A sociologia é o estudo do desenvolvimento e das interações humanas em uma visão voltada, com grande ênfase, para a sociedade. Como indivíduos civilizados, que interagem uns com os outros, aprendemos então a razão pela qual as pessoas tomam determinadas decisões, baseando-se em valores adquiridos durante suas vidas.


Cada um desses valores, aliás, também está vinculado à sociologia. Quanto melhor compreendemos as ações e os interesses dos que estão a nossa volta, mais claros os comportamentos, as realidades e os sentimentos do mundo que nos rodeia parecem.

Foi baseada nesses pontos e na necessidade de entendermos o que acontece com cada ser humano, que surgiu a profissão de sociólogo que, ainda na década passada, ganhou um dia específico no calendário de comemorações do país.

Você quer descobrir um pouco mais sobre o assunto? Então, basta continua conosco até o final deste artigo.


Mas, afinal, o que um sociólogo faz?

Talvez você já tenha ouvido falar em Zygmunt Bauman, certo? Responsável por grandes obras, como “Modernidade Líquida” (1999) e “Modernidade e Holocausto” (1989), o sociólogo polonês, que serviu durante a Segunda Guerra Mundial e foi professor da renomada Universidade de Varsóvia, possui uma visão bastante certeira sobre a profissão.

No livro “Para que serve a sociologia? Diálogos com Michael Hviid Jacobsen e Keith Tester” (2013), Bauman aponta, durante uma conversa com os autores, que a vocação do sociólogo é “orientar em um mundo que ele reconhece como mutável”.

Além disso, Zygmunt também afirma que “essa vocação só pode ser realizada observando as mudanças e suas consequências, enquanto examina, por meio de pesquisas sociológicas, as estratégias vitais para responder a essas mudanças”.

Em resumo, podemos afirmar que um sociólogo investiga e se envolve na concepção de pesquisas e estudos, que visam auxiliar na certificação de teorias sobre as mais variadas questões sociais. Seu foco é conhecer e compreender diferentes culturas, organizações, grupos e processos interativos entre os indivíduos.


Em quais áreas um sociólogo pode atuar?

O campo da sociologia é bastante amplo, com oportunidades nas mais variadas áreas:

  • Órgãos públicos: é possível trabalhar como consultor, em programas que buscam estimular a população a se envolver com o setor, ou ainda com pesquisas de tendências (na transição democrática, por exemplo);

  • Consultor internacional: o sociólogo pode trabalhar em organizações governamentais ou não governamentais, utilizando pesquisas, estatísticas e diversos outros elementos;

  • Aplicação de projetos de políticas públicas: a ideia é desenvolver programas que demonstrem o impacto social de questões como saúde, educação, entre outros;

  • Como redator (com foco na área): por ser um profissional criativo, que tende a conhecer não apenas a sociedade como um todo, mas também literatura e história, é possível escrever para revistas, sites e jornais sobre a temática;

  • Planejamento urbano: o profissional pode participar ativamente das tomadas de decisões quando o assunto é a concepção, execução e avaliação de políticas públicas;

  • Pesquisa: geralmente, esse é caminho trilhado por boa parte dos sociólogos. Sendo investigadores por natureza, tais profissionais possuem a capacidade de desenvolver programas nas áreas de humanidades e de administração pública;

  • Área acadêmica: o sociólogo que escolhe permanecer na área acadêmica pode se tornar professor, pesquisador, administrador, consultor e assumir cargos de diretor e reitor de instituições de ensino públicas e privadas.


 

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Dia nacional do sociólogo: uma data para comemorar

A lei que sanciona a profissão de sociólogo no Brasil não é tão recente, mas de 1980, em pleno regime militar. Na época, o então presidente João Figueiredo aprovou a Lei nº 6.888, do dia 10 de dezembro.

Em meio a especificações da formação, o Art. 2º apontava as competências do Sociólogo, como:

I – elaborar, supervisionar, orientar, coordenar, planejar, programar, implantar, controlar, dirigir, executar, analisar ou avaliar estudos, trabalhos, pesquisas, planos, programas e projetos atinentes à realidade social;

II – ensinar Sociologia Geral ou Especial, nos estabelecimentos de ensino, desde que cumpridas as exigências legais;

III – assessorar e prestar consultoria a empresas, órgãos da administração pública direta ou indireta, entidades e associações, relativamente à realidade social.

Entretanto, mesmo com a regulamentação, os sociólogos só receberam um dia próprio no calendário nacional cerca de 30 anos depois, em 2009.

A proposta, votada na câmara federal em 15 de abril do mesmo ano, pegou carona na Lei nº 11.684, de junho de 2008, que tornou obrigatório o ensino da disciplina (assim como o da filosofia) nas três séries do ensino médio brasileiro. Desde então, fixou-se a comemoração em 10 de dezembro, em homenagem à regulamentação de 1980.

Vale lembrar que ambas as matérias eram ensinadas nas escolas de todo o país até o ano de 1971, quando, em pleno governo militar, o então ministro da educação, Jarbas Passarinho, substituiu-as pelo ensino de “educação moral e cívica”.

Até o momento da aprovação do dia do sociólogo no Brasil, os profissionais comemoravam a data em 29 de maio (dia do geógrafo, inclusive), acompanhando o calendário internacional.

 

FONTE:

https://editorialpaco.com.br/dia-do-sociologo/