Mídia quer é sacrifício de pobre
Com rico pagando imposto e sem a mamata dos militares as contas do Brasil entram nos eixos, diz jornalista
Segundo Tiago Barbosa, “a mídia quer é sacrifício de pobre” – ENTENDA
- Brasília, 03 de junho de 2025
Militares em formação | Imagem reprodução/X
O jornalista Tiago Barbosa escreveu no X: “Se acabar com a mamata dos militares, extinguir os penduricalhos do judiciário, encerrar a cretinice das emendas e colocar rico pra pagar imposto, rapidinho as contas do Brasil entram nos eixos. Mas a mídia quer é sacrifício de pobre“.
O articulista progressista compartilhou uma notícia do jornal O Globo, sobre o déficit da Previdência Militar, que é nada menos do que 18 vezes maior que a do INSS.
Se acabar com a mamata dos militares, extinguir os penduricalhos do judiciário, encerrar a cretinice das emendas e colocar rico pra pagar imposto, rapidinho as contas do Brasil entram nos eixos.
— Tiago Barbosa (@tiagobarbosa_) June 2, 2025
Mas a mídia quer é sacrifício de pobre. pic.twitter.com/RTbhzGDAWa
Segundo a matéria, o rombo é de R$ 162.481 por beneficiário em 2024. O valor é 18,6 vezes maior que o custo de R$ 8.702 por aposentado ou pensionista do INSS.
Segundo dados do Tesouro Nacional e da Lei Orçamentária Anual (LOA), o rombo total das Forças Armadas alcançou R$ 50,88 bilhões, enquanto o INSS registrou déficit de R$ 297,39 bilhões para 34,1 milhões de beneficiários.
A disparidade alarma o Tribunal de Contas da União (TCU), que cobra ajustes urgentes.
Entre 2008 e 2024, os gastos com o regime militar quase triplicaram, passando de R$ 20,8 bilhões para R$ 63 bilhões, sem considerar receitas.
Diferentemente do INSS e dos servidores civis, militares não contribuem para aposentadoria, apenas para pensões, o que eleva o custo para o Tesouro Nacional.
O sistema de proteção social das Forças Armadas é financiado integralmente pelo governo, sem aporte patronal ou de capitalização, agravando o desequilíbrio fiscal.
O Ministério da Fazenda, sob Fernando Haddad, propôs um projeto de lei em 2023 para economizar R$ 2 bilhões anuais.
A reforma fixa idade mínima de 55 anos para a reserva, contra a média atual de 52 anos, e elimina a transferência de cotas de pensão entre beneficiários.
A proposta também padroniza a contribuição para assistência médica em 3,5%. Contudo, o benefício vitalício para filhas solteiras, extinto em 2001 mas mantido para optantes, segue intocado, gerando críticas.
A resistência no Congresso Nacional é um obstáculo. Militares argumentam que a idade mínima dificulta a progressão na carreira, mas especialistas como Rogério Nagamine defendem maior convergência com as regras do INSS e dos servidores civis.
“Está na hora de eles colaborarem mais”, afirma Nagamine, destacando que a reforma de 2019 pouco afetou o regime militar.
O TCU alerta que o crescimento do déficit é insustentável. Projeções indicam que, nas próximas décadas, o gasto com militares inativos pode alcançar R$ 856 bilhões, 60% do valor previsto para servidores civis, apesar de serem metade do contingente.
A média de aposentadoria militar, R$ 13,7 mil mensais, contrasta com R$ 1,8 mil do INSS, evidenciando a necessidade de ajustes estruturais.
FONTE:
https://urbsmagna.com/previdencia-militar-deficit-18x-inss-2024/