Eleitorado mais jovem e diverso

Eleitorado mais jovem e diverso

UM ELEITORADO MAIS JOVEM E MAIS DIVERSO

Eduardo Chaves, Thallys Braga e Renata Buono | 08ago2022

tamanho e a diversidade do eleitorado brasileiro avançaram desde as eleições gerais de 2018. Embora mulheres e homens adultos de meia idade continuem formando o ponto de sustentação da pirâmide etária do voto, em 2022 mais jovens estão aptos a participar do pleito, resultado da campanha massiva que artistas e influenciadores realizaram nas redes sociais no início  do ano. O Tribunal Superior Eleitoral também registrou um crescimento de 35% na emissão de títulos para pessoas com deficiência, e a inclusão de nomes sociais nos documentos de eleitores transgêneros cresceu 374%. A quantidade de brasileiros residentes no exterior e habilitados para votar também está maior. Nesta semana, o =igualdades faz o perfil do voto para as eleições de 2022.

 

A pirâmide etária do eleitorado brasileiro é dominada por mulheres adultas. Não à toa, é delas que o presidente Bolsonaro vem buscando apoio para se reeleger.  As brasileiras de 30 a 44 anos representam 16% dos votantes, a parcela mais expressiva entre todos os grupos etários. Entre os homens, a parcela com mais eleitores está entre 25 e 39 anos – 23 milhões, 15% do total.

 

Cerca de 156 milhões de brasileiros estão aptos a votar em 2022 – um aumento de 6,2% em relação a 2018, quando o país registrou 147 milhões de eleitores. Somando quem vai votar pela primeira vez, estrangeiros naturalizados, adultos e idosos regularizados, 9,1 milhões de novos títulos foram emitidos para este ano. O número é maior que o do eleitorado da Bélgica na última eleição do país, que em 2019 ficou em 8,1 milhões.

A mobilização digital para estimular os jovens a participarem das eleições surtiu efeito. Em 2022, 2,1 milhões de jovens de 16 e 17 anos emitiram o título de eleitor e estão aptos a votar em outubro. É um recorde, segundo o TSE. Para se ter uma ideia, são 700 mil jovens eleitores a mais que em 2018.

 

A adesão juvenil à eleição foi ainda mais expressiva entre as mulheres. Desde 2014, o TSE nunca habilitou tantas eleitoras de primeiro voto quanto agora. Cerca de 1,1 milhão de garotas de 16 e 17 anos estão regularizadas para ir às urnas em outubro, 63% a mais que em 2018.

Neste ano, o número de pessoas trans que solicitaram a inclusão do nome social no título de eleitor é cinco vezes o de 2018. Naquele ano, o TSE incluiu o nome social em 7.945 títulos de eleitor. Em 2022, 37.646 alterações foram registradas – um aumento de 374%.

 

Mais brasileiros residentes no exterior poderão votar este ano. Ao todo, 697.078 eleitores fizeram o cadastro para votar à distância – um aumento de 39% em comparação com 2018. Há quatro anos, o eleitorado do exterior totalizava 500.727 brasileiros.

Nas eleições presidenciais de 2014 o eleitorado tinha 426 mil pessoas com algum tipo de deficiência; em 2018, eram 940 mil. O grupo chega a 1,3 milhão de eleitores com deficiência em 2022, três vezes o registrado no pleito ocorrido há oito anos.

 

Com cerca de 15,5 milhões de idosos eleitores aptos a votar neste ano, o Sudeste é a região brasileira campeã desta faixa etária. Os votantes acima de 60 anos representam 23% dos eleitores da região. Ainda, o número é maior que o eleitorado total do Centro-Oeste (11,5 milhões) e do Norte (12,5 milhões).

Fontes: Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Governo da Bélgica

Eduardo Chaves - Estagiário de jornalismo na piauí

Thallys Braga (siga @thallysbraga no Twitter)- Estagiário de jornalismo na piauí

 

https://piaui.folha.uol.com.br/um-eleitorado-mais-jovem-e-mais-diverso/?fbclid=IwAR0wfmpLbJRZxP1Y59DxhtpDwWXyslfyDeJH6ypxoE4k3GXLQXKPSwbpvts 




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