Educação não é gasto, é investimento
Lula celebra avanços na educação e afirma: "não é gasto, é investimento"
Após dados do IBGE, presidente destaca ações do governo para reduzir o analfabetismo, ampliar acesso ao ensino superior e garantir permanência estudantil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou nas redes sociais os avanços revelados pelo IBGE em relação à educação no Brasil. Em tom otimista, o chefe do Executivo ressaltou a queda no analfabetismo, o aumento do número de jovens estudando e o crescimento da população com ensino superior. “A educação brasileira está avançando”, afirmou.
Lula aproveitou a publicação para elencar as iniciativas de seu governo voltadas ao setor. “Aumentamos o repasse para a alimentação escolar, criamos o Pé-de-Meia e ampliamos as vagas de Escola em Tempo Integral. Também reajustamos as bolsas de permanência, estudo e pesquisa para os estudantes do Ensino Superior”, destacou. E concluiu: “educação não é gasto, é investimento”.
Ensino superior atinge patamar inédito - Segundo o levantamento divulgado pelo IBGE por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), o Brasil alcançou, em 2024, um marco histórico: 20,5% da população com 25 anos ou mais completou o ensino superior — o maior percentual da série iniciada em 2016.
Também houve avanço na conclusão da educação básica obrigatória. Neste ano, 56% da população com 25 anos ou mais finalizou ao menos o ensino médio. Em 2016, esse índice era de 46,2%.
Queda no analfabetismo reflete políticas estruturais - A taxa de analfabetismo no país caiu para 5,3%, a menor já registrada desde o início da série histórica, em 2016. Isso significa que, em 2024, 9,1 milhões de brasileiros com 15 anos ou mais não sabiam ler ou escrever — uma queda de quase dois milhões em relação a 2016. Na comparação com 2023, houve redução de 0,1 ponto percentual, equivalente a menos 197 mil pessoas analfabetas.
Apesar da redução, o analfabetismo ainda está fortemente concentrado em regiões como o Nordeste, que reúne 55,6% do total, e entre pessoas idosas. Entre aqueles com 60 anos ou mais, a taxa chega a 14,9%.
Políticas de permanência e ampliação de oportunidades - Ao mencionar o programa Pé-de-Meia, que oferece incentivo financeiro para estudantes do ensino médio de baixa renda, o presidente Lula sinalizou o esforço do governo em combater a evasão escolar. Em 2024, ainda havia 8,7 milhões de jovens entre 14 e 29 anos que não completaram o ensino médio, em muitos casos por necessidade de trabalhar, falta de interesse ou gravidez precoce.
Outras ações mencionadas pelo presidente, como o reajuste das bolsas de permanência e pesquisa no ensino superior, dialogam diretamente com o dado de que apenas 27,1% dos jovens de 18 a 24 anos cursam a etapa ideal para sua faixa etária — o ensino superior. A meta estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para 2024 é de 33%.
Desigualdades ainda desafiam o setor - Embora os dados revelem progressos, a desigualdade racial e regional no acesso à educação segue sendo um obstáculo. Em 2024, 3,1% dos brancos com 15 anos ou mais eram analfabetos, contra 6,9% dos pretos ou pardos. No ensino superior, apenas 2,9% dos pretos ou pardos com 18 a 24 anos haviam concluído a graduação, frente a 6,2% dos brancos.
Também persistem diferenças na escolarização entre os sexos: mulheres seguem com média de 10,3 anos de estudo, contra 9,9 dos homens.
Educação infantil e técnica também avançam - A escolarização das crianças de 4 a 5 anos atingiu 93,4%, e a das crianças de 6 a 14 anos chegou a 99,5%, refletindo a continuidade da universalização do ensino fundamental. No entanto, a falta de creches segue sendo um problema grave nas regiões Norte e Nordeste, especialmente para crianças de até 3 anos.
Outro dado relevante diz respeito à formação técnica: o número de estudantes em cursos técnicos de nível médio cresceu 28,8% entre 2019 e 2024, passando de 646 mil para 832 mil pessoas.
Compromisso com o futuro - Com os dados positivos da PNAD Contínua, o presidente Lula reforça sua aposta na educação como eixo central do desenvolvimento social e econômico do país. “Seguiremos investindo, do ensino básico ao superior”, garantiu em sua publicação.
FONTE:
"Estamos no rumo certo", diz Gleisi Hoffmann sobre avanços na educação e recorde de brasileiros com ensino superior
Ministra destaca políticas iniciadas no governo Lula como responsáveis por aumento na escolaridade e redução do analfabetismo, segundo dados do IBGE
A ministra das Relações Institucionais do governo Lula (PT), Gleisi Hoffmann (PT), celebrou os avanços educacionais registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2024. Em uma postagem nas redes sociais, Gleisi afirmou que “pela primeira vez a população brasileira com mais de 25 anos tem ensino superior completo, de acordo com o IBGE”, classificando o dado como um “recorde histórico”.
Segundo a ministra, esse resultado é fruto de políticas lançadas nos governos anteriores de Lula. Ela citou como marcos decisivos o Programa Universidade para Todos (Prouni), o Novo Fies, o Reuni e as políticas de cotas. “Ainda há muito a fazer, mas os resultados mostram que estamos no rumo certo. Dinheiro para educação é investimento!”, declarou.
Ensino superior atinge recorde - De acordo com a PNAD Contínua sobre Educação, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE, 20,5% das pessoas com 25 anos ou mais de idade tinham ensino superior completo em 2024 — o maior índice da série histórica, iniciada em 2016. A marca supera o percentual de 19,7% registrado em 2023.
Também cresceu a proporção de brasileiros que concluíram a educação básica obrigatória (ensino médio ou superior): de 54,8% em 2023 para 56,0% em 2024. Entre as mulheres, o índice chegou a 57,8%.
Analfabetismo atinge menor taxa da série histórica - Outro dado comemorado por Gleisi foi a taxa de analfabetismo no Brasil, que caiu para 5,3% da população com 15 anos ou mais, totalizando 9,1 milhões de pessoas. Em 2016, esse número era de 6,7%.
“Batemos também o recorde histórico de alfabetização”, destacou a ministra. A queda em relação a 2023 (5,4%) representa menos 197 mil pessoas analfabetas.
A pesquisa mostra ainda que o analfabetismo segue altamente concentrado em regiões historicamente mais vulneráveis. O Nordeste responde por 55,6% do total de analfabetos do país, e o Sudeste por 22,5%. Entre os idosos com 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo é de 14,9%.
Desigualdades persistem - Apesar do avanço geral, os dados apontam desigualdades raciais e regionais persistentes. Entre as pessoas pretas ou pardas com 15 anos ou mais, a taxa de analfabetismo foi de 6,9%, mais que o dobro dos 3,1% verificados entre pessoas brancas. A média de anos de estudo também evidencia essa disparidade: 11,0 anos entre brancos e 9,4 entre pretos ou pardos.
Além disso, apenas 27,1% dos jovens de 18 a 24 anos estavam cursando o ensino superior — índice ainda distante da meta de 33% prevista no Plano Nacional de Educação (PNE). Entre jovens brancos, esse índice chega a 37,4%, mas entre pretos e pardos é de apenas 20,6%.
Abandono escolar e evasão seguem desafiando políticas públicas - O estudo também aponta que 8,7 milhões de jovens entre 14 e 29 anos não haviam completado o ensino médio em 2024. A maioria era formada por pessoas pretas ou pardas (72,5%) e homens (59,1%).
A evasão escolar se intensifica a partir dos 16 anos, com taxas que superam 20% aos 18. Os principais motivos citados para o abandono foram a necessidade de trabalhar (42,0%) e a falta de interesse (25,1%). Entre as mulheres, a gravidez apareceu como segundo maior motivo (23,4%), seguida de afazeres domésticos (9,0%).
Creches continuam inacessíveis para muitos - A falta de vagas em creches ainda é uma barreira considerável. No Norte e no Nordeste, cerca de 40% dos pais ou responsáveis de crianças entre 0 e 3 anos apontaram a ausência de creches ou a recusa de matrícula como motivo para a não frequência escolar.
Embora o Brasil esteja longe de alcançar todas as metas do PNE, os dados de 2024 sinalizam progressos consistentes em áreas estratégicas da educação. A ampliação do acesso ao ensino superior, a redução do analfabetismo e o crescimento da escolarização infantil são conquistas que, na avaliação da ministra Gleisi Hoffmann, se devem à continuidade de políticas públicas iniciadas nas gestões petistas. “Estamos no rumo certo”, resumiu.
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