A assertiva de Friedrich Engels, "O homem que desconhece a classe a qual pertence, age contra si próprio", ressoa de maneira contundente na realidade contemporânea do Brasil. Atualmente, observa-se uma situação em que indivíduos pertencentes às camadas mais vulneráveis e à classe média muitas vezes adotam perspectivas contrárias aos seus próprios interesses. Esse fenômeno é evidenciado quando esses grupos elegem políticos alinhados com a aniquilação de direitos sociais e promovem políticas nefastas à economia, às áreas de ciência, saúde, tecnologia e educação. O que, inevitavelmente, aprofunda sua condição de vulnerabilidade social, ao passo que beneficia os verdadeiros detentores de poder e riqueza do país.

Neste contexto, a frase de Engels destaca a importância da conscientização e da educação política. Uma análise crítica das relações de classe é essencial para que as escolhas individuais e coletivas estejam alinhadas com os interesses das classes menos privilegiadas, promovendo assim uma sociedade mais justa e equitativa. A compreensão da dinâmica social é fundamental para evitar que políticas prejudiciais prosperem em detrimento do bem-estar geral, consolidando assim um ambiente mais favorável ao progresso e à igualdade.

Ao reconhecer a classe à qual pertencemos, tornamo-nos mais capacitados para agir de maneira solidária, participativa e construtiva na luta por mudanças sociais significativas. A compreensão de nossa posição na estrutura de classes não apenas beneficia o indivíduo, mas contribui para a construção de uma sociedade onde a justiça social e a igualdade são objetivos a serem alcançados e não rechaçados

23/11/2023   - JONIS LEMOS

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