Falta de luz suspende aulas
Falta de luz suspende aulas nesta sexta em colégio estadual com mais de mil alunos no bairro Azenha, em Porto Alegre
Colégio Inácio Montanha também tem ar condicionados instalados há mais de uma década, mas vice-diretor alega que não podem ser utilizados pela falta de subestação
O Colégio Estadual Inácio Montanha, no bairro Azenha, em Porto Alegre, com mais de 85 anos de história, sofre com problemas estruturais há mais de uma década, e nesta sexta-feira, as aulas foram suspensas devido à falta de energia elétrica. Na manhã desta sexta-feira, a luz voltou em meia fase. “Não podemos ligar o ar condicionado porque cai a energia devido a falta de uma subestação. O pedido foi feito há 13 anos, e ainda não foi solucionado. Já fizemos várias vezes a renovação do projeto”, diz o vice-diretor do colégio, Luiz Antônio Pasinato.
Ainda segundo ele, a solução paliativa é ligar os ventiladores, que não dão conta do forte calor. Mais de dez ar condicionados estão instalados desde 2012, porém não podem ser usados devido à instabilidade na rede elétrica. A escola tem 1.080 alunos nos três turnos, com 18 salas de aula e seis turmas, e é um dos colégios públicos mais procurados de Porto Alegre devido ao seu fácil acesso, na avenida João Pessoa, ponto de passagem de diversas linhas de transporte público e lotações. “Ninguém aguenta o calor dentro das salas de aula. Imagine, 35 alunos em sala somente com os ventiladores, fica impossível.”
De acordo com ele, a CEEE Equatorial esteve verificando a situação e teria dito que o transformador estava comprometido, o que não apenas afeta o colégio, mas também os vizinhos. Com a falta de luz, quilos de alimentos que estavam nas geladeiras estragaram. Nos últimos dias, seguindo ofício expedido pelo governo do Estado, o horário de entrada e saída dos alunos foi flexibilizado. A luz é apenas parte do problema, porque, segundo Pasinato, há inúmeras infiltrações, principalmente no prédio A, mais próximo da avenida.
Assim, no laboratório de informática, por exemplo, os notebooks e computadores precisam permanecer permanentemente cobertos com lonas, para que a água não caia sobre eles. As paredes estão repletas de marcas d’água e o piso, em alguns locais, está apodrecendo, pois inunda a cada chuva. Pasinato disse ter enviado fotos dos alagamentos diretamente à titular da Seduc, Raquel Teixeira, no último dia 17, cobrando uma solução para o colégio, e ouviu dela que o assunto já estava em análise.
Cpers acompanhou situação na escola
A diretora do 39º Núcleo do Cpers Sindicato, Neiva Lazzarotto, acompanhou a situação nesta manhã no colégio, e criticou a situação. “É lamentável, eu diria que é quase criminoso. Nisso, há a sonegação de um direito dos estudantes, que, muitas vezes, vêm de muito longe para cá em busca de estágio e emprego no Centro. A CEEE Equatorial é uma empresa privatizada, não tem a responsabilidade, mas o dever de atender os problemas apontados. Por parte das secretarias de Educação e Obras Públicas (SOP), é uma negligência. Esta onda de calor extremo nos obrigou a solicitar ação judicial, e obtivemos a liminar (suspendendo o início das aulas)”, comentou ela.
“Somente o ventilador não adianta, os especialistas dizem que, no forte calor, até circula este ar prejudicial à saúde. Isto é uma irresponsabilidade”, acrescentou. Questionada se esta situação pode ser utilizada como subsídio para uma nova liminar, ela disse que sim. “Não descartamos o pedido de uma nova ação judicial, ou uma liminar. A própria presidente do sindicato disse que a há uma avaliação em curso. Temos que usar todos nossos meios, porque não queremos ver em uma escola nossa uma Pousada Garoa, uma Boate Kiss”, salientou.
O que dizem CEEE Equatorial, Seduc e SOP
Procurada, a CEEE Equatorial disse que foi identificado defeito em um equipamento da rede que atende a região, e que o reparo já está sendo realizado nesta sexta-feira. Já a Seduc e a SOP encaminharam nota conjunta, em que a obra de recuperação do colégio deve começar em três semanas, e que o projeto de construção da subestação já foi aprovado pela concessionária de energia elétrica.
Além da readequação da rede elétrica, as secretarias disseram que serão realizadas recuperações na cobertura, pintura de muros, gradis, fachadas externas e da quadra poliesportiva, que terá ainda manutenção das tabelas de basquete e goleiras. Disse ainda que o investimento total na escola será de R$ 1 milhão.
Leia a nota completa da CEEE Equatorial
A CEEE Equatorial informa que foi identificado defeito em um equipamento da rede que atende região. O reparo já está sendo realizado nesta sexta-feira (28).
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