Israel perdeu a guerra

Israel perdeu a guerra

Israel perdeu a guerra. E agora?

“Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um exército altamente preparado e mulheres e crianças”, disse o presidente Lula. Mas Israel perdeu, escreve Pomar

 Todos os domingos à noite, o programa “Fantástico”, da TV Globo, faz propaganda da versão da “guerra entre Israel e o Hamas”, denominação inicial da resposta militar contra o ataque terrorista dia 7 de outubro de 2023. A realidade é que a resposta de Israel ao ataque se transformou em assassinato em massa continuado da população na Faixa de Gaza, massacre a anos-luz de distância da delicada “desproporção da resposta” que alguns ainda utilizam na tentativa de mostrar que discordam do que Israel está fazendo.

“Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um exército altamente preparado e mulheres e crianças”, disse o presidente Lula, em discurso muito criticado por (https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2024-02/lula-critica-paises-por-corte-de-ajuda-humanitaria-palestina#:~:text=O%20presidente%20da%20Rep%C3%BAblica%2C%20Luiz,Israel%20na%20Faixa)  
dirigentes da extrema-direita e do governo de Israel exibidos pelo “Fantástico” na noite de 18 de fevereiro.

Sempre é bom lembrar que quem matou Yitzhak Rabin, general e primeiro-ministro israelense que tentou estabelecer um acordo de paz com os palestinos, foi um jovem israelense de extrema-direita. O assassinato ocorreu logo após o encerramento de um comício pela paz, com mais de 100 mil pessoas, em 4 de novembro de 1995. A extrema-direita israelense propagou campanha de ódio contra Rabin por causa dos acordos de paz assinados em 13 de setembro de 1993 e em 24 e 28 de setembro de 1995. E as falhas de segurança que facilitaram seu assassinato sempre fizeram pensar haver envolvimento de gente importante da extrema-direita.

FONTE:

https://www.brasil247.com/ideias/israel-perdeu-a-guerra-e-agora?tbref=hp 

 

 

 

 

18.02.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Coletiva de imprensa. Adis Abeba - Etiópia.

Foto: Ricardo Stuckert / PR



Lula critica países por corte de ajuda humanitária à Palestina

Presidente garantiu que o Brasil fará novo aporte de recursos

Publicado em 18/02/2024 - Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro 

 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou neste domingo (18) os cortes na ajuda humanitária à Palestina anunciado nas últimas semanas por diversos países. Em viagem à Etiópia, o líder brasileiro voltou a classificar como "genocídio" as ações militares perpetradas por Israel na Faixa de Gaza.

"Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um exército altamente preparado e mulheres e crianças", lamentou Lula. O presidente garantiu que o Brasil fará novo aporte de recursos para ações humanitárias na região.

Mais de 10 países - entre eles Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Itália, Suíça, Irlanda e Austrália - chegaram a suspender repasses para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês). A entidade, ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), é a maior responsável por ações humanitárias implementadas na Faixa de Gaza.

Os cortes foram anunciados após Israel denunciar o envolvimento de alguns funcionários da entidade nos ataques realizados pelo grupo palestino Hamas no sul do país, em outubro do ano passado. O governo israelense também defendeu que a UNRWA fosse extinta e substituída por outras agências.

Por sua vez, a entidade anunciou o afastamento dos acusados, mas criticou a suspensão dos repasses financeiros. O chefe da UNRWA, Phillipe Lazzarine, pontuou que as alegações envolvem um grupo pequeno de funcionários. Ele também destacou que as vidas das pessoas na Faixa de Gaza dependem das contribuições internacionais, sem as quais diversas comunidades ficarão desamparadas. "A UNRWA é a espinha dorsal da resposta humanitária e a tábua de salvação de milhões de refugiados em toda a região", escreveu nas redes.

Ações

Entre os serviços sociais desenvolvidos pela entidade estão a construção e administração de escolas, abrigos para desalojados e clínicas médicas. Ela também é responsável por distribuição de alimentos. Além disso, a UNRWA é um importante contratante de mão de obra em uma região que conta com boa parte da população desempregada.

"Quando eu vejo países ricos anunciarem que estão parando de dar contribuição para a questão humanitária aos palestinos, eu fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente e qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio. Se tem algum erro dentro de uma instituição que recolhe dinheiro, puna-se quem errou. Mas não suspenda ajuda humanitária para um povo que está há tantas décadas tentando construir o seu Estado", criticou Lula.

O presidente brasileiro disse que os valores do novo aporte brasileiro ao UNRWA ainda serão definidos. Ele cobrou que as lideranças mundiais assumam um comportamento responsável em relação ao ser humano. "O que está acontecendo na Faixa da Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás existiu quando Hitler resolveu matar os judeus. E você vai deixar de ter ajuda humanitária? Quem vai ajudar a reconstruir aquelas casas que foram destruídas? Quem vai devolver a vida das crianças que morreram sem saber porque estavam morrendo?", questionou.

Na quinta-feira (15), após a Irlanda anunciar a retomada das contribuições, o chefe da UNRWA, Phillipe Lazzarine, agradeceu o país pelas redes sociais. Ele conclamou outras nações a seguirem pelo mesmo caminho.

"Quatro meses em uma guerra brutal. O custo para os civis é inimaginável. 5% da população de Gaza já sofreu mortes, ferimentos ou separação. 17 mil crianças arrancadas dos pais. A fome se aproxima. A ajuda desesperadamente necessária não está indo para Gaza. Uma ação urgente é crucial para travar este crescente desastre humanitário. Não há substituto para o papel do UNRWA na ausência de uma solução política genuína. Afirmar o contrário não só coloca em risco a vida de pessoas desesperadas, mas também compromete as possibilidades de uma transição bem sucedida", escreveu.

Estado Palestino

Lula disse que além de garantir nova contribuição humanitária, o Brasil vai defender na ONU que o Estado palestino seja reconhecido definitivamente como Estado pleno e soberano. O presidente brasileiro também voltou a se posicionar a favor de uma reforma na ONU, ampliando as participações no Conselho de Segurança e extinguindo o direito de veto mantido por Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.

"O que acontece no mundo hoje é falta de instância de deliberação. Nós não temos governança. Eu digo todo dia: a invasão do Iraque não passou pelo Conselho de Segurança da ONU. A invasão da Líbia, a invasão da Ucrânia e a chacina de Gaza também não passaram. Aliás, as decisões tomadas pela ONU não foram cumpridas. Nós estamos esperando para humanizar o ser humano. O Brasil está solidário ao povo palestino. O Brasil condenou o Hamas e não pode deixar de condenar o que o exército de Israel está fazendo", finalizou.

Edição: Aline Leal

FONTE:

https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2024-02/lula-critica-paises-por-corte-de-ajuda-humanitaria-palestina#:~:text=O%20presidente%20da%20Rep%C3%BAblica%2C%20Luiz,Israel%20na%20Faixa%20de%20Gaza 




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