Moção de repúdio 8ª CRE

Em reunião com a 8ª CRE, CPERS entrega moção de repúdio às falas ofensivas ditas por representante da Coordenadoria de Santa Maria
Na manhã desta sexta-feira (11), em Santa Maria, a direção estadual do CPERS entregou nas mãos do coordenador da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), José Luis Viera Eggres, um documento que repudia a postura desrespeitosa de Sonia Suzana Farias Weber, coordenadora-pedagógica da mesma CRE, com educadoras(es) sobrecarregadas(os).
Durante o curso “Formação inicial para as equipes das escolas piloto de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI) com foco em equidade racial”, realizado em maio de 2025, a servidora minimizou a pressão psicológica imposta às(aos) profissionais da rede estadual de ensino, descredibilizou a atuação do Sindicato e zombou da coragem de trabalhadoras(es) associadas(os) ao CPERS.
A presidente da entidade, Rosane Zan, exigiu respeito às(aos) professoras(es), funcionárias(os) de escola e especialistas e ressaltou a importância da luta sindical para toda categoria. “Lutamos pela educação pública, democrática, laica, de referencial social e, principalmente, gratuita. Seguiremos ao lado das educadoras, reivindicando o fim da sobrecarga de trabalho”, pontuou.
A entrega da carta é fruto das deliberações do Conselho Geral, que aconteceu em 5 de junho, e valeu-se da presença das(os) dirigentes na região de Santa Maria (2º Núcleo) em função do Ato Regionalizado da Frente dos Servidores Públicos (FSP/RS), que ocorre nesta sexta-feira (11).
O 2º vice-presidente do Sindicato, Edson Garcia, criticou a atitude da coordenadora e solicitou maior atenção por parte do governo de Eduardo Leite (PSD) à saúde mental de suas(eus) trabalhadoras(es). “No momento em que a colega se sentiu assediada, constrangida ou de alguma forma incomodada, todos nós sentimos também. O que esperamos de uma Coordenadoria é acolhimento e um ambiente de diálogo, não um espaço que nos desmotive”, argumentou.
A secretária-geral do CPERS, Suzana Lauermann, e as(os) diretoras(es) Sandra Regio, Leandro Parise, Sandra Silveira, Juçara Borges, Vera Maria Lessês, Daniela Peretti, Joara Dutra, Sandra Santos e Celso Dalberto acompanharam a reunião.
A diretora-geral do 2º Núcleo, Maíra Couto, e demais membros da direção
regional também estiveram presentes.
> Confira o texto completo da nota entregue à 8ª CRE:
Pelo fim da sobrecarga de trabalho imposta aos trabalhadores da educação, CPERS repudia falas ofensivas de representante da 8ª CRE
Fisicamente e emocionalmente esgotadas(os) diante de inúmeras responsabilidades administrativas e burocráticas instituídas pelo governo de Eduardo Leite (PSD), educadoras e educadores têm visto a atividade docente sendo paulatinamente descaracterizada e enfraquecida em seu papel transformador. Mesmo quando colocam suas carreiras em risco para serem ouvidas(os), são desrespeitadas(os) por quem as(os) deveriam proteger.
O CPERS manifesta total repúdio à postura da coordenadora-pedagógica da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE – Santa Maria), Sonia Suzana Farias Weber, que constrangeu professoras(es) sobrecarregadas(os) e zombou da coragem de trabalhadoras(es) sindicalizadas(os).
Em 27 de maio de 2025, durante o curso “Formação inicial para as equipes das escolas piloto de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI) com foco em equidade racial”, a representante da 8ª CRE desconsiderou as queixas de exaustão das(os) educadoras(es) presentes no encontro e minimizou a pressão psicológica imposta às(aos) profissionais da rede estadual de ensino.
Ainda, descredibilizou a atuação do Sindicato, que se movimenta incansavelmente pela construção de laços entre a categoria, pela conquista de condições dignas de trabalho e pela valorização do processo de ensino-aprendizagem. É revoltante deparar-se com o desprezo, ao invés do acolhimento, de uma colega que conhece o poder emancipador da educação pública e deveria zelar por ela e por suas(eus) agentes: as(os) educadoras(es).
Não adianta fantasiar a realidade e colocar para debaixo dos panos o que já é sabido, na pele, por quem está em sala de aula diariamente. Intermináveis planilhas, incontáveis cursos, numerosos guias, excessivos planejamentos e dedicação extra fora da carga horária, sem remuneração adicional, é o cotidiano desesperador das(os) professoras(es) gaúchas(os).
Pelo fim da sobrecarga de trabalho, pelo respeito à docência e pela salvaguarda da saúde mental de educadoras e educadores!
Porto Alegre, 05 de junho de 2025.
Conselho Geral do CPERS/Sindicato.
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