Estudante de Escola Quilombola é destaque

Estudante de Escola Quilombola é destaque

Estudante de Escola Quilombola é destaque na Olimpíada Brasileira de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena

Ela integra a Vozes Ancestrais, equipe que valoriza as identidades e memórias ancestrais promovendo protagonismo aos estudantes

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A estudante Maria Isabelly D’Agostini da Silva e o professor Emerson Magni celebram a conquista - Foto: Acervo pessoal | Maria D'Agostini

 

 

A estudante Maria Isabelly D’Agostini da Silva, de 16 anos, foi selecionada para receber uma bolsa de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) ao integrar o Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC). Maria Isabelly é integrante da equipe Vozes Ancestrais, da Escola Estadual Quilombola de Ensino Médio Santa Teresinha, de Maquiné, que conquistou destaque nacional ao alcançar a 16ª colocação nacional na Olimpíada Brasileira de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena (Obereri). 

Para a estudante, a oportunidade é uma forma de expandir seus conhecimentos: “Foi uma experiência incrível, gostei bastante de me aprofundar sobre os povos originários, especialmente do povo quilombola. Pude aprender um pouco mais sobre os meus antepassados. Me senti muito honrada por representar minha escola e minha comunidade. Com certeza, vai ser uma experiência única e muito importante para mim”, enfatiza a jovem quilombola, do Quilombo Morro Alto, ao projetar a sua inserção na pesquisa científica. 

A equipe Vozes Ancestrais, composta por 10 estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental, que hoje estão cursando o 1º ano do Ensino Médio, conquistou o 1º lugar na fase regional da Oberiri e ficou entre as 20 melhores colocadas no país. Eles representaram o Rio Grande do Sul como a única escola quilombola da Rede Estadual na competição, que conta com provas e atividades em diferentes níveis. “Contamos com o comprometimento de todos os alunos envolvidos no projeto. Eles mergulharam com seriedade e sensibilidade nos temas propostos pela olimpíada”, destaca o professor Emerson Magni, coordenador da equipe. 

O diretor da escola, Ronie Simon, pontua a conquista como a representação do projeto pedagógico da escola, que busca ser exemplo na luta contra a discriminação e o racismo. "Esperamos que o trabalho dos profissionais e dos alunos de nossa Escola, possa  trazer uma consciência social de respeito às  diferentes culturas e valorização de nossa história. A bolsa de R$300 recebida pela aluna Maria Isabelly, dá a oportunidade de continuar os estudos, visando o reconhecimento dos povos de origem africana e indígena, como os principais formadores da população brasileira, seus legados e importância para a nossa comunidade e toda a sociedade", reflete o gestor.

Sobre a Oberiri

A Olimpíada Brasileira de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena é uma iniciativa da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN) e funciona como uma espécie de competição acadêmica que busca promover a reflexão, o debate e a conscientização sobre as questões étnico-raciais no Brasil.

Com base nas Leis 10.639/03 e 11.645/08, a olimpíada visa fortalecer a implementação das diretrizes curriculares, incentivar o interesse de estudantes pela história da diáspora africana e dos povos originários, e desmistificar mitos relacionados às cotas étnico-raciais.

FONTE:

https://educacao.rs.gov.br/estudante-de-escola-quilombola-e-destaque-na-olimpiada-brasileira-de-historia-e-cultura-afro-brasileira-africana-e-indigena 




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