Desprezo do governador Leite

Desprezo do governador Leite

 

O governo parece que não nos enxerga”: educadores denunciam desprezo do governador Leite e exigem melhores condições de vida


Vindas(os) de diferentes municípios do estado, representantes dos núcleos do CPERS estiveram organizadas(os) no entorno do Palácio Piratini, em Porto Alegre, nesta quinta-feira (6), para reivindicar dignidade salarial e reconhecimento profissional do governador Eduardo Leite (PSDB). 

A vigília marcou o início de um ano que, segundo a presidente do Sindicato, Rosane Zan, já começou com “um turbilhão de problemas nos contracheques”. “A escola pública é nossa, e estamos aqui para defendê-la com unhas e dentes. Isso é o que faz este Sindicato mais forte”, afirmou a dirigente na abertura do encontro. A presidente ressaltou ainda que o CPERS não se resume à sua liderança individual, mas conta com uma nova direção diversa e diretoras(es) de núcleos atuantes em todo o Rio Grande do Sul.

Entre as principais pautas da mobilização, Rosane criticou o não pagamento integral do reajuste de 6,27% do piso salarial, garantido por lei federal, além dos descontos indevidos e do calote da penosidade. “O governo não nos dá nada de bom grado. Mais uma vez, desconsidera nossa história e nos obriga a pagar pelo nosso próprio aumento”, denunciou.

“A nossa luta não vai parar! Precisamos estar juntos e juntas neste próximo período, mobilizados em defesa da educação pública”, concluiu Rosane, chamando a categoria a seguir engajada contra a mercantilização do ensino e por melhores condições de trabalho.

Durante a vigília, com angústia no peito, mas motivados pela disposição de luta, as(os) educadoras(es) acompanharam a reunião entre a Direção Central do Sindicato e o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos. Apesar do interesse do CPERS em dialogar, o encontro com o governo não apresentou respostas definitivas para as demandas das(os) trabalhadoras(es) em educação. Em breve, novas mobilizações serão convocadas com a presença de toda categoria, fique atenta(o) às nossas redes para mais informações! 

>> Leia também: CPERS cobra valorização salarial e respeito à categoria em reunião com governo Leite

Educação abandonada: educadoras(es) denunciam descaso do governo estadual

A atividade desta quinta (6) contou com a presença de diversas educadoras(es), da ativa e aposentadas(os), que denunciaram o descaso do governador Eduardo Leite (PSDB) com a educação pública e as(os) trabalhadoras(es) da educação. Confira, abaixo, alguns relatos das(os) participantes da vigília: 

 

 

Funcionária de escola em Jaguari (29º Núcleo – Santiago) e encaminhando-se para a aposentadoria, Dolair Denardi faz parte dos cargos em extinção e ficou de fora da Lei 16.165, que reestruturou a carreira das(os) servidoras(es). “Estou há 32 anos trabalhando e há 11 anos sem reajuste. O governo fala em valorizar a educação, mas não valoriza os funcionários públicos”, denunciou. 

Dolair não foi contemplada pela reestruturação de carreiras, mas mesmo os que foram, não receberam o pagamento do Adicional de Penosidade que proporcionaria um respiro às baixas remunerações das(os) Agentes Educacionais. Leite não só falhou com as(os) funcionárias(os), como não demonstra abertura em incluir a totalidade das(os) educadoras(es) gaúchas(os) no reajuste de 6,27% do Piso do Magistério.

 

 

“Trabalhei 30 anos e hoje me vejo numa situação tão difícil, que às vezes é desesperador. O governo parece que não nos enxerga”, desabafou a secretária de escola aposentada do 6º Núcleo (Rio Grande), Clerismar Cruz. A trabalhadora, assim como tantas e tantos que dedicaram suas carreiras ao ensino público, tem sido impactada pelo cenário de insegurança financeira e aniquilação de direitos trabalhistas perpetrado pelo governo estadual. 

Quando o educador não é valorizado, toda sociedade perde

A vigília por valorização salarial e a reunião com a Casa Civil foram os primeiros movimentos do CPERS em 2025 para exigir dignidade à categoria e dão o pontapé inicial em um ano que será de muitas reivindicações. Quando o reajuste do Piso do Magistério for votado na Assembleia Legislativa, em 18 de fevereiro, será hora de fazer uma grande mobilização por melhorias na vida de cada uma e de cada um que mantém as escolas estaduais de pé. À luta, companheiras(os)!

FONTE:

https://cpers.com.br/o-governo-parece-que-nao-nos-enxerga-educadores-denunciam-desprezo-do-governador-leite-e-exigem-melhores-condicoes-de-vida/ 




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