Estudantes pobres em países ricos

Estudantes pobres em países ricos

Estudantes pobres de países ricos aprendem mais do que alunos ricos no Brasil

Um estudo produzido pela Universidade de Harvard e pelo Centro para o Desenvolvimento Global, nos Estados Unidos, constatou que estudantes pobres de países ricos tendem a ter um desempenho escolar melhor que o de alunos ricos de países pobres.

15.10.20  

© Fornecido por Cabeça de Criança Imagem de Megan Soule por Unsplash

 

Segundo o site 6 Minutos, o estudo foi realizado simulando os resultados possíveis dos estudantes brasileiros nos testes internacionais Trends in International Mathematics and Science Study (TIMSS), que avalia os os conhecimentos em matemáticas e ciência, e Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS), que mede os conhecimentos em leitura e literatura. O Brasil não participa destes testes, apenas do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), elaborado pela OCDE, que não é comparável em escala global.

Foi revelado que o fator de maior peso para o seu desempenho escolar é o país onde você mora, com 46% de peso no resultado final. Em seguida, vem a renda familiar, com 32% de peso. Este resultado é impressionante, porque mostra que a renda familiar, ou seja, a capacidade de custeio de um estudo de melhor qualidade, é menos importante do que o sistema educacional do país como um todo.

De acordo com o 6 Minutos, os autores do estudo, Dev Patel e Justin Sandefur, disseram que essa evidência vence a impressão de que alunos ricos têm desempenho melhor, pois indica que alunos com o mesmo nível de renda têm diferentes graus de conhecimento educacional, dependendo do país em que eles moram.

Apesar disso, salientam que em países desiguais, como o Brasil, a renda tem um poder maior que a média sobre o desempenho individual dos alunos. Ainda assim, foi possível concluir que, mesmo os estudantes brasileiros de famílias mais ricas, têm um desempenho educacional inferior a alunos pobres de países como Rússia, Estados Unidos, Alemanha, Japão e Coreia do Sul.

Um exemplo disso é o caso de um aluno da Rússia, com renda anual familiar de US$ 2 mil, que teve um desempenho superior em matemática do que um aluno brasileiro com renda anual familiar de US$ 15 mil. A renda foi padronizada de acordo com o critério do PPC (PIB por Paridade de Compra), para que os resultados sejam comparáveis.

Outro resultado interessante do estudo foi em relação ao gênero dos alunos: meninos têm um desempenho melhor nos testes de matemática, enquanto as meninas se mostram melhores na leitura e literatura.

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