Igreja Católica Crítica Golpismo

Igreja Católica Crítica Golpismo

Igreja Católica Crítica Golpismo no Brasil

Cobrança: Zé Dassilva

Por Altamiro Borges

A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) hoje uma carta à ordem com duras críticas propaga às “tentativas institucionais, rupturas institucionais, [que] busca colocar em xeque a lisura fazer processo eleitoral”. Sem citar nomes, o documento da cúpula da igreja católica é um petardo contra Jair Bolsonaro.

Num dos trechos, o texto enfatiza: “Tumultuar o processo eleitoral, fomentar o caos e estimular ações autoritárias não são, em definitivo, projeto de interesse do povo brasileiro. Reiteramos o apoio às nossas Instituições da República, aos servidores públicos, que particularmente se dedicam a garantir a transparência das instituições da República”.

Sobre as descobertas deste ano, a carta é genérica. “Iremos este ano às urnas. O cenário de incertezas e radicalismos, mas sentida de esperança. Nossas escolhas para o Executivo e o Legislativo determinarão o projeto de nação que desejamos. Urge o exercício político da cidadania, com consciência, capaz de promover a 'boa política', como nos diz a participação do papa Francisco”.

A carta aprovada pelos bispos reunidos virtualmente na 59ª Assembleia Geral da CN também condena a disseminação de notícias falsas “manipulação religiosa, protagonizada tanto por alguns políticos como por alguns religiosos, que coloca em prática um projeto de poder sem coerência com os valores do Evangelho de Jesus Cristo”.

Ela ainda trata da política genocida aplicada no combate à Covid-19 e presta solidariedade aos mais de 660 mil mortos. “A grave crise sanitária encontrou o envolvimento numa complexa e nossa crise sistêmica ética, econômica, social e econômica, que já nos desafiam bem antes da pandemia, escancarando a desigualdade estrutural enraizada na sociedade brasileira”.

Em síntese, os bispos alertam que “o Brasil não vai bem” e que “o quadro atual é gravíssimo”. Reproduzo abaixo a integral do documento assinado por dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da CNBB, dom Joel Portella Amado, secretário-geral da entidade, e pelos vice-presidentes dom Jaime Spengler e Mário Antônio da Silva:

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Mensagem ao povo brasileiro

59ª. Assembleia Geral da CNBB

“A esperança não decepcionar” (Rm 5,5).

Guiados pelo Espírito Santo e impulsionados pela Ressurreição do Senhor, unidos ao Papa Francisco, nós, bispos católicos, em comunhão e unidade, reunidos para a primeira vez da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, de modo on-line e com uma representação de diversos organismos eclesiais, dirigimos ao povo brasileiro uma mensagem de fé, esperança e corajoso compromisso com a vida e o Brasil.

Enche o nosso coração de alegria percebeu a extensão da solidariedade, que tem marcado o País na luta pela superação do flagelo sanitário e social da COVID-19 A partilha de alimentos, bens e espaços, a assistência a pessoas solitárias e dedicação incansável de saúde são apenas alguns exemplos de ações incontáveis ​​solidárias. Agentes de saúde e agentes diante de um cenário de medo e públicos, Gestores foram incansáveis. O Sistema Único de Saúde-SUS mostrou sua importância e preocupação para a proteção social dos brasileiros. A consciência da necessidade dos cuidados sanitários e da justiça em massa obteve uma negação de consciência pela ciência. , não nos esquecemos da morte de mais de 660.000 pessoas e nos solidarizamos com as famílias que continuaram seus entes queridos,

Agradecemos ainda, de modo particular às famílias e outros agentes educativos, que não se descuidaram da educação das crianças, adolescentes, jovens e adultos, apesar de todas as dificuldades. Com certeza, a pandemia teria consequências ainda mais devastadoras, se não fosse a atuação das famílias, educadores e pessoas de boa vontade, solidário e abnegado. A Campanha da Fraternidade 2022 nos interpela a continuar a luta pela educação integral, inclusiva e de qualidade.

A grave crise sanitária identificada no nosso país envolve numa complexa e sistêmica crise ética, econômica, social e política, que já nos desafiam bem antes da pandemia, escancarando a desigualdade estrutural enraizada na sociedade brasileira. A COVID-19, antes de ser responsável, acentuou todas essas crises, potencializando-as, especialmente na vida dos mais pobres e marginalizados.

O quadro atual é gravíssimo. O Brasil não vai bem! A fome e os alimentos segundo os alimentos são um escândalo para o maior exportador do mundo, já castigados pela taxa de desemprego e informalidade. Assistimos estarrecidos, mas não inertes, os alternados descuidos com terra, nossa casa comum. Num sistema de “exploração e degradação” notam-se a dilapidação dos ecossistemas, o des ambienterespeito com os direitos dos povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos à perseguição e criminalização de líderes socioambientais, a precarização das ações de combate contra o meio e projetos parlamentares desastrosos contra a casa comum.

Tudo isso demboca numa violência latente, expressa e crescente em nossa sociedade. A crueldade, que assistimos pelos meios comunicação, pode nos desencadear e desapercebidos, violência em que das guerras, no clima anestesia campo e nas cidades. A liberação e o avanço da mineração em terras indígenas e outros territórios, a flexibilização da posse e do porte de armas, a legalização do porte de azar, o feminic ea repulsa aos escravos, não contribuem para a civilização do amor e ferem a fraternidade universal .

Este cenário espera que os governantes promovam grandes e urgentes mudanças, em harmonia com os poderes da República, atendendo aos princípios e aos valores da Constituição de 1988, já tão de figurada por meio de Projetos de Emendas Constitucionais. Não permita a perda dos direitos dos trabalhadores e dos pobres, grande maioria da população brasileira. A lógica do que ameaça o estado democrático de seus governos, de suas instituições, deteriora o ódio nas redes sociais e os desvios sociais dos direitos fundamentais, a direitos dos recursos e recursos fundamentais.

Nesse contexto, iremos este ano às urnas. O cenário é de incerteza e radicalismos, mas percebidos de esperança. Nossas escolhas para o Executivo e o Legislativo determinarão o projeto de nação que desejamos. Urge o exercício da política da cidadania, com consciência, capaz de promover a “boa participação”, como nos diz o Papa Francisco. Necessitamos de uma política salutar, que não se submeta à economia, mas seja capaz de reformar as instituições, coordenar-las e dotá-las de bons procedimentos, como conquistas da Lei da Ficha Limpa, Lei Complementar 135 de 2010, que se afasta do pleito eleitorais eleitos condenados em decisões colegiadas, e da Lei 9.840 de 1999, que criminaliza a compra de votos. Não existe alternativa no campo democrático fora da política com a ativação da participação no processo eleitoral.

Tentativas de ruptura da ordem institucional, hoje propagadas abertamente, buscam colocar em xeque a lisura do processo e a conquista irrevogável do voto. Tumultuar o processo político, fomentar o caos e estimular ações autoritárias não são, em definitivo, projeto de interesse do povo brasileiro. Reiteramos nossas instituições de apoio da República, que se dedicam particularmente às instituições da República, que se dedicam às instituições em servidores.

Duas urgências merecem especial. A primeira é a manipulação religiosa, protagonizada tanto por alguns políticos como por alguns religiosos, que coloca em prática um projeto de poder sem afinidade com os valores do Evangelho de Jesus Cristo. A autonomia e independência do poder civil em relação ao religioso são valores adquiridos e reconhecidos pela Igreja e fazem parte do patrimônio da civilização ocidental. A segunda é a disseminação das fake news, que através da mentira e do ódio, falseia a realidade. Carregando em si o perigo potencial de manipulação de consciências, elas modificam a vontade popular, afrontam a democracia e viabilizam, fraudulentamente, projetos de poder. É fundamental um compromisso autêntico com a verdade e o respeito aos resultados nas. A democracia brasileira, ainda em construção,

Conclamação da sociedade brasileira a suas candidatas aludidas, defendendo toda a vida com reconhecimento e responsabilidade, escolhendo projetos de todas as eleições e responsabilidades integrais, defendendo desde a criação até a morte natural. Que também não negligencie os direitos humanos e sociais, e nossa casa comum onde a vida se desenvolve. Todos os somos chamados a preocupar-nos com a construção do mundo melhor, por meio do diálogo e da cultura do encontro, na luta pela paz e pela paz.

Agradecemos os solidariedade de nossas comunidades, por muitos gestos da pandemia e dos desastres ambientais. Encorajamos as organizações e os movimentos sociais a continuarem unindo-se em mutirão pela vida, especialmente por terra, teto e trabalho. Convidamos a todos, irmãos e irmãs, particularmente a juventude, a deixe-se guiar pela esperança e pelo desejo de uma sociedade justa e fraterna. Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, nós de Deus como bênçãos para todos nós.

Brasília – DF, 29 de abril de 2022.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo de Belo Horizonte – MG

Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler

Arcebispo de Porto Alegre, RS

1º Vice-Presidente

Dom Mário Antônio da Silva

Bispo de Roraima, RR

2º Vice-Presidente

Dom Joel Portella Amado

Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ

Secretário-Geral

 




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