Educação básica
EDUCAÇÃO BÁSICA
Cesar Benjamin
De vez em quando, o contador de títulos mostra que os acessos a um determinado artigo dispara. Nessas ocasiões, suponho que um grupo de pessoas decidiu usá-lo em conjunto.
Agora foi "Educação básica, o começo de tudo", que escrevi como uma espécie de programa teórico da minha gestão na SME e aproveitei como um capítulo do meu livro "Ensaios brasileiros".
O texto de apresentação da publicação original diz:
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"Por sua amplitude, sua capilaridade e seu papel social, as redes de escolas públicas foram a mais importante criação dos Estados nacionais na modernidade. A partir do século XIX, em um número crescente de países, milhões de crianças e jovens passaram a compartilhar, todos os dias, os mesmos espaços obrigatórios, para receber conhecimentos e valores. Considerava-se que tal iniciativa era essencial à própria sobrevivência das nações.
"Também nesse aspecto, o Brasil se atrasou. Só no final do século XX chegamos perto de universalizar o acesso ao ensino fundamental. É recente, e ainda incompleto, o nosso trânsito em direção a um dos maiores ideais da modernidade, a “educação para todos”.
"O acesso deixou de ser o maior obstáculo, mas o baixo nível do aprendizado mostra que nossos sistemas de ensino continuam excludentes. Ampliamos as redes, mas não realizamos adequadamente a transição para uma escola de massas.
O longo ciclo do ensino fundamental é, antes de tudo, o trânsito da fase pré-alfabética até a alfabética plena, consolidada, em que o aluno domina fluentemente a leitura, a escrita e os fundamentos da matemática. Uma escola que não garante isso, como é o nosso caso, falha em seu objetivo primordial. Formam-se multidões de analfabetos funcionais.
"[...] Evitamos o caminho fácil de buscar culpados e meramente reivindicar mais recursos para a educação. Reconhecemos que há problemas múltiplos, que incluem imensos desafios em pedagogia e gestão.
"O prestígio da escola atingiu o ápice quando ela esteve claramente associada a expectativas de ascensão social. Os descaminhos da nossa sociedade nas últimas décadas provocaram uma dissociação entre a longa trajetória escolar, de um lado, e a mobilidade social, de outro, enfraquecendo a mística das instituições de ensino.
"Formou-se um círculo vicioso, que precisamos ultrapassar. No século XXI, as sociedades desenvolvidas investem cada vez mais na formação das pessoas, pois suas economias absorvem cada vez mais trabalho qualificado. As economias desenvolvidas do século XXI são economias do conhecimento.
"A revolução educacional, de que o Brasil necessita, tem de começar na pré-escola e no ensino fundamental, pois educação se faz de baixo para cima. [...]"
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O texto completo está no link, abaixo. Continua completamente atual. Contém anexos sobre Paulo Freire, Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro.
Abraços,