Manipulação da opinião pública
Chomsky e as dez estratégias para a manipulação da opinião pública
Por Mustafá Ali Kanso, em 2.12.2013Chomsky e as dez estratégias para a manipulação da opinião pública
Na esteira do tema da semana passada abordado no artigo “Manipulação da opinião pública através da mídia – segundo Chomsky” , recebi de um querido leitor o link de um documento (que anda rodando na internet) onde são denunciadas dez estratégias utilizadas pelos “donos do poder” para efetuar a manipulação e o controle da opinião pública.
Por achar o texto interessante, segui os links até um site francês, e fiz aqui um resumo do texto que passou pelo viés da minha compreensão. Muitas publicações atribuem o texto a Chomsky.
Por tratar-se de um tema polêmico, considero aberta a discussão, tanto sobre a validade do exposto quanto de sua pretensa autoria. Afinal esse texto seria realmente de Chomsky?
Não o creio.
No entanto convido o leitor a participar da pesquisa e não confiar simplesmente na compreensão desse articulista (ou do que rola pela internet) e conferir nos livros de Chomsky. Sugiro alguns.
- O Controle da Mídia (Graphia, 2002) .
- Para Entender o Poder – O Melhor de Noam Chomsky (Bertrand Brasil, 2005).
- Rumo a uma nova Guerra Fria (Record, 2007).
- Contendo a democracia (Record, 2003).
- O lucro ou as pessoas? (Bertrand Brasil, 2002).
- Uma nova geração define o limite (Record, 2003).
Mas vamos ao resumo:
AS DEZ ESTRATÉGIAS PARA A MANIPULAÇÃO E O CONTROLE DA OPINIÃO PÚBLICA
1 – DISTRAÇÃO
Um dos principais componentes do controle da opinião pública é a estratégia da distração fundamentada em duas frentes:
Primeiro, desviar a atenção do público daquilo que é realmente importante oferecendo uma avalanche de informações secundárias e inócuas, que como uma cortina de fumaça esconde os reais focos de incêndio.
Em segundo, distrair o público dos temas significativos e impactantes tanto na área da economia quanto da ciência e tecnologia (tais como psicologia, neurobiologia, cibernética, entre outras).
Quando mais distraído estiver o público menos tempo ele terá para aprender sobre a vida e/ou para pensar.
2 – MÉTODO PROBLEMA-REAÇÃO-SOLUÇÃO.
Cria-se um problema ou uma situação de emergência (ou aproveita-se de uma situação já criada) cuja abordagem dada pela mídia visa despertar uma determinada reação da opinião pública.
Tal reação demanda a adoção de medidas imediatas para a solução da crise.
Usualmente tais medidas já estão praticamente prontas e são aplicadas antes que a população se dê conta de que essa sempre fora a meta primordial.
Por exemplo:
- Valer-se de atentados terroristas para sequestrar da população seus direitos civis. (Depois de 11 de setembro qualquer cidadão em solo norte-americano pode ser “detido para averiguações” fora ou dentro de sua residência, sem direito a advogado, ou defesa, exatamente como o que ocorria no Brasil durante a ditadura militar – basta que se acione a tal lei da Segurança Nacional).
- Valer-se do crescimento da violência urbana para aprovar leis de desarmamento completo da população civil.
- Valer-se de crises econômicas para fazer retroceder os avanços conquistados nas leis trabalhistas e promover o desmantelamento dos serviços públicos de assistência aos mais pobres.
3 – GRADAÇÃO
É uma estratégia de aplicação de medidas impopulares de forma gradativa e quase imperceptível.
Por exemplo, entre 1980 e 1990 foram aplicadas medidas governamentais que desembocaram no perfil de estado mínimo, privatizações dos serviços públicos, precariedade da ação do estado (principalmente na segurança, saúde e educação), flexibilidade das leis trabalhistas, desemprego em massa, achatamento salarial, etc.
4 – SACRIFÍCIO FUTURO
Apresentar com muita antecedência uma medida impopular que será adotada no futuro sempre de forma condicional, porém com contornos nefastos.
Primeiro para dar tempo para que o público se acostume com a ideia e depois aceitá-la com resignação quando o momento de sua aplicação chegar.
É mais fácil aceitar um sacrifício no futuro do que um sacrifício imediato tendo-se em conta que existe sempre uma esperança, mesmo que tênue, de que o sacrifício exigido poderá ser evitado ou que os danos poderão ser minimizados.
Por exemplo:
Se o clima não mudar teremos aumento de 25% no preço da tarifa de energia.
Na aplicação do aumento da tarifa:
Devido a um esforço coletivo do governo federal e estadual o aumento acabou se concretizando em apenas 10%.
5 – DISCURSO PARA CRIANÇAS
Emprego de um discurso infantilizado, valendo-se de argumentos, personagens, linguagens, estratégias, etc. como que dirigido a um público formado exclusivamente por crianças ou por pessoas muito ingênuas.
Quando um adulto é tratado de forma afetuosa como se ele ainda fosse criança observa-se uma tendência de uma resposta igualmente infantil.
6 – SENTIMENTALISMO E TEMOR
Apelar para o emocional de forma ou sentimentalista ou atemorizante com intuito de promover um atraso tanto na resposta racional quanto do uso do senso crítico. Geralmente tal estratégia é aplicada de forma combinada com a número 4 e/ou número 5.
A utilização do registro emocional permite o acesso ao inconsciente e promove um aumento da suscetibilidade ao enxerto de ideias, desejos, medos e temores, compulsões, etc. e à indução de novos comportamentos.
Exemplo:
Para prevenirmos a ação de terroristas todos os passageiros serão submetidos a uma rigorosa revista antes de embarcar. Colaborem!
7 – VALORIZAR A IGNORÂNCIA E A MEDIOCRIDADE
Manter em alta a popularidade de pessoas medíocres e ignorantes aumentando sua visibilidade na mídia, para que o estúpido, o vulgar e o inculto seja o exemplo a ser seguido principalmente pelos mais jovens.
8- DESPRESTIGIAR A INTELIGÊNCIA
Apresentar o cientista como vilão e o intelectual como pedante ao mesmo tempo em que populariza a caricatura do “nerd” ou “CDF” como pessoas ineptas do ponto de vista social e um exemplo a não ser seguido pelos mais jovens — estimulando, por um lado, a negação da ciência e, por outro, o desprestígio do uso da racionalidade e do senso crítico.
Geralmente tal realidade se coaduna com a oferta de uma educação de menor qualidade para a população mais pobre – que não se queixa disso por que é moda ser ignorante.
9- INCENTIVAR E INCUTIR A CULPA
Incutir, incentivar e reforçar a culpa do indivíduo quando do seu fracasso, dividindo assim a sociedade em duas categorias: a de vencedores e a de perdedores.
O “perdedor” (ou loser em inglês) é o indivíduo que não possui habilidades ou competências para alcançar o sucesso que o outro tem.
Daí a grande visibilidade que a mídia oferece a modelos minoritários de beleza e sucesso.
Recordando que apenas alguns poucos seres humanos podem ser enquadrados nesse modelo tão rigoroso que categoriza, discrimina e impõe o que é belo, jovem, célebre e bem sucedido.
O restante da humanidade deve se conformar com sua condição de perdedor e carregar com resignação esse seu status.
Ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo resigna-se e conforma-se com sua situação pessoal, social e econômica, atribuindo seu “fracasso” à sua completa incompetência. Culpar-se constantemente por isso, atua na formação de um desejado estado depressivo, do qual, origina-se a apatia.
10- MONITORAÇÃO
Por meio do uso de técnicas de pesquisa de opinião, mineração de dados em redes sociais e também dos avanços nas áreas de psicologia e neurobiologia, os donos do poder tem conseguido conhecer melhor o comportamento do indivíduo comum muito mais do que ele mesmo.
A monitoração deste comportamento além de alimentar os dados que aperfeiçoam seu modelo psicossocial, oferecem informações que facilitam o controle e a manipulação da opinião pública.
Aí está.
Mesmo me desculpando por esta síntese, aqui fundamentada numa tradução livre e um tanto apressada de um site em francês eu fico tranquilo com meus ensimesmados botões, por que sei que posso sempre contar com a ajuda e a compreensão do leitor, seja para a correção de qualquer heterogêneo, seja para acirrar a polêmica que sempre é bem-vinda e benéfica para o crescimento humano.
E claro, aproveitando o exposto para incentivar mais uma vez a leitura de Chomsky. E que leitura!
Sei que para muitos, Chomsky é um visionário genial. Para outros ele é um anarquista com delírios antiamericanos.
Porém existe um consenso em um dado aspecto e nesse quesito, Chomsky é uma unanimidade:
— É simplesmente impossível ignorá-lo!
[fonte: syti.net ]
[Dedico esse artigo aos meus amigos Drica, Ricardo e Yssoê ]
https://hypescience.com/chomsky-e-as-dez-estrategias-para-a-manipulacao-da-opiniao-publica/
MANIPULAÇÃO DE MENTES e PSICOPATAS.
Lafaiete De Souza Spínola 2 de maio de 2016
Algumas manipulações esclarecidas por Noam Chomsky:
Criar problemas, depois oferecer soluções.
Este método também é denominado "problema-reação-solução". Primeiro cria-se um problema, uma "situação" destinada a suscitar certa reação do público, a fim de que seja ele próprio a exigir as medidas que se deseja fazê-lo aceitar. Exemplo: deixar desenvolver-se a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público passe a reivindicar leis de segurança em detrimento da liberdade: Pena de morte, diminuição da idade para penalizações, mais cadeias, mais repressão policial etc. Ou ainda: criar uma crise econômica para fazer como um mal necessário o recuo dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos. Mas, nunca procuram amenizar as desgraças do povo propondo maior investimento na educação.
Dirigir-se ao público como se fossem crianças pequenas.
A maior parte da publicidade destinada ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e um tom particularmente infantilizadores, como se o espectador fosse uma criança pequena ou um débil mental. Dirige-se a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos de idade, então, devido à sugestionabilidade, ela terá, com certa probabilidade, uma resposta ou uma reação tão destituída de sentido crítico como aquela de uma pessoa de 12 anos.
Apelar antes ao emocional do que à reflexão.
Apelar ao emocional é uma técnica clássica para curto-circuitar a análise racional e, portanto, o sentido crítico dos indivíduos. Além disso, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para ali implantar ideias, desejos, medos, impulsos ou comportamentos.
Manter o público na ignorância e no disparate.
Atuar de modo a que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para o seu controle e a sua escravidão.
A educação dada às classes inferiores deve ser de baixa qualidade, de tal modo que o fosso da ignorância que isola as classes inferiores das classes superiores permaneça incompreensível pelas classes inferiores.
Conhecer os indivíduos melhor do que eles se conhecem a si próprios.
No decurso dos últimos 50 anos, os progressos fulgurantes da ciência cavaram um fosso crescente entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dirigentes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o sistema chegou a um conhecimento avançado do ser humano, tanto física como psicologicamente. O sistema chegou a conhecer melhor o indivíduo médio do que este se conhece a si próprio. Isto significa que na maioria dos casos o sistema detém um maior controle e um maior poder sobre os indivíduos do que os próprios indivíduos.
Tudo isso pode ser constatado no dia a dia. É uma dura realidade!
De todas essas maldades a mais execrável considero a falta de investimento na EDUCAÇÂO. Possivelmente, cerca de 70% da nossa população não se dê conta de que estão, continuamente, sendo manipuladas. Elas são, principalmente, as não alfabetizadas e semialfabetizadas. Grande parte da camada dita alfabetizada sabe dessas estratégias, porém faz parte daqueles que pronunciam ditos populares, como: "que se dane o mundo, não me chamo Raimundo". Senti a necessidade de colocar isso, aqui, pois ouvi essa frase, recentemente.
Diria, ainda, que nessa relação poderiam ser acrescentados muitos outros temas. A criação de mitos é um deles.
Aceito como correta a pesquisa internacional que engloba de 3 a 5% de psicopatas no meio da sociedade. Num país de 200 milhões, eles são 6 milhões. Pense no fator multiplicativo da atuação desses corruptos, mafiosos, lavadores de dinheiro dentro da sociedade. Eles estão disseminados em todos os níveis da sociedade. Sabemos que possuem mais conhecimentos que a média, são inteligentes, manipuladores, dissimulados e agindo sempre para tirar alguma vantagem. Cuidado!
SOBRE OS PSICOPATAS
Pouca atenção é dada aos psicopatas. Eles gostam disso.
São pessoas insensíveis diante do sofrimento humano, são manipuladoras, impiedosas e desprovidas de sentimento de compaixão. Não possuem qualquer sentimento de culpa ou remorso.
Eles estudam, trabalham, casam-se, constituem família. São diferentes da maioria das pessoas, mas estão infiltrados em toda sociedade. São eloquentes, muito envolventes e não costumam levantar suspeitas. Como estão por toda parte, apresentam-se com os disfarces de excelentes: Políticos, amigos, amantes e até religiosos. Quando fazem parte deste grupo, se dirigentes da seita, tornam-se muito perigosos pelo seu poder de influência junto aos fiéis!
Como são racionais e inteligentes, eles aparentam ser melhores que os humanos comuns. Sentem-se desprovidos desses sentimentos considerados tolos por eles.
Eles adoram e espalham os ditos: "Os homens são todos iguais"; "Todo homem tem seu preço"; "Todo político é ladrão" etc. Implantam o cada um por si! São individualistas por excelência!
Numa sociedade desigual, com baixo nível educacional, essa espécie encontra as condições propícias para o exercício de suas habilidades execráveis.
Se pretendermos reduzir o poder maléfico dessas pessoas impiedosas, desprovidas de remorso, temos que aprender a identificá-las. É necessária muita observação e certo distanciamento das emoções para não se deixar envolver por um psicopata. Se para os psicólogos é tarefa difícil diagnosticar essa espécie, para você é mais ainda.
Mas, a ciência avança e a Ressonância Magnética funcional (RMF) está comprovando anos e anos de pesquisas e estudos:
Os psicopatas, nas estruturas ligadas ao mundo emocional, apresentam uma atividade cerebral muito reduzida. E, ao mesmo tempo, aparece uma elevada atividade nas regiões cognitivas (elevado raciocínio). São, portanto, altamente racionais e muito pouco emocionais. Quando externam alguma emoção, ela foi comandada pelo lado racional.
Note que num país organizado, com elevado nível educacional, essa gente mede bem as consequências, pois são muito racionais. Como isso representa um freio às suas atividades, o ideal para esse grupo é a liberdade mais ampla possível, uma sociedade sem controles, onde possam atuar com desenvoltura.
As máfias, onde os psicopatas de alto grau atuam (há níveis de psicopatia!) preferem sociedades com alto grau de permissividade. Correm menos riscos e conseguem infiltrar-se no aparelho do estado. O Brasil tem sido um paraíso para essa gente!
Só um partido, como descrito (ver o partido proposto, outro tópico), chegando ao poder, poderá colocar limites a essa escória, onde se encontram os corruptos, os traficantes e aqueles que lavam todo esse dinheiro.
Essa gente convive melhor num ambiente de injustiça social. São contrários a um investimento maciço na educação. Eles e aqueles que são influenciados sempre irão dizer, procurar convencer, que investir 15% do PIB na EDUCAÇÃO (ver esse outro tópico) é uma meta ambiciosa, porém inviável, que o país não tem recursos etc. Na verdade, em médio prazo, isso será prejudicial a todos esses mafiosos. Não interessa a eles um povo esclarecido.
Quem pode achar que pessoas com mentes sadias cometeriam: crimes tão horrendos como a corrupção deslavada, atividades mafiosas e a execrável lavagem de dinheiro? É tudo isso que denigre, embrutece, empobrece uma nação.
Quando um país se torna rico através da espoliação de outros povos, pode-se identificar o perfil de seus dirigentes, pois não titubeiam em fomentar guerras, enganando e manipulando seus compatriotas mal informados.
Estejam, também, atentos, quando uma acusação ou um julgamento apresentarem características seletivas! Seja reflexivo! Observe que, apenas, acusam certos corruptos, julgam certos criminosos, deixando outros igualmente corruptos e criminosos totalmente impunes, pois destes estão esperando vantagens. Eles são calculistas!
O mesmo comportamento, ou similar, verifica-se, também, dentro do próprio país, quando tudo é feito para manter o status quo que privilegia grupos em detrimento de todo o povo, sonegando-lhe a educação, a saúde e tudo que represente bem estar social.
O psicopata, como já disse, é inteligente, calculista, manipulador e dissimulado, não sente culpa. É um mentiroso, está sempre à procura de estímulos, adora ser líder. Como exímio chantagista, consegue manter os políticos corruptos no bolso.