Indicadores do Idese do RS
Rio Grande do Sul atinge o maior patamar da série histórica nos indicadores do Idese
Entre os municípios, Água Santa assume a primeira colocação, seguida de Carlos Barbosa e Aratiba
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O Rio Grande do Sul atingiu em 2019 o maior patamar da série histórica no Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese), indicador que sinaliza a situação socioeconômica do Estado a partir de dados relativos à Educação, Saúde e Renda. Os números calculados pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), mostram que no último ano analisado o RS alcançou um índice geral de 0,776, em uma escala de vai de 0 (pior resultado) a 1 (melhor resultado).
Entre os blocos que compõem o índice, o bloco relativo à Saúde é o que apresenta o desempenho mais elevado, passando de 0,825 em 2018 para 0,830 em 2019. Os índices acima do patamar de 0,800 são considerados de alto desenvolvimento. O bloco Renda, que mede a geração e apropriação de riqueza no Estado, chegou a 0,751 em 2019 (0,740 em 2018), e o Educação também registrou variação positiva, chegando a 0,747, contra 0,736 em 2018.
Divulgado nesta quarta-feira (5/1), os dados mostram que na evolução histórica, entre 2013 e 2019, o bloco Educação foi o que apresentou maior elevação, com crescimento de 9,38% no período, mais do que o dobro da alta no índice geral do Estado, situado em 4,27%.
"Entre os resultados obtidos em 2019, sem dúvida a boa notícia vem do bloco Educação, onde sempre tivemos mais dificuldade. Naquele ano, o desempenho dos anos iniciais do Ensino Fundamental na prova do Saeb [Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica] foi muito positivo, assim como a cobertura de matrículas da Educação Infantil e do Ensino Médio entre as populações das faixas etárias correspondentes", avalia o pesquisador do DEE/SPGG Tomás Fiori, responsável pelo estudo.
Idese nos municípios
Pela primeira vez desde o início da série histórica, em 2013, Carlos Barbosa não aparece na liderança do índice no Estado. Em 2019, o município da Serra perdeu o posto para Água Santa, que apresentou um Idese total de 0,892, contra 0,890 de Carlos Barbosa, segundo lugar na lista. Aratiba (0,871), Ipiranga do Sul (0,867) e Veranópolis (0,854) completam o ranking dos cinco primeiros colocados.
O estudo também destaca que 31,15% da população gaúcha vivia em municípios considerados de desenvolvimento elevado em 2019, com Idese igual ou superior a 0,800, enquanto 68,85% estava em municípios de médio desenvolvimento, os com Idese entre 0,500 e 0,800. O percentual da população em municípios de desenvolvimento elevado superou pela primeira vez a barreira dos 30% (em 2018 era de 29,24%).
Ranking de municípios por bloco
Renda
1º – Água Santa: 0,952
2º – Carlos Barbosa: 0,949
3º – Porto Alegre: 0,900
4º – Ipiranga do Sul: 0,895
5º – Aratiba: 0,892
Saúde
1º – Santo Expedito do Sul: 0,946
2º – São João da Urtiga: 0,932
3º – Sananduva: 0,930
4º – União da Serra: 0,927
5º – Fagundes Varela: 0,924
Educação
1º – Picada Café: 0,882
2º – Severiano de Almeida: 0,866
3º – Barra Funda: 0,858
4º – Ivoti: 0,855
5º – São Vendelino: 0,855
No ranking das cidades com mais de 100 mil habitantes, Porto Alegre (0,835) é a líder, seguida de Bento Gonçalves (0,830) e Caxias do Sul (0,824). Nos municípios que têm entre 20 mil e 100 mil habitantes, Carlos Barbosa aparece em primeiro lugar, seguida de Veranópolis e Horizontina (0,841).
Em relação aos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), Serra (0,828), Noroeste Colonial (0,816) e Norte (0,812) continuam liderando o ranking do Idese em 2019, agora seguidos de Alto Jacuí (0,808) e Produção (0,804), todos alcançando o patamar de alto desenvolvimento socioeconômico.
Sobre o Idese
O Idese é um índice que tem por objetivo medir o grau de desenvolvimento dos municípios gaúchos, a partir de aspectos quantitativos e qualitativos quanto ao desenvolvimento nestas três áreas citadas. Sua divulgação incluiu também os indicadores por Coredes, além de outras regionalizações importantes para o planejamento, como as Microrregiões do IBGE, Regiões de Saúde, Educação etc.
Texto: Vagner Benites/Ascom SPGG
Edição: Secom