O desafio de liderança

O desafio de liderança

O desafio de liderança: somos nós e somos os outros

POSTADO POR: Nei Alberto Pies   -   05/05/2021 

Há coisas bem difíceis para conquistar, mas fáceis de perder ou desperdiçar. Tem gente que tem, mas não sabe. Tem quem procura, mas não acha, porque certas coisas não se acham; se conquistam. E é preciso que outros reconheçam. Estas coisas são mais de fora para dentro do que de dentro para fora da gente. Estão, portanto, no campo das relações interpessoais e sociais.

Todos precisam, mas nem todos tem ideia de que o tempo, a coerência e as atitudes concretas materializam o que buscam. Definitivamente, todos estamos construindo um capital político e social em torno de nossas intervenções públicas e sociais.

Do maior ao menor, estamos sempre em busca de reconhecimento social. Esta busca é uma das maiores necessidades para afirmarmos nossa própria humanidade e nossa identidade no meio de tanta gente.

Tem gente que não tem nada a oferecer, mas sempre se apresenta aos outros como “um prato cheio". Sempre está em busca da melhor oportunidade para satisfazer e preencher o seu próprio vazio. Outros, emprestam seu capital social e político para alguém, em troca de algum benefício.

O que cada um conquista, individualmente ou com ajuda dos outros, sempre tem um valor e jamais deveria ter preço.

A situação se torna complexa quando alguém, alguma pessoa, alcança um reconhecimento importante diante dos outros e não coloca este a serviço da coletividade, do bem comum. Não assume o que construiu com os outros, frustrando-os. Foge, então, das responsabilidades intrínsecas da própria constituição de sujeito social.

Sim, há pessoas que vão desconstruindo a si mesmas e frustrando os que sempre apostaram nela.

Está aí a maior razão pela qual precisamos de lideranças que tenham nosso respeito, consideração e reverência: nós também somos elas. Estamos imbricados e interconectados em ações coletivas que fazem cada um de nós um ser verdadeiramente humano e um ser social. Não somos sozinhos e sozinhos não fazemos nenhuma mudança substantiva neste mundo.

Contudo, porém, sempre estamos diante da condição humana que mais nos desafia e mais nos assusta: a liberdade de cada um.

Cada um de nós escolhe se deseja ou não colaborar com a humanidade e a forma de fazê-lo. Cada um de nós é subjetividade e deve ter a possibilidade de fazer escolhas, mesmo quando estas contrariam todos aqueles que fomos cativando através do reconhecimento social. Simples e complexo assim!

Autor: Nei Alberto Pies

 

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