Não aceite o acordo
NÃO ACEITE
Em mais uma exibição de crueldade, Eduardo Leite (PSDB) coage educadores a aceitarem, individualmente, os termos de sua proposta de corte de ponto parcelado.
Pelo sistema interno de Recursos Humanos (RHE), a Secretaria da Fazenda disponibiliza um "acordo" que autoriza o Estado a descontar o salário de grevistas ao longo de seis meses, após o pagamento da folha suplementar.
Como a decisão do corte de ponto contraria entendimentos anteriores do próprio Tribunal de Justiça e do STF, o governo tenta legitimar sua ação coagindo servidores.
Os termos apresentados são absurdos: "declaro, de forma irrevogável e irretratável, que adiro à proposta (...), autorizando expressamente que se operem os descontos."
É inaceitável que o governador aproveite-se da vulnerabilidade de trabalhadores(as) empobrecidos e sem salário - muitos sem 13º - para fazer caixa com o dinheiro de quem luta pelos seus direitos.
Reiteramos que, apesar dos prazos dilatados da Justiça, o jurídico do CPERS tem pressionado o TJ para acelerar o julgamento do mérito e fazer valer o direito constitucional à greve, anulando os efeitos do corte de ponto.