E os servidores públicos?
E os servidores públicos, governador, até quando?

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Érico Corrêa (*)
Existe um consenso praticamente unânime entre os servidores públicos do Rio Grande do Sul: nunca esteve tão difícil! Houveram períodos de atraso de salários, é verdade. Longos congelamentos. Reajustes insuficientes, perdas inflacionárias não recuperadas. Mas nada se compara a esta última década.
Não é à toa que o Estado perdeu mais de 30 mil trabalhadores, o IPE Saúde está completamente fragilizado e os serviços oferecidos à população em constante crise. Vide o quadro da saúde pública neste exato momento.
Instalações precárias, sem manutenção, falta de pessoal, de material de trabalho. Este é o cenário que nos deparamos em escolas, delegacias de polícia, casas prisionais, secretarias e em outros órgãos públicos, servidores desvalorizados e desrespeitados.
Para completar esta cena de horrores, falta citar a situação dos aposentados. Pessoas que trabalharam, contribuíram, lutaram por um estado melhor e agora são condenados literalmente à miséria. É inacreditável que aposentados e aposentadas estejam recebendo em 2025 vencimentos inferiores à 2014!
O poder nas mãos do governador é um escárnio. Não existe nenhum respeito aos ditames da própria Constituição Federal que dispõe sobre a revisão geral anual. Como pode o governador escolher, simplesmente de sua vontade, quanto, quando e para quem irá conceder reajuste salarial?
Abaixo, transcrevo quadro analítico produzido pelo DIEESE, que demonstra ser o RS o pior Estado do Brasil apenas nestes últimos 5 anos. Mesmo com a pandemia as consequentes restrições impostas à economia, a discrepância é muito grande.
A marcha realizada no dia 16/5 mostrou que a reação não pode mais esperar e que a unidade de ação é necessária. Agora partiremos para interiorizar a mobilização.
Os atos regionalizados, além de dialogar com a base dos servidores públicos, objetivam furar o bloqueio da grande mídia que segue protegendo a “Farsa Eduardo Leite”.
Seguimos juntas e juntos, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.
(*) Presidente do Sindicaixa
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