Educação contra violência de gênero

Educação contra violência de gênero

Educação contra violência de gênero pode se tornar matéria obrigatória na educação básica

Projeto de lei apresentado pela deputada federal Denise Pessôa (PT/RS) propõe incluir o tema nos currículos escolares

O PL 4368/2025, em específico, é fruto de uma autoria coletiva, consolidando as ideias convergentes de oito mulheres: Jaqueline Jorge Bischoff, Ieda Serafim, Madalena Lucimar de Souza Silva, Maria Lilith da Cruz da Silva, Sabrina Reis Feldmann, Silvia Maria da Silva Teixeira, Simone Becker Ferreira e Sofia Borghetti Frison.

“Este projeto fortalece a educação como ferramenta de transformação. É fundamental que nossas escolas ensinem respeito, igualdade e prevenção à violência contra mulheres e meninas”, afirma Denise Pessôa.

Respeito e autonomia desde cedo

A vereadora de Cerro Grande do Sul (RS) Jaqueline Jorge Bischoff (PT) destaca que a iniciativa busca garantir que “cada menina e cada mulher se sinta segura e valorizada desde a escola”. Para a empreendedora Ieda Serafim, trabalhar a reflexão sobre a violência de gênero desde cedo pode gerar bons resultados, já que “as crianças são um elo entre escola, família e sociedade, com forte potencial de mudança de atitudes, como ocorre com a consciência ambiental”.

Na visão da professora Madalena Lucimar de Souza Silva, debater papéis de gênero ajuda meninas e meninos a desenvolver respeito e autonomia. Já a educadora social e mulher trans Maria Lilith da Cruz da Silva considera o projeto uma conquista coletiva. “Ver a ideia acolhida e protocolada como lei é uma vitória de todas as mulheres que lutam por respeito e direitos”.

Democracia e cidadania consciente

A analista de Recursos Humanos Sabrina Reis Feldmann ressalta que a parceria entre escolas e conselhos de direitos fortalece a prevenção. A professora aposentada Silvia Maria da Silva Teixeira aponta que “transformar conteúdos curriculares é transformar realidades”.

Para Simone Becker Ferreira, a iniciativa aproxima a política das pessoas e “fortalece a democracia e tudo o que buscamos como nação soberana”. Já a publicitária Sofia Borghetti Frison defende que “toda escola deve ser um espaço seguro para formar cidadãos conscientes”.

O projeto prevê campanhas educativas, debates sobre papéis de gênero, atenção específica às violências contra meninas negras e com deficiência, além de articulação entre escolas e conselhos de direitos da mulher, da criança e do adolescente.




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