Nada de Novo no Front
“Nada de Novo no Front” completa 13 semanas no Top 10 de filmes da Netflix
O filme e o livro conta a história de um adolescente chamado Paul, que convencido por seus professores no Ensino Médio, alista-se para atuar na linha de frente da guerra.
Depois de conquistar prêmios BAFTA e nas indicações ao Oscar, o filme alemão “Nada de Novo no Front”, sobre a Primeira Guerra Mundial, completou a 13ª semana no Top 10 de filmes em língua não inglesa no ranking da Netflix global.
O filme é uma produção original Netflix e baseia-se no clássico pacifista de mesmo nome escrito pelo escritor alemão Erich M. Remarque, que lutou na Primeira Guerra Mundial. O filme e o livro contam a história de um adolescente chamado Paul, que convencido por seus professores no Ensino Médio, alista-se para atuar na linha de frente da guerra. O jovem começa seu serviço militar de forma idealista e entusiasmada, mas logo é confrontado pela dura realidade do combate nas trincheiras.
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Bruno Leal - Fundador e editor do Café História. É professor adjunto de História Contemporânea do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB). Doutor em História Social. Tem pós-doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisa História Pública, História Digital e Divulgação Científica. Também desenvolve pesquisas sobre crimes nazistas e justiça no pós-guerra.
Nada de Novo no Front: filmando a guerra total
Nova adaptação do livro clássico escrito por Erich Maria Remarque concorre em várias categorias ao Oscar. Filme pode ser visto na Netflix.
Quando um filme te deixa desconfortável, muitas vezes isso significa que ele cumpriu seu papel e passou sua mensagem com maestria. “Desconforto” é um modo brando de descrever a sensação que nos causa “Nada de Novo no Front”, filme alemão de 2022 que é adaptação do romance conhecidíssimo de Erich Maria Remarque.
Esta não é a primeira adaptação do livro de Remarque: já foram feitas quatro adaptações diretas para cinema e TV, destacando-se a de 1930, um filme excelente, intitulado em inglês “All Quiet on the Western Front”, que recebeu no Brasil o título “Sem Novidade no Front”. Mas é sobre a mais recente – e poderosa – adaptação que falaremos hoje.
Em “Nada de Novo no Front”, nos encontramos in media res – no meio da ação – já nos primeiros minutos de projeção. A uma cena de batalha na qual os novatos Hans e Heinrich perecem, se seguem cenas de corpos sendo empilhados e lavadeiras tirando o sangue dos uniformes para serem reutilizados. Corta para os novos ocupantes do uniforme: em uma cidade do norte da Alemanha, jovens se alistam no exército. Entre eles está Paul Bäumer (Felix Kammerer), que falsifica a assinatura dos pais para poder se alistar. Após ouvirem um discurso nacionalista inflamado e cheio de esperança – e depois de Paul herdar o uniforme do falecido Heinrich – começa a guerra para eles.
Paul e seus amigos se veem então inseridos num mundo de pólvora e lama, de noites cortadas por sinalizadores e ocasionais ataques da infantaria inimiga, um mundo de choro e perdas constantes – dos companheiros e da inocência. A guerra é processo de embrutecimento para estes jovens que chegaram ingênuos, em busca de emoções fortes e glórias inigualáveis.
Algo que o filme mostra muito bem é que comandantes da mais alta patente não serviram nas trincheiras. Isso também é mostrado em outro filme pacifista seminal: “Glória Feita de Sangue” (1957) de Stanley Kubrick. Nessas duas películas, os militares de alta patente tomam suas decisões no conforto dos grandes salões de residências oficiais, mandando jovens incautos para as trincheiras fedorentas e enlameadas. No final, estes homens que não viram a ação, acabam mais condecorados que os que nela pereceram, mesmo tendo eles algumas vezes, como no filme de Kubrick, humilhado a população local para divertimento próprio.
A época da ação de “Nada de Novo no Front” é 1917, já no final da Primeira Guerra Mundial. A Guerra de posição, guerra de trincheiras, está quase deixada para trás, e agora tanques blindados avançam sobre as trincheiras e usados gases tóxicos e lança-chamas. A Primeira Guerra Mundial, chamada de “guerra total” por alguns historiadores, foi um laboratório de experimentação de tecnologias mortais, como os já referidos tanques e lança-chamas, mas também viu ser usados pela primeira vez para matar engenhocas como aviões, metralhadoras e o gás mostarda.
Por ser colorida, esta versão de 2022 atiça mais nossos sentidos, de modo que sentimos coceira e aversão ao simplesmente vermos Paul com o rosto coberto com a lama das trincheiras. É um experimento de sinestesia, e ao Paul coberto de lama segue esta ojeriza, e quase podemos sentir a textura da lama em nossas mãos e o cheiro insuportável dos corpos apodrecendo na Terra de Ninguém, faixa de terra que separa as trincheiras inimigas.
Num episódio ao mesmo tempo, terno e desesperadoramente triste, Paul dá água para um francês que ele mesmo esfaqueou, enquanto na versão de 1930 ele divide um cigarro com sua vítima. Em 2022, Paul fica com um lenço de um amigo morto, enquanto em 1930 é um par de botas que é passado adiante como prova de camaradagem.
A versão de 1930 foi indicada a quatro Oscars, ganhando dois deles, os mais importantes da noite: Melhor Diretor para Lewis Milestone e Melhor Filme. Aquela era apenas a terceira vez em que eram entregues os prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. A versão de 2022 foi indicada a nove Oscars, na 95ª edição da premiação. O maior número de indicações não pode ser explicado simplesmente pela criação de novas categorias no Oscar nos últimos 93 anos. “Nada de Novo no Front” permanece atual pelo contexto presente da guerra na Ucrânia e sua sempre discutida possível internacionalização. Tecnicamente perfeito, e reconhecido por isso, “Nada de Novo no Front” é um dos melhores filmes lançados recentemente, e está disponível para assistir na Netflix.
Letícia Magalhães Letícia Magalhães- Historiadora e crítica de cinema. Contribuiu com sites como Filmes e Games e Leia Literatura. Mantém desde 2010 o blog Crítica Retrô, sobre filmes clássicos e antigos, e contribui para os sites Revista Eletrônica Ambrosia e Cine Suffragette, no qual é também editora. Foi vencedora do prêmio do Collegium do Festival de Cinema Mudo de Pordenone em 2021, escrevendo sobre o que mais gosta: cinema e história.
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‘Nada de novo no front’: 90 anos de um clássico
Livro de Erich M. Remarque é uma obra-prima que fala não apenas sobre os horrores da Primeira Guerra Mundial, mas também sobre a desilusão humana com o mundo moderno. É leitura ainda hoje indispensável.
Olivro “Nada de novo no front”, de Erich M. Remarque, acaba de completar 90 anos. Lançada pela primeira vez em alemão, em janeiro de 1929, a obra (Im Westen nichts Neues, no original) vendeu um milhão de cópias em menos de um ano na Alemanha, e mais outro milhão no exterior. O sucesso foi tanto que o livro foi adaptado para o cinema um ano depois pela Universal Pictures, com um orçamento enorme para a época, um recorde de US$ 40.000. O filme venceu quatro prêmios Oscar na edição de 1931: melhor filme, melhor diretor, melhor fotografia e melhor roteiro.
Desde seu lançamento, “Nada de novo no front” já foi traduzido para 58 línguas e soma mais de 10 milhões de exemplares vendidos. Em escolas localizadas em diferentes partes do mundo, o livro de Remarque é um dos mais utilizados pelos professores de História quando o assunto é o horror da Primeira Guerra Mundial.
Cena do filme “Nada de novo no front”, de 1930.
O enredo do livro ajuda a explicar o sucesso: “Paul Baumer é filho de uma humilde família alemã durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Convencido por professores quanto ao seu dever patriótico, o jovem abandona os bancos escolares e junta-se às trincheiras de soldados alemães. Em pouco tempo, Paul se vê cercado por um ambiente de horror, vê meninos como ele perecerem e percebe que trocou a sua juventude por uma única e cruel certeza: a do absurdo da guerra, esteja-se do lado que se estiver.
Por que “Nada de novo no Front” é importante?
Há muitos motivos que explicam a importância de “Nada de novo no front”. A principal razão – acredito eu – tem a ver com aquilo que os alemães chamam de Zeitgeist, que em português significa “espírito de um tempo “. O livro de Remarque captura justamente a ambientação dos primeiros anos depois da Primeira Guerra Mundial.
“A Grande Guerra” foi uma guerra que mobilizou, direta ou indiretamente, todos os continentes. Isso jamais tinha acontecido. O conflito também foi inédito quanto às fatalidades: matou pouco mais de 37 milhões de pessoas, entre militares e civis, e deixou outras milhões feridas, desabrigadas e traumatizadas.[1] Foi nela ainda que se usou pela primeira vez gases tóxicos, blindados, minas e aviões. E, embora as metralhadoras automatizadas fossem conhecidas desde o último quarto do século XIX, foi na Primeira Guerra que elas foram popularizadas no campo de batalha.
Em 1918, quando a guerra acabou, as pessoas buscavam desesperadamente entender como algo desta magnitude tinha sido possível no coração de uma Europa que se considerava o centro irradiador da civilização. Afinal de contas, o projeto iluminista de um mundo baseado na cultura e na razão, desenhado um século e meio por filósofos que se tornaram cânones do pensamento filosófico moderno, parecia derrotado depois de uma guerra que usou o conhecimento industrial e científico para fabricar a morte e não o progresso. Quem sobreviveu à Primeira Guerra Mundial estava ávido por respostas: como explicar tudo o que acabara de acontecer. É aí que entra o mérito de Remarque.
“Nada de novo no front” não explica a guerra, mas é uma reflexão provocativa sobre a guerra e a condição humana naquele início do século XX. Indo na direção contrária da exaltação militarista da época, Remarque constrói personagens que são mais vítimas do que heróis. Paul Baumer, o protagonista, assim como muitos outros nomes do livro, era um jovem que foi induzido a pensar que a guerra era um dever patriótico. Instituições como a escola e a família foram fundamentais para o seu alistamento. “Naquela época”, diz o personagem, “até os nossos próprios pais usavam facilmente a palavra covarde”.[2]
Cena do filme “Nada de novo no front”, de 1930.
Quando Baummer e seus colegas chegaram ao campo de batalha, descobriram que tudo era muito diferente. O livro fala de soldados amputados em minas, angustiados pelo medo, pela privação de sono, pela forma e por “epidemias” de piolho. Nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial, os homens de transformavam. Assemelham-se a mortos-vivos: “Lá está nosso companheiro Kemmerich, que até há pouco ainda assava carne de cavalo e se agachava junto conosco nos buracos abertos pelas granadas; ainda é ele, porém já não é mais ele; suas feições ficaram imprecisas, indistintas, como duas fotografias sobrepostas na mesma chapa. Até sua voz soa como se viesse do túmulo”.[3]
Um dos trechos mais impressionantes e assustadores do livro é quando o narrador fala sobre a necessidade da metralhadora trabalhar sem interrupções. Essas máquinas atingiam altas temperaturas depois de algumas rodadas de tiro. Quando isso acontecia, os soldados tinham que jogar água nela para que fosse refrigerada. No campo de batalha, a prioridade era da arma e não dos soldados que a operavam. Quando essa água acabava, era preciso improvisar: “Ouvimos as explosões das granadas que se aproximam. Nossa metralhadora varre o semicírculo avançado. A água de refrigeração evapora; passamos o reservatório vazio de mão em mão, apressadamente, para que todos urinem; assim, arranjamos líquido e podemos continuar a atirar. Mas, atrás de nós, as detonações aproximam-se cada vez mais. Daqui a alguns minutos, estaremos perdidos”.[4]
Desta forma, “Nada de novo no front” é um choque de realidade, um alerta para a sociedade. A guerra não é uma aventura e muito menos uma prova de patriotismo ou mesmo de coragem e masculinidade. Ela também não é uma “diplomacia por outros meios”. A guerra mata mesmo quando se sai vivo dela. Este é o grande recado de Remarque, que, se não é capaz de responder o porquê da guerra (talvez ninguém o possa, de verdade), ofereceu uma reflexão poderosa para uma sociedade ainda paralisada diante do luto de quatro anos de conflito.
Retrato do militarismo e do nacionalismo da época
Outro fator que faz “Nada de novo no front” um livro marcante é a forma como ele desmonta o nacionalismo e o militarismo tão vigentes na época. Entre o final do século XIX e início do século XX, militarismo e nacionalismo eram valores aprendidos cegamente nas escolas europeias. Era comum nesse período, por exemplo, professores incentivarem seus alunos a entoarem canções que exaltavam fuzis e a guerra. Em maio de 1882, o jornal francês L’École, especializado em educação, publicou o canto marcial “Aluno-Soldado”, ensinado da escola maternal ao curso elementar. Ele dizia: “Para ser um homem é preciso saber escrever / E em pequeno, aprender a trabalhar / Pela pátria, uma criança deve instruir-se / E na escola aprender a trabalhar /Soou a hora, marchemos a passo / Jovens crianças, sejamos soldados”.[5]
Remarque soube fazer muito bem a crítica a esse modelo educacional que buscava formar não cidadãos, mas soldados. Um dos personagens de “Nada de novo no front” é Kantorek, o professor ufanista de Paul Baumer. Kantorek, às vésperas do conflito, foi o maior incentivador para que Baumer e outros tantos jovens alunos se alistassem: “Kantorek nos leu tantos discursos nas aulas de ginástica que a nossa turma inteira se dirigiu, sob o seu comando, ao destacamento do bairro e alistou-se. Vejo-o ainda à minha frente, e lembro-me de como o seu olhar cintilava através dos óculos, quando, com a voz embargada, perguntava: “vocês vão todos, não é, companheiros?”.[6]
Erich Maria Remarque (1898-1970).
“Nada de novo no front” é também importante por outros motivos: ele é muito bem escrito, tendo uma narrativa ágil, com ótimos diálogos e personagens demasiadamente humanos – com medos, ansiedades, raiva, dor e apatia. A obra se notabiliza finalmente por servir como um divisor de águas para o movimento pacifista que se estruturaria nos anos seguintes e para o “romance de guerra”, um gênero literário que naquele início do século XX ainda era muito marcado pelo olhar romantizado da guerra e do patriotismo.
O autor, Erich Maria Remarque
Erich Maria Remarque nasceu em 22 de junho de 1898, em Osnabrück, na Alemanha. Depois de concluir os estudos escolares em sua cidade natal, começou a frequentar a Universidade de Münster. A vida acadêmica, no entanto, foi bruscamente interrompida quando, aos 18 anos de idade, ele se juntou ao exército alemão para combater na Primeira Guerra Mundial. Foi ferido três vezes nas trincheiras, uma delas gravemente, mas conseguiu se recuperar.
Depois da guerra, Remarque, assim como muitos outros ex-combatentes, enfrentou uma segunda guerra: pela dignidade. A Alemanha encontrava-se destruída e humilhada. Tinha perdido territórios e precisava pagar reparações de guerra a diversos países. Remarque lutou para sobreviver. “Foi pedreiro, organista, motorista e agente de negócios, até estabilizar-se, mais ou menos, no jornalismo, exercendo funções de crítico teatral e repórter esportivo, entre outras, em alguns jornais de Hannover e Berlim”.[7]
Polícia protege cinema que passava “Nada de novo no front”. Nazistas causaram um alvoroço na estreia do filme.
Os traumas da Primeira Guerra Mundial persistiam em não passar. Remarque tinha dificuldades para dormir. Passava noites em claro escrevendo, tentando colocar no papel as memórias dos anos em que passou trincheiras. Na época, o diagnóstico ainda não existia, mas é muito provável que sofresse com neurose de guerra. Os papéis escritos foram se acumulando ao longo dos anos e Remarque percebeu que o material poderia ser publicado como livro. Sua história apareceu primeiro em folhetins do jornal Wossiche Zeitung, em 1928. O relato duro e cruel da guerra fez um enorme sucesso, garantindo a publicação do livro em janeiro de 1929, também com sucesso enorme, e a adaptação para os cinemas em 1930.
A narrativa de Remarque provocou revolta entre setores nacionalistas alemães, sobretudo dos nazistas, que acreditavam que tanto o filme quanto o livro sujavam a memória dos ex-combatentes. Em 1933, com a ascensão de Hitler ao poder, o filme foi proibido e os livros queimados em praça pública. Temendo pela própria segurança, o autor exilou-se na Suíça e, depois, nos Estados Unidos. Em 1938, sua cidadania foi retirada pelo governo alemão, por “ter arrastado na lama” a imagem dos soldados e apresentado uma visão “antigermânica” dos acontecimentos da grande guerra. Cinco anos depois, Remarque sofre uma violenta perda: sua irmã, Elfriede, uma costureira, foi condenada à morte em 1943 e decapitada na Alemanha nazista porque um cliente a denunciara: ela teria dito que poderia dar um tiro na cabeça de Hitler. [8]
Erich Maria Remarque não foi autor de um único livro. Sua carreira de escritor foi produtiva. Ele também é autor de “O caminho sem volta” (1931), “Três camaradas” (1937) , “Náufragos” (1941), “Arco do triunfo” (1946), e “O obelisco preto” (1956), além de um romance póstumo, “Sombras do paraíso”, publicado em 1971.
Traduções e outros livros
Na Alemanha, “Nada de novo no front” foi lançado pela primeira vez em 29 de janeiro de 1929 pela editora alemã Propyläen Verlag. A primeira versão em língua portuguesa foi publicada no Brasil, em 1951, publicada pela José Olympio e com tradução de José Geraldo Vieira. Três anos depois, em 1954, o livro foi publicado em Portugal pela Editora América, com tradução de Mário de C. Pires. No Brasil, o livro conheceu ainda várias outras edições, como a da Editora Abril, dentro da coleção “Grandes Sucessos”, publicada no início dos anos 1980, e a mais atual, da L&PM Pockets, de 2004.
Para Tereza Faustino de Brito e Janete Santa Maria Ribeiro, um dos maiores legados de “Nada de Novo no Front” é que o livro se tornou uma “fonte histórica” para aqueles que estudam a Primeira Guerra Mundial. Para as autoras, a obra “torna vivo o conflito não apenas baseado nos discursos de historiadores em livro didáticos, mas sim, no testemunho de um participante deste evento bélico, que esteve na frente de batalhas, lugar onde o conflito se concretiza não apenas de forma burocrática, mas onde se manifestam questões pertinentes como a constância da morte, a decepção dos jovens soldados, a violência degenerada que ceifa vidas.” [10]
Notas
[1] Enciclopédia Britânica: https://www.britannica.com/event/World-War-I/Killed-wounded-and-missing
[2] REMARQUE, Erich Maria. Nada de novo no front. São Paulo: Abril Cultural, 1981. p.15.
[3] Ibidem, p.18.
[4] Ibidem, p.18.
[5] MARTIN, Hervé; BOURDÉ, Guy. As escolas históricas. Lisboa: Editora Europa-América, 2000. p.111.
[6] REMARQUE, Erich Maria. Nada de novo no front. São Paulo: Abril Cultural, 1981. p.15.
[7] Idem.
[8] REMARQUE, Erich Maria. Nada de novo no front. São Paulo: L&PM Pockets, 2004.
[9] Idem.
[10] DE BRITO, Tereza Faustino; RIBEIRO, Janete Santa Maria. O uso do romance “Nada de novo no front” como eixo integrador nas aulas de história. Revista Eletrônica Científica Inovação e Tecnologia, v. 1, n. 1, 2017. Disponível aqui.
Referências Bibliográficas
DE BRITO, Tereza Faustino; RIBEIRO, Janete Santa Maria. O uso do romance “Nada de novo no front” como eixo integrador nas aulas de história. Revista Eletrônica Científica Inovação e Tecnologia, v. 1, n. 1, 2017.
MARTIN, Hervé; BOURDÉ, Guy. As escolas históricas. Lisboa: Editora Europa-América, 2000.
REMARQUE, Erich Maria. Nada de novo no front. São Paulo: L&PM Pockets, 2004.
REMARQUE, Erich Maria. Nada de novo no front. São Paulo: Abril Cultural, 1981.
Como citar este artigo
CARVALHO, Bruno Leal Pastor de Carvalho. ‘Nada de novo no front’: um clássico faz 90 anos (Artigo) In: Café História – História feita com cliques. Publicado em 4 de março de 2019. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/nada-de-novo-no-front