Luta pelo adiamento das aulas

CPERS reforça na mídia a luta pelo adiamento das aulas e pela segurança da comunidade escolar
Nesta segunda-feira (10), o Sindicato, representado pela presidente Rosane Zan, ocupou diversos espaços na mídia gaúcha para tratar da ação judicial que garantiu o adiamento do ano letivo de 2025 até o dia 17 de fevereiro. Durante as entrevistas, a dirigente destacou os motivos que levaram a entidade a ingressar com a ação, enfatizando que o calor extremo, previsto para os próximos dias, representa um sério risco à saúde de educadoras(es) e estudantes.
Além do alerta climático, Rosane também chamou atenção para a estrutura precária das escolas estaduais, que não comportam temperaturas extremas. A maioria das salas de aula não possui ar-condicionado e, em muitos casos, nem mesmo ventiladores suficientes para amenizar o calor. Sem condições adequadas, professoras(es), funcionárias(os) e estudantes seriam forçadas(os) a enfrentar um ambiente insalubre, agravando ainda mais os riscos à saúde.
Diante das tentativas do governo Eduardo Leite (PSDB) de minimizar a gravidade da situação e desrespeitar a ordem judicial, o CPERS seguirá firme na luta, denunciando qualquer descumprimento e utilizando todos os meios necessários para assegurar que o retorno às aulas ocorra apenas após o pior desta onda de calor passar. Seguimos em defesa da vida e da dignidade de todos e todas!
Confira, no vídeo, a entrevista para o Bom Dia Grande, veiculada na RBS TV, na manhã desta segunda (10):
FONTE:

#AdiamentoJá: CPERS ingressa com ação para adiar o início do ano letivo para 17 de fevereiro
Devido ao alerta emitido pela MetSul Meteorologia sobre o alto risco de calor extremo no estado do Rio Grande do Sul, com previsão de temperaturas excepcionalmente altas e raramente registradas, e, principalmente, visando ao bem-estar e à segurança de toda a comunidade escolar, o CPERS ingressou, neste sábado (8), com uma ação solicitando o adiamento do início do ano letivo de 2025 para o dia 17 de fevereiro. A ação foi distribuída pelo plantão judiciário, com um pedido de liminar.
Retomar as aulas em meio a um evento climático extremo, com temperaturas que podem ultrapassar os 40°C e sensação térmica de 50°C em diversas regiões do estado, além de salas de aula e demais ambientes escolares sem a estrutura necessária para enfrentar tal situação, é colocar em risco a vida de professoras(es), funcionárias(os) e estudantes.
É vergonhosa a recomendação de que a comunidade escolar deve “se hidratar, vestir roupas leves, usar protetor solar e ficar atenta a possíveis situações de mal-estar” diante de um evento climático tão severo como o que estamos vivendo.
Segundo o alerta da MetSul, o calor ganhará ainda mais força durante este domingo e a segunda-feira vai marcar o começo do período mais crítico de calor, justo no dia da retomada das aulas. Na capital, a temperatura deve ficar ao redor de 38ºC a 40ºC e na região metropolitana deve passar de 40ºC. Municípios do Noroeste, Oeste, Centro, Campanha e Vales devem ter de 40ºC a 43ºC. A terça-feira pode ser o pior dia de calor deste episódio extremo.
Desde que assumiu o Piratini, Eduardo Leite (PSDB) tem como única regra para a educação a “lei da tesoura”: cortar, enxugar e excluir. Se, de fato, priorizasse a educação, como divulga na grande mídia e em suas redes sociais, preservaria a saúde daqueles que enfrentam desafios diários para exercer a profissão de ensinar.
O Rio Grande do Sul será um dos lugares mais quentes do mundo nesta segunda e na terça-feira, em que a temperatura deve desviar acima da média histórica. Diante deste cenário, diversos municípios gaúchos já suspenderam as aulas na próxima semana. O que o governador espera que aconteça ao manter o retorno no dia 10?
Conclamamos a todos que acreditam no poder transformador da educação a se manifestarem em todos os espaços possíveis, pressionando o governo para que adie a retomada das aulas já! Chega de negligência! Chega de negacionismo!
Fonte:
NOTA DO CPERS SOBRE DENÚNCIAS DE DESCUMPRIMENTO DA LIMINAR POR CREs/SEDUC
"Estamos recebendo inúmeros relatos de professoras(es) e funcionárias(os) informando que as Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) estão orientando o comparecimento às escolas estaduais na próxima semana. No entanto, essa exigência desrespeita a ordem judicial, que, entre os fundamentos para o adiamento das aulas, destacou o risco do deslocamento de estudantes e educadoras(es) diante das temperaturas extremas, conforme o recorte da decisão que acompanha este post.
Essa postura configura um descumprimento dos fundamentos da decisão judicial e demonstra, mais uma vez, o desprezo do governo Eduardo Leite (PSDB) pela segurança da comunidade escolar. Esperamos que a decisão seja respeitada integralmente, garantindo que o retorno das atividades presenciais ocorra apenas após o pior deste evento climático extremo.
Chega de negacionismo! Não aceitaremos que vidas sejam colocadas em risco por irresponsabilidade e desrespeito à Justiça!"