
Indisciplina
O protagonismo e o envolvimento dos estudantes ajuda a trazer mais motivação para a escola, já que ao se tornarem ativos na construção do conhecimento, eles tendem a se identificar mais com o conteúdo e com a própria instituição. Trabalhar competências socioemocionais também ajuda escolas e professores a lidar com problemas de indisciplina.
Serviços de gestão escolar complexos
Gerenciar as atividades burocráticas e dar conta de sistemas de análise de aprendizagem também costuma ser um desafio para muitas escolas. De olho nisso, startups como a WPensar, a Sua Escola na Web, a Eduxe e a Escola Managerdesenvolveram ferramentas que prometem facilitar a gestão escolar.
Ausência de espaços
O território pode ser utilizado como um extensão do espaço educativo. Museus, praças, centros culturais, empresas, clubes e outros locais podem trazer ricas experiências de aprendizagem que ultrapassam os muros da escola, que nem sempre conta com espaços diversificados, como laboratórios e equipamentos esportivos.
Avaliações pouco eficientes
Um dos exemplos mais recentes da seção Diário de Inovações mostra como é possível encontrar alternativas às provas mesmo durante o período de recuperação. Com um projeto interdisciplinar, uma professora de escola rural resgatou o interesse dos alunos e evitou que muitos perdessem o ano. Outro ponto que pode melhorar o dia a dia em sala de aula tem a ver com o formato dos testes de múltipla escolha. Em um resumo rápido, muitas alternativas só ajudam a confundir, acertar “pegadinha” não é sinônimo de aprender e só entregar a prova sem dizer por que errou não ajuda em nada. Veja outras dicas.
Pouca conectividade e infraestrutura
Em tempos de crise financeira, é cada vez mais importante ter uma visão clara sobre os objetivos do investimento em tecnologia educacional. Tudo isso está no guia Tecnologia na Educação, que apresenta a importância da conectividade para diversificar e melhorar as aulas, além trazer orientações para gestores sobre como contratar internet e serviços de manutenção de equipamentos.
Orçamento apertado para inovar
Para muitos, quando se fala em aprendizagem mão na massa, a primeira coisa que vem à mente é uma impressora 3D. Só que poucas escolas conseguem adquirir e manter em uso um equipamento como esse. Uma das vantagens de promover atividades de educação mão na massa é que já é possível fazer muito gastando pouco ou até mesmo aproveitar sucata e material eletrônico descartado. Vale conferir os exemplos da professora Débora Garofalo, que está entre os finalistas do prêmio Global Teacher Prize, e de outros educadores já destacados na seção Diário de Inovações
Discussão de temas da sociedade
Saber diferenciar fatos de opiniões e como argumentar com respeito ao outro lado é o que o ambiente escolar precisa aprender o quanto antes. Em algum momento do ano, a polarização política e a radicalização de opiniões sobre diferentes temas da sociedade podem bater à porta da sala de aula. Diante disso, vale a pena investir em um curso de verificação de informações e trazer para o dia a dia discussões sobre direitos humanos não como algo a ser decorado, e sim incorporado por meio de um jogo em que todos podem ter voz. Fique atento, empatia, comunicação, argumentação, responsabilidade e cidadania estão entre as 10 Competências Gerais da BNCC e precisam ser trabalhadas constantemente.
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